|Capitulo 28|

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Os dois se abraçaram.

Não como apenas uma saudade corpórea. Ali, duas almas se abraçaram após um tempo que pareceu uma eternidade. Como se juntassem os pedaços de seus corações em um abraço, curando-os. As flores nas mãos dele caíram quando ele a recebeu com um abraço. Beatrice envolveu as pernas na cintura de Joe, e sussurrou o quanto não acreditava que ele era real. Ele estava ali. Estava ali por ela. Joe Hammar estava ali, estava por Beatrice Coleman, ou Atwell, isso não importava. Tinha agora sua amada de novo nos braços, e não pretendia soltar mais. Bea desceu de sua cintura, mas ainda mantia os braços apertados no pescoço do namorado, suas lágrimas eram de pura felicidade, e Joe apertava a cintura da garota com delicadeza para não machucá-la. A menina o encostou na porta, beijando seu namorado com uma paixão ardente que nunca sentira antes. Joe limpou as lágrimas dela e então os dois sorriram um para o outro. O mundo não parecia existir, o salão inteiro estava silencioso.

- Você...está...aqui...- ela dizia repetidamente, apertando o tecido da camisa e acariciando o rosto de Joe para ter a certeza que não havia enlouquecido. O Hammar a avaliava com o mesmo olhar apaixonado de sempre, passando a mão em seus cabelos castanhos e nos lábios pouco avermelhados.

- Que bom te ver...bem. Você está bem.- comentou ele. Ela assentiu e lhe roubou um beijo rápido, como uma garota sapeca que acabara de ganhar o melhor presente do planeta.

- Fazem três meses.- Disse Bea.

- Pra ser exato, noventa e oito dias. E dez horas.- retrucou o namorado. Ela o abraçou mais uma vez, com um sorriso bobo no rosto.

- Eu só quero passar, não atrapalhar. Juro. - Escutaram a voz de Lucien parado na porta, e Beatrice riu.

Finalmente se deu conta de que não estavam sozinhos. Todos olhavam da mesa. A menina respirou fundo e entrelaçou os dedos nos de Joe, disposta a manter-se assim para sempre. Ele lhe passava uma energia, segurança, calor e paz que nem mesmo ela era capaz de entender.

O arrastou até a mesa do café.

- Joe Hammar.- cumprimentou Roman, com um olhar de pai ameaçador. - É um prazer revê-lo.

Joe não conseguia disfarçar o quanto odiava aquele homem. Apertou brevemente a mão dele.

- Senhor Atwell, não posso dizer o mesmo.- E então sorriu com desdém. Bea não se lembrava de vê-lo agindo daquela forma, debochada e ignorante, e então o repreendeu apertando seu braço.- Mas muito obrigado pela oportunidade de revê-la.- Acrescentou.

Roman assentiu e se sentou. Os outros fizeram o mesmo.

Beatrice tinha um sorriso de orelha a orelha. Puxou a cadeira para que Joe se sentasse ao dela, já que ele estava claramente tímido diante aquelas pessoas e aquela mansão enorme. Bea aproveitou que ainda estava em pé e correu para abraçar Lucien.

- Muito obrigada, você é demais.- Disse.

Lucien sorriu e retribuiu o abraço.

- Feliz aniversário, Little Beetle.- falou ao soltá-la.- Mas eu somente o busquei.- Lucien olhou rapidamente para a mesa.- Quem teve a idéia não fui eu. O meu presente, entregarei depois, na hora certa.- murmur

Joe sentiu um incômodo. Não gostava como aquele homem abraçava sua namorada e sussurrava ao ouvido dela. Não parecia certo. E o mais importante era lembrar que este esteve preso.

Beatrice se virou para o pai.

- Eu não acredito!- exclamou, sorrindo.

Roman deu de ombros, como se não gostasse de receber elogios ou que a atenção estivesse sobre ele. Não parecia legal para ele parecer legal para outras pessoas. Ainda sim, Bea o abraçou por trás, depositando um beijinho no rosto do homem e dizendo o quanto estava agradecida.

[Livro 2] Onde cê tá meu amor? [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora