The Library [Fic SeongSang]

Capítulo 10 - Precisamos falar sobre Yeosang

Ps: Vai haver um salto no tempo! Três semanas se passaram desde que Seonghwa e Yeosang se conheceram. Seong continuava visitando Yeosang na biblioteca todos os dias, e isso fez com que os dois ficassem mais próximos a cada vez que se viam.

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POV Park Seonghwa

Seonghwa já estava em sua loja, e naquele momento, o garoto arrumava suas gavetas que s
e encontravam em estado de calamidade, totalmente lotadas de papéis e notas fiscais extremamente velhas. O garoto não limpava aquilo há meses, estava uma tremenda bagunça, e quando viu que tinha um tempo livre, se sentou e abriu um um saco de lixo enorme ao seu lado, este que já transbordava de tanto papel antigo e inútil que despejava ali. Enquanto continuava fazendo sua função, ouviu a porta da loja abrir. Era Suzie, trazendo café. 

A garota sabia do que seu chefe gostava, afinal ela estava ali há bastante tempo, então acabou se acostumando com os gostos de Songhwa, e trazia coisas para ele assim que chegava na loja cedo ou depois do almoço, pois muitas vezes Seong esquecia de comer, por sempre só lembrar de cuidar dos outros ou de outras coisas, e sempre se esquecendo de si mesmo.

— Bom dia, trouxe seu café! — a garota se aproximou deixando o copo de café na mesa em frente a Seong, que logo pegou o copo de bom grado, dando um grande gole. Café com leite era uma de suas bebidas favoritas. 

— Bom dia, Suzie! Obrigado. — Park riu baixo e limpou a boca assim que deu um grande gole no café. — Logo vou terminar aqui e vou sair, ok? Preciso resolver umas coisas lá no centro, e é a mesma coisa de sempre, se eu não voltar a tempo, feche a loja pra mim, tá?

— Hum... ok, Seong. — a garota sentou na cadeira à frente de Park, observando o mesmo enquanto também tomava seu café. — Você está diferente… está indo pro centro todos os dias, isso tudo a mais ou menos umas três semanas. Quem está indo ver, em? — ela perguntou tão diretamente, que com o susto Seonghwa quase cuspiu o café, mas logo se conteve ao passo que começou a tossir alto. Havia se engasgado. 

— Mas o que?! Que tipo de pergunta é essa? — respirou fundo, ainda tossindo um pouco e limpou boca, deixando o copo de café na mesa. — Não tem ninguém, tá? Para com isso! — disse, mas logo viu sua amiga o encarar, ao passo que ria. 

— Ah, Seong! Você sabe muito bem do que estou falando. Você sai todo dia mais cedo que o normal, sempre no mesmo horário e sai sempre bem arrumado e cheiroso. Quem é a pessoa, em? — ela riu, tomando o café dela. 

Seonghwa spirou e mexeu nos seus cabelos nervosamente, se encostando na cadeira. Não conseguia esconder nada de Suzie, achava uma droga ela conhecer tanto sobre ele em tão pouco tempo. 

Essas mulheres... — pensou Seonghwa. 

— Ok, ok! É que tem um garoto... ele trabalha na biblioteca do centro, e nossa, ele é incrível! — Park falou, com o olhar fixo no seu café, enquanto relembrava a imagem de Yeosang sorrindo após sentar na mesa junto consigo no outro dia. Involuntariamente, deu um pequeno sorriso.

A Suzie sabia da sexualidade do Park. Digamos que ela meio que descobriu sozinha, e nem Seonghwa sabia explicar como aconteceu. Ela nunca disse à como descobriu,mas Park lembra que no dia que conversaram, ela só falou sobre o fato dela ter um radar que apitava muito quando passava perto de pessoas lgbtq+ e nem ela entendia como descobria tão facilmente, ela só sabia. 

— Ele é tão fofo, Suzie! Sério! — Park suspirou. — A cada vez que a gente se fala, eu conheço muito mais sobre ele. Ele é simpático, super inteligente e todas essas coisas! — falava Seong. Finalmente estava soltando aqueles sentimentos que tanto prendia, ao contar tudo para sua amiga, e se sentia aliviado por não segurar mais isso dentro de si, assim ele achava que poderia ajudar a pensar se compartilhasse isso com alguém, e nada melhor do que falar sobre isso com Suzie.

O tempo foi passando após ambos entrarem em uma conversa distraída, e quando pararam de conversar, Park pegou seu celular, vejdo que já eram quatorze horas. Já tinha passado da hora que ele havia planejado sair e ele nem tinha percebido. Sempre ia no mesmo horário pra biblioteca desde que deu de cara com Yeosang. Frequentava aquele lugar há três semanas, sempre no mesmo horário, mas dessa vez estava atrasado. Assim, ele se levantou rapidamente, surpreendendo Suzie e foi pegando seu blazer, já vestindo o mesmo, e em seguida pegou o celular, e o livro que havia pego na biblioteca.

— Eu preciso ir, depois a gente se fala, tá? Te conto o resto depois! E, termina de separar esses papéis pra mim, por favor. Deixe os que são de 2017 até 2019 nesse canto e os de 2016 para baixo pode jogar tudo fora! Eu te amo e obrigada! Você é incrível! — ele falou rapidamente mostrando sua pressa, deu um beijo nos cabelos de Suzie, e saiu porta a fora praticamente correndo para a estação de metrô. Havia um que ia para o centro, sairia dali em torno de dez minutos. Seong corria para alcançá-lo, estava ansioso pra ver Yeosang novamente.

[...]

Um tempo depois, Seong chegou na porta da biblioteca, encarando seu reflexo no vidro do local, ajeitando então seu blazer e seus cabelos e, ao entrar, ao invés de encontrar Yeosang no balcão, encontrou a amiga dele, Aurora, que logo parou tudo o que fazia para olhá-lo, dando um pequeno sorriso como cumprimento. 

— Iae, Seong! O Yeosang não está, ele foi no médico. Mas já que está aqui, eu preciso falar com você. — ela sorriu sendo bem direta e Seong parou no mesmo momento ao ouvir que Yeosang estava no médico e que ela queria falar com ele. Era muita coisa pra processar, então ficou calado vendo a garota saindo de trás do balcão e indo em direção a uma mesa, onde se sentou e apontou para outra cadeira do outro lado da mesa. Observou a garota e logo entendeu que ela estava indicando pra ele se sentar à frente dela, e assim ele o fez, depois de deixar seu livro no balcão. Após se sentar, se ajeitou na cadeira e olhou a garota que logo diz: 

— Precisamos falar sobre o Yeosang.

Quando ela citou o nome de Kang, sentiu um tremendo frio na barriga, mas sabia o que viria a partir dali, pois o jeito que ela o encarava já dizia tudo. Park, sério do jeito que era, se ajeitou na cadeira arrumando a postura, colocando então os braços na mesa, inclinando o corpo para frente, encarando a garota.

— Pode falar, sou todo ouvidos. Ele está bem? — perguntou preocupado, encarando-a, mas logo viu um pequeno sorriso se formar nos lábios da garota, esta que em seguida, começou a falar.