|Capítulo 57|

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Assim que seu marido gaguejou, Beatrice se viu pedindo para que os gêmeos Marian e Declan ficassem com Cecily para que fosse à cidade. Como estava perdidamente empolgada, ela sequer se importou.

Dirigiu rápido até o hospital.

Por mais que tivessem pedido, Mabel não deu muitas explicações. Como uma boa médica, ela os manteve confiantes e os acalmou, não deixando o fato de conhecer a família da paciente atrapalhar seu trabalho. Assim que Mabel se afastou, ficaram um pouco atônitos. Bea só percebeu que estava em estado de pânico quando Joe surgiu em sua frente, os dedos gelados tocando seu rosto, pedindo que ela não ficasse assustada, que tudo ficaria bem.

Olhou fixamente para os olhos verdes dele.

- Estou bem.- mentiu.- Liam só está sob observação, e logo estará em casa. E isso não...não significa que teremos... problemas quando...Lucien nascer.

- Não vai acontecer nada ruim. Com ninguém.- Ele reafirmou.

- Você deveria ficar com ele.- Apontou com a cabeça para Jordan, sentado no banco do hospital, recebendo os abraços de sua sogra, Evangeline White.

- Certo, eu estou indo. Desculpa se te assustei ao telefone.- E ele depositou outro beijo na testa da esposa, tocando a barriga dela rapidamente e então se afastando.

Bea sorriu. Era engraçado como, visivelmente, o cowboy ficava desconfortável com a ideia de que o bebê crescia.

Joe se sentia desconfortável com o pequeno no sentido de ainda estar dentro de Beatrice. Talvez fosse uma má interpretação dela, mas ele não sabia bem como agir. Ficava tímido quando falava em "passar um tempo com ele". A garota se lembrava bem que já havia pegado o rapaz sussurrando para a barriga enquanto ela fingia dormir, mas nunca o fazia quando ela estava "presente". Talvez, para Joe, será um pouco mais fácil quando sua esposa e o bebê estiverem separados fisicamente.

Bea voltou de seus devaneios quando escutou alguns resmungos de raiva há alguns metros de seus pés. Arabella, Amara e Alyssa brigavam por algum brinquedo. Arabella puxava a boneca com força das pequenas mãos de Amara, que, com a ação, bateu o bumbum no chão. Quando Beatrice pensou em aparar a briga, as três choraram, chamando a atenção dos pais.

- Mamãe!- disseram Arabella e Alyssa.

- Papai!- chamou a terceira, se diferenciando do coro das outras.

Andrea tentou oferecer um sorriso nada convincente para as trigêmeas. Estava tremendamente preocupada com Scarlett e o bebê para se preocupar com uma briga, que aparentemente, era comum entre elas.

- Meninas, parem.- pediu, se abaixando para limpar o rosto delas com um lenço. Blake se abaixou logo em seguida e pôs uma chupeta na boquinha de Amara, que se calou imediatamente e os olhos se iluminaram, tornando a brincar com as coisas no chão se esquecendo do último acontecimento. Arabella ficou com a boneca enquanto Alyssa abraçava a mãe, falando alguma coisa em seu ouvido que Beatrice não entendia da distância que se encontrava. Ela só sorria para a situação. Parecia assustador e, ao mesmo tempo, maravilhoso.

- Pessoal.- Charles apareceu, cumprimentando Diane com um abraço e, em seguida, colocando as mãos nos bolsos da frente do jaleco branco. O encararam.- Vocês vão poder visitar Liam daqui alguns minutos, tudo bem?- Informou. O corredor foi preenchido por arfadas de alívio e agradecimento. - Só organizem grupos de cinco, porque vocês são muitos.- Ele sorriu e terminou.- Não se preocupem, volto daqui a pouco.

Joe, que tinha um dos braços sobre o irmão, avaliou seu rosto em busca de expressões mais leves.

- Posso ir com vocês? - pediu Nathan, os olhos inchados. Sua namorada, Talia, que também trabalhava na floricultura dos White, estava ao lado dele.

[Livro 2] Onde cê tá meu amor? [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora