| Capítulo 7|

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Quando Jordan parou com o carro na frente da floricultura, Andrea correu até a caminhonete, abrindo as portas de vidro sem sutileza.

- Como ela está?- Perguntou, apertando as pontas do avental rosa.

- Ela já acordou.- Jordan afirmou, trancando o carro e adentrando a loja. Andrea o seguiu, puxando os ombros dele.

- E o que mais, Jordan?- Ela o sacudia.- Sei que você é de poucas palavras, mas estamos falando da minha melhor amiga! Como ela está?

O cowboy tinha os olhos arregalados.

- Hã...Scarlett tá bem, Andrea. Foi uma queda de pressão.

- Como tudo aconteceu?- Ela questionava, aflita.

- Bem, ela atendeu o telefone, mas quando Nathan começou a falar, Scarlett só...caiu. Foi do nada. Eu e uma colega dela, acho que Harley, corremos até ela para socorrer, e então Damon, o melhor amigo dela, pegou o telefone do chão e continuou falando com Nathan.- O homem explicou.

Ele percebeu uma aproximação, saindo de trás do balcão. Era uma garota de estatura baixa, os cabelos loiros passavam os ombros e as sobrancelhas grossas eram marcantes. Ela tinha um olhar doce que lembrava Lilli.

- Me desculpe a intromissão...- Disse, baixinho.- eu só quero saber também das notícias.

- Ah, deixe-me apresentá-los.- Andrea disse, entrando no meio dos dois.- Jordan, esta é Thalia, a senhora White a colocou para trabalhar aqui comigo para não termos que fechar a loja...sabe...ela não tem condições de voltar pra loja até encontrarem Nathan. Thalia, esse é o Jordan, marido da Scarlett.

Os dois se cumprimentaram num aperto de mãos.

- Sua sogra já me falou muito bem do senhor, senhor Hammar.- Ela sorriu frouxo.

- Você só pode estar brincando...- O rapaz abriu um sorriso.- Eu jurava que Evangeline me odiava por ter tirado as duas filhas da casa dela. Ganhei meu dia.

- Não, ela diz que você foi perfeito para Scarlett, só não gosta de dizer isso. - Thalia esclareceu.- Eu me ofereci pra ajudar na floricultura porque os White são nossos vizinhos há anos...cresci com Scarlett e Nathan, estou mesmo preocupada.

- E então?- Andrea os cortou. - Scarlett desmaiou e...

- Ah...-Jordan retomou a história.- E aí eu ia chamar a ambulância, mas Harley disse que ela voltaria logo e foi só uma queda de pressão, e que uma vez aconteceu dela desmaiar por ficar focada demais num caso, não comeu nem dormiu direito...enfim... a emoção também conta. Me disseram também que Scarlett ficaria muito brava se fosse parar no hospital em vez de ficar na delegacia.

- Mas você escutou a ligação com o Nathan?- Thalia indagou timidamente.

- Na verdade não, estava preocupado com Scarlett, nem me dei conta do que acontecia ao redor. Depois, quando chegamos em casa, ela ligou para a mãe...- Jordan colocou as duas mãos no bolso da jaqueta jeans.- Ao que parece, Nathan estava na Mongólia, tentando fugir... Scarlett me disse que o tom dele era de despedida, como se aquela tentativa de fuga fosse uma sentença de morte.- Quando ele falou essa parte, as duas floristas se entreolharam e baixaram a cabeça.- Eu não entendi direito. Parece que ele foi vendido como escravo e trabalhou todos esses anos em uma multinacional que fabricava automóveis. Não sei como isso aconteceu ou o que ele fazia...

- Meu Deus...- Andrea levou as mãos à boca.- Que crueldade. E o que mais?

- Os policiais tentaram se comunicar com a polícia internacional e a da Mongólia, pediram para que encontrassem Nathan no porto que estava e fizesse a escolta dele pra casa. Mas não é tão simples... Se não o encontrarem primeiro...

[Livro 2] Onde cê tá meu amor? [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora