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Beatrice entrou na cozinha mas, ao ver Alfred sozinho ali, deu meia volta e saiu. Infelizmente, ele a avistou.
- Bea, Bea, espere.- Não era justo que ele fosse mais rápido. Tinha um pano sobre os ombros, que, hoje, estavam mais caídos. - Não consegui parar de pensar na noite passada.
Ela revirou os olhos.
- Não é a primeira vez que escuto isso.- Bea não gostava mais de ser essa garota metida e cruel, mas não via outras opções se não bloquear Alfred Wilson de vez.
- Eu...preciso me desculpar.
- Já fez isso.- Ela tentou passar, mas, mais uma vez, o garoto colocou seu corpo frente ao dela.
- Preciso de uma segunda chance com você.
Bea riu, incrédula.
- Não entende mesmo, Alfred? Eu pensei que estivesse sido clara: Eu estou namorando. E estar longe de Joe não significa nada. Nós ainda estamos juntos.
- Isso eu entendi. Estou pedindo uma segunda chance para ser seu amigo. Eu estraguei tudo, mas a coisa mais valiosa que existe em Dooferhill é você, e não posso perder isso por uma besteira.- A garota também já tinha escutado isso antes.
- Não, não, a coisa mais valiosa que existe em Dooferhill é aquele quadro do Edvard Munch, pode apostar.- Ela apontou para um grande quadro sobre a lareira, onde uma figura humanóide gritava.
Alfred suspirou, cansado.
- Não vou suportar todo esse tempo olhando pra você sabendo que pisei na bola. Eu prometo, Beatrice, por tudo, que nunca mais vou ser uma pedra no sapato para você e Joe.- Ela bufou. Depois da briga que teve com Diane, não gostava da ideia de estar brava com ninguém.- Por favor.
- Como posso te punir caso você não cumpra com a promessa?
Ele riu, aliviado.
- Pode me forçar a beijar aquele sapo.
- Isso seria adorável!- Ela riu.
- Venha, estou fazendo pipoca.- Beatrice seguiu Alfred até a cozinha e se sentou na bancada.
- Já fazem duas horas. Não temos nenhuma notícia deles. O que acha que está acontecendo?
- Hã, não tenho ideia.- Ele se esforçava para olhá-la da maneira mais normal possível. - Mas Roman parecia irritado.
- É disso que tenho medo.- Beatrice mordeu o lábio inferior, frustrada. - E a senhora Wayne, não disse nada?
O outro ergueu uma sobrancelha.
- Você sabe como ela é. Disse: "Deus sabe o que faz" e está até agora trabalhando na horta.- Os dois riram.
- Isso parece bom.- Beatrice pulou da bancada para ir até a panela, mas não percebeu o pendente preto sobre sua cabeça. Bateu nele com força.
Alfred correu para ajudar, mas não conseguiu disfarçar a risada.
- Desculpa.
- Eu sou uma idiota e você se diverte.- Ela tinha a mão sobre a testa, e ele tentava tocar a região para verificar. - Quem foi que colocou isso aí, ein? Não é um lugar estratégico.
- É um lugar estratégico para quem quer iluminar a cozinha e deixar ela bem decorada. Mas, que pena, não pensaram que uma pobre garotinha pularia da bancada.
Ela segurou um riso e o empurrou com o cotovelo.
- Vai rindo enquanto sua pipoca queima.
Alfred se apressou ao desligar o fogo enquanto murmurava "Wayne vai me matar".
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[Livro 2] Onde cê tá meu amor? [Concluída]
DiversosLivro 2 | Onde cê tá meu amor? Beatrice Coleman finalmente se rendeu ao amor de Joe Hammar e, com o propósito de ser uma pessoa melhor, está disposta a lutar por isso. Ela só não imaginava que o destino colocaria todas suas convicções à prova de tal...