The Library [Fic SeongSang]

Capítulo 28 - Tudo sempre terminará bem se tiver um pouco de doce no meio

POV Park Seonghwa

Depois de ter brigado com o Yeosang, eu apenas saí de casa, queria ficar sozinho e pensar em tudo. Eu explodi quando ouvi ele falar aquilo, eu não sei o que deu em mim, mas eu havia ficado tão bravo. Ouvir meu namorado falar que eu era mimado e riquinho, mesmo ele sabendo de tudo que passei pra ter o que tenho hoje, me deixou louco e fora mim. Eu havia batalhado tanto pra ter tudo que tenho, se eu não corresse atrás de tudo que eu quisesse, nem sei onde estaria. Eu tinha tudo aquilo por mérito só meu, eu guardei cada centavo, economizei tanto e hoje posso ter uma vida confortável onde eu posso ter o que quiser sem pedir para minha mãe, por causa de mim. Ainda mais depois que parei de falar com meu pai, e vejo minha mãe de vez em nunca. Aquilo mexeu comigo.

Eu fui andar pela cidade, afim de clarear as ideias e esfriar a cabeça. Eu sei que fui rude com Yeosang, sei também que ele estava errado, nós dois estamos, mas queria pensar e me acalmar antes de falar algo com ele, e assim o fiz. Fiquei na rua por um tempo até que me vi passando na frente da cafeteria da dona Rita. Eu não aparecia lá fazia um tempo, então decidi entrar e logo a senhora fica surpresa ao me ver. No mesmo instante abraço ela, e quando ela me abraça de volta, acabo chorando.

— O que aconteceu meu filho? — pergunta a senhora, meio assustada ao me ver daquele jeito. Ela havia me levado pra parte de trás da cafeteria , onde me colocou sentado em uma cadeira e me deu água pra tomar. — Fale com mais calma, sim? Eu estou aqui por você. — disse a senhora e logo expliquei o que havia acontecido. Ela me deu uns conselhos incríveis, disse que era normal um casal brigar. Ela sabia que eu e o Yeosang nos amávamos, e por isso acreditou que logo íamos nos resolver, só precisávamos sentar e conversar igual adultos, e foi isso o que decidi fazer. Dona Rita, ao mesmo tempo que levantei pra ir embora, depois de agradecê-la por pelo menos umas cinco vezes, insistiu que eu levasse algo doce pra eu comer e para Yeosang também, aquilo era pra adoçar nossa vida de novo, já que ela acreditava que tudo acabaria bem se tivesse doce no meio. Ela cortou dois pedaços grandes de bolo, um com meu sabor preferido, de chocolate, colocou na caixa minhas rosquinhas de chocolate favorita e cortou um pedaço do bolo de cenoura com chocolate, sabor preferido de Yeosang. Colocou tudo dentro da caixa de papelão e fechou a mesma. Logo me despedi dela e agradeci mais uma vez, assim tomei o rumo para meu apartamento de novo, e quando menos percebi eu já estava na frente do prédio. Respirei fundo já me sentindo mais leve depois de conversar com a dona Rita e subi as escadas. Assim que abro a porta, vejo Yeosang chorando, e quando o mesmo olha pra mim com o rosto todo vermelho assim como seus olhos, eu sinto meu coração quebrar. Continuei firme, entrei, coloquei a caixa na mesa, tranquei a porta e andei até ele me sentando na mesa de centro ficando de frente pra ele.

— A gente precisa conversar. — digo e vejo ele secar o rosto e assentir com a cabeça. O garoto seca bem o rosto e respira fundo já dizendo.

— Antes, m-me deixe se desculpar de novo, e-eu sei que f-falei bobeira. Não sei o que d-deu em mim, eu só... — a voz dele vacila em meio a lágrimas e ele respira fundo logo voltando a falar. Apenas fico olhando ele e o deixo prosseguir. — Eu não sei o que me deu. Não fique chateado comigo, tá doendo tanto te ver assim comigo. A gente nunca f-ficou assim, e eu estraguei tudo, me desculpa. — ele disse se curvando por um tempo ( na Coréia fazíamos isso por questão de respeito ) e logo se levanta. — Eu sei de tudo o que você passou, você me contou tudo, e eu fui um idiota por dizer tudo aquilo, eu falei da boca pra fora, me desculpa. — ele soluça me olhando e respiro fundo. Cheguei mais pra frente e abracei o garoto apertado.

— Shii... tá tudo bem. — aperto-o mais no abraço ao ouvir ele chorar mais ainda. Faço carinho nas costas dele. Eu odiava vê-lo chorando, ainda mais depois de eu ter brigado com ele. — Me desculpe também, eu gritei com você ao invés de conversar. Eu não sei o que me deu, eu fiquei tão bravo. Me desculpa por isso, eu não queria levantar a voz pra você, você sabe disso, né? — ele apenas assente com a cabeça no meio do abraço, ele me apertava da mesma forma. — Eu aceito suas desculpas, você aceita as minhas? — olho ele, sequei o rosto dele e levanto meu mindinho olhando ele. O mesmo fica me encarando, e logo entrelaça seu mindinho com o meu, assim os dois damos um beijo em cima dos mindinhos. Havíamos firmado um trato de que quando brigássemos sério, íamos conversar e fazer isso no final da conversa, era um jeito de encerrar o assunto e seguir em frente.