Era manhã quando Beatrice passou tagarelando pelo telefone quando seu pai lhe chamou a atenção.
- Querida?- O tom de Roman era baixo dentro do escritório, e ela voltou alguns passos.
- Sim?
- Podemos conversar?
Bea olhou para o telefone rapidamente, e então sorriu para Roman.
- Brie, eu te ligo depois, tudo bem?‐ Ela mandou beijo.- Fique bem.
Ao desligar o telefone, a menina avaliou rapidamente o escritório. Não costumava frequentar aquele lugar.
- Sente-se, por favor.- Pediu o Atwell.
- É sobre as roupas?- Ela cruzou as pernas.- Eu amei, de verdade. Também não pensava que eu ficaria tão bem em um vestido com estampa de morango.- Ela riu. Roman concordou com a cabeça.
- Na verdade não é sobre isso. Eu recebi uma ligação do meu advogado esta manhã.- Quando ele tocou no assunto, a menina sentiu o coração bater mais rápido.
- E...?
- O Conselho Tutelar e a justiça em geral tem se questionado sobre algumas coisas. Eu já sabia que você andava se esquivando em relação à assistente social. Mas eu soube que nos últimos dias você simplesmente não quis atendê-la. Por quê?
A menina suspirou e, sem saber o que fazer, mexeu nervosamente no grampeador sobre a mesa.
- Não gosto das visitas dela.
Roman esperou. Sem mais declarações, ele continuou.
- E por quê?
- Não gosto da posição que ela me coloca. Não gosto de ter que responder suas perguntas.
O pai não precisava de mais. Coçou as sobrancelhas.
- Beatrice...Eu não sei o que vocês conversam...O que é sei que faz parte do trabalho dela fazer perguntas que talvez te deixe desconfortável. Mas você sabe a importância disso, não sabe? Os relatórios dela implicarão na decisão do juiz sobre a sua guarda.
- Eu sei.- Ela encarou o pai.- É justamente por isso.
- Minha querida...- Ele estendeu a mão, guardando o grampeador.- O problema de você fugir disso é que estão pensando que sou eu. Estão questionando se eu estou te impedindo de se expressar. Como se eu estivesse interferindo.
Ela negou com a cabeça.
- Não é isso...é...
- Eu sei, Beatrice. É difícil. Mas você precisa falar com ela. Ou talvez com outro, se preferir. Posso pedir para trocar o profissional.
Um minuto inteiro se estendeu.
- Eu sei que tudo que eu digo está inclinado para que eu escolha um lado. A questão é que as coisas mudaram, pai. Eu não queria ter que escolher.
Roman sorriu, acariciando as mãos dela.
- Não precisa pensar nisso. Olhe para mim.- Ela o fez.- Diga o que seu coração mandar, tudo bem? Deixe que o juiz julgue. Sua parte é apenas ser verdadeira.
Bea engoliu o choro. Odiava a situação em que estava.
- Tudo bem.- Ela limpou o rosto.- Peça para que ela venha, então.
E ela saiu, cabisbaixa, como se o universo tivesse tirado sua luz.
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oito semanas depois
Beatrice estava satisfeita com a última reunião que tivera com seu psicólogo. Sentia que estava se recuperando muito rapidamente, e julgava não precisar mais de psicólogo ou até mesmo de tomar remédios. Ainda sim, gostava da forma como fora cuidada desde suas crises e a bulimia.
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[Livro 2] Onde cê tá meu amor? [Concluída]
CasualeLivro 2 | Onde cê tá meu amor? Beatrice Coleman finalmente se rendeu ao amor de Joe Hammar e, com o propósito de ser uma pessoa melhor, está disposta a lutar por isso. Ela só não imaginava que o destino colocaria todas suas convicções à prova de tal...