| Capítulo Final |

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Antes do fim, gostaria de agradecê-los por todo o apoio, por todas as leituras, estrelinhas, comentários. Sem vocês, isso não estaria acontecendo. Obrigada por tudo. E é com muita dor, porém satisfação que entrego a vocês o capítulo dessa linda e intrigante estória que acaba.

Boa leitura.

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Antes de acompanhar seus pensamentos, Beatrice se levantou e tentou avaliar todos os rostos próximos. Alternava o olhar entre o público e o campo vazio.

Frederick já teria alcançado o vestiário onde os jogadores se encontravam?

Muitas pessoas estavam no estádio, e a agitação provocava barulho. Ela podia escutar seu coração bater alto. A sensação que eriçava todos os pelos de seu corpo era igual a do dia que encontrou Lucien morto no jardim. E Beatrice não gostou nada da comparação.

Joe tocou a mão de sua esposa.

- Bea? O que aconteceu? Quem te ligou?

Ela não respondeu, olhou para ele e para o bebê entre os dois. Era sim, uma situação desesperadora, mas Arthur precisava dela e o pequeno Lucien precisava de Joe ali.

- Com licença.- Disse a Hammar por fim, passando pelas pernas do cowboy e se afastando do grupo. Peter colocou uma das mãos nos ombros de Joe.

- O que aconteceu? Onde ela vai?

Ele respondeu que não sabia. Roman tentou tranquilizá-los, dizendo que ela caminhava em direção ao banheiro.

Se passara seis minutos desde a ligação de Judith. Bea já tinha os olhos vermelhos com preocupação e guardava um choro reprimido na garganta. Olhava constantemente para o campo, mas ninguém parecia agitado. Ninguém havia trazido más notícias.

Então ela tinha tempo.

Estava ansiosa para encontrá-lo, mesmo que não estivesse preparada para isso. Odiaria falhar na única missão importante que Judith lhe dera. A única missão que valia a pena.

- Sim, ele é o meu filho!- Beatrice escutou a voz de um homem, que se destacava dos outros, por falar de maneira exagerada. Olhando para cima, o encontrou perto das máquinas de bebida. Subiu cautelosamente as escadas, observando os quatro homens que o cercavam.- Estou falando!- Frederick continuava, desafiando os homens.- Dayton Dutch Lions vai ganhar porque o meu filho é o melhor jogador! É bom em tudo que faz, igual o pai!

Tremendo de medo e talvez ódio, ao colocar os olhos em Frederick, Beatrice percebeu: O homem pôde usufruir de cada dólar que roubara de Peter. Usava roupas de marca, seus sapatos eram brilhantes, e até o relógio de pulso e o cachecol exagerado aparentava ter sido pago em dinheiro vivo. E muito dinheiro. Ela sentiu raiva. Muita raiva. Os dias que precisou vender tudo que tinha para a cirurgia de Peter voltaram a doer em uma ferida não cicatrizada. Toda aquela angústia. Apenas porque Frederick e Judith haviam tirado tudo deles.

Preenchida de uma coragem insana, Bea abriu espaço entre os outros homens que o rondavam e, pela gola da camisa cara, puxou o pilantra para longe dos outros, o empurrando contra a parede.

- O que você quer aqui?- Ela perguntou, precisando se afastar um pouco pelo bafo de bebida do outro. Ele sorriu para ela, os olhos cansados.

- Não me lembro de você...eu fiquei te devendo um... programa?

Beatrice desferiu um tapa no rosto dele, que riu. Não era possível que Frederick estivesse tão bêbado a esse ponto. Estava enojada.

- O que faz aqui? - Ela repetiu, lentamente, os olhos estreitados para ele. Também sabia que, às suas costas, os outros quatro homens a encaravam. E ela não poderia mais fugir.- Arthur não é seu filho, desgraçado. Você não é nada para nós! Vá embora!

[Livro 2] Onde cê tá meu amor? [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora