POV Kang Yeosang
Era incrível como a semana passava voando, quando eu estava ao lado de Seong. Era como se o destino olhasse pra minha cara e falasse: "quanto mais tempo você quiser ficar ao lado dele, mais rápido eu vou fazer o tempo passar". E é isto, o destino me odeia.
— Eu não acredito que minha folga acabou! Os dias passaram voando, nem deu pra aproveitar!!! — olho Seong, que estava deitado ao meu lado na cama, enquanto olhava o teto. Ambos não estávamos conseguindo dormir.
— Nem me fale amor. A semana que ficamos separados pareciam que os dias duravam anos, aí agora que estamos juntos, isso tudo dura segundos! Não gostei! — ele diz e me encara. Assim, olho nos olhos dele e rimos baixinho. Vou mais pra perto de Seong e o abraço de lado deitando a cabeça em seu peito.
Seonghwa me abraça e beija meus cabelos. Assim suspiro baixinho e ficamos ali em um silêncio confortável.
Desde o dia que eu e Seong fizemos as pazes, os nossos dias eram a base de muito grude e tudo o que vocês podiam imaginar. Ficamos basicamente aproveitando todo o tempo que perdemos, pois a semana logo iria voltar a normal e nenhum de nós dois estávamos prontos pra começar a rotina tudo de novo.
— E se eu inventar uma gripe de novo? Tipo, uma mil vezes pior, será que ele me dá um atestado de um mês? — olho Seonghwa, e o garoto ri me olhando.
— Amor, não se aproveite da bondade do seu chefe. Ele já te deu uns dias pra descansar e não vai ter como fugirmos da rotina... — ele afaga meu cabelo e eu suspiro baixinho fazendo bico. Ele me olha e ri baixinho me dando um selinho calmo. — Logo mais o final de semana está aí novamente, e aí podemos ficar grudados de novo, hum? — ele diz com o rosto próximo do meu e acaricia minha bochecha.
— Hm... tudo bem. — faço bico e ele ri baixo me dando outro selinho. Assim o garoto se levanta indo em direção ao banheiro e eu volto a olhar o teto. Um tempo depois sinto o celular de Seong vibrar em baixo do travesseiro. Assim pego o mesmo e vejo um número desconhecido ligando. — Amor, seu celular está tocando! E é um número desconhecido! — Anúncio para o garoto que ainda estava no banheiro.
— Atende e vê quem é por favor! — ele diz e assim eu o faço. Me sento na cama e atendo a ligação.
— Alô? — digo calmamente e ouço uma voz ríspida responder.
📲Desconhecido: Eu falo com Park Seonghwa? — pergunta a pessoa do outro lado. Eu de alguma forma senti que não era uma coisa muito boa, afinal, calafrios subiram pelo meu corpo no momento em que ouvi aquela voz.
— Quem é? — pergunto curioso.
📲 Desconhecido: Park Jung-Hwa! O pai de Seong, pode passar pra ele? — assim que ele fala eu congelo. Como pai de Seonghwa conseguiu o número dele???? Seong havia me falado bem pouco sobre seu pai, mas o pouco que falou, vi que ele era uma pessoa totalmente cruel e dura com o próprio filho.
Seonghwa havia me dito — após se abrir comigo sobre Kim Hongjoong — que o pai ficou sabendo da relação deles pois o mesmo acabou se assumindo diante tanta pressão que sentia sobre si. Park Jung ficou irado em saber que o filho herdeiro de todo os negócios de café da família, era gay. O pai, de maneira alguma, aceitava o fato de ter um filho homosseuxal. Ele dizia que nunca iria aceitar que um filho gay herdasse tudo aquilo que ele demorou anos para construir, alegando que perderia todo o império caso alguém soubesse disso. Foi nesse mesmo período que Seonghwa falou ao pai que não queria ser herdeiro do negócio da família, que era pra colocar algum primo seu ou outro parente próximo em seu lugar, pois ele não se sentia feliz em herdar tudo aquilo, ele só queria poder trabalhar com algo que amasse. O pai dele, por sua vez, explodiu ao ouvir aquilo sair da boca de seu filho, foi no mesmo dia que Park Jung bateu em Seonghwa e também na mãe dele, que queria defender o filho a todo custo. Seonghwa extremamente abalado com a situação de ver sua mãe sofrendo por sua causa, falou para o pai que iria embora pra longe em meio a uma discussão, algo que era comum na casa dos Park, mas o pai não acreditou nas palavras do filho, e quando o casal acordou no dia seguinte, viram a cama do filho feita e metade de suas coisas não estavam mais ali. Ele tinha ido embora de Jinju. Foi nesse momento que Park Seonghwa, com 18 anos, veio parar em Incheon, sem pai, sem teto e temporariamente sem mãe.
Seonghwa aos poucos foi se reerguendo. Antes de ir embora deixou um bilhete apenas para sua mãe, com o novo número de telefone que o garoto havia cadastrado para o pai não ir atrás dele. No mesmo dia que pisou em Incheon, mandou uma mensagem para sua mãe avisando que já havia chego na cidade, e ela como estava muito preocupada ligou para Park. A ligação durou pouco tempo, mas foi repleta de choros e pedidos de desculpa. Seonghwa prometeu a sua mãe que se cuidaria, e assim que tivesse lugar fixo, mandaria o endereço pra ela, e assim ele o fez. Uns dias depois o garoto já havia conseguido negociar a Loja de Antiguidades. Aos poucos, Seong foi construindo a sua vida e assim tempos depois, depois de passar um período dormindo nos fundos de sua loja, conseguiu comprar o bendito apartamento, e assim mandou o endereço do mesmo para a mãe vir visitá-lo. Durante a ligação, a mesma alegou que seu pai havia piorado, ele andava bebendo muito, e ameaçava em bater em seu próprio filho caso o encontrasse, dizia que não iria responder pelos próprios atos e iria dar o que Seonghwa merecia por envergonhar a si e a própria família. O mesmo ficou meio agressivo por conta do álcool, por este motivo, a senhora Park foi passar uns dias na casa de parentes, mas como Park Jung a perseguia, ela acabou não vindo para Incheon por um longo tempo, pois tinha medo que ele a seguisse e descobrisse onde o filho morava. Após a poeira abaixar um pouco, depois de anos sem ver o filho pessoalmente, senhora Park conseguiu vir visitá-lo, usando a desculpa ao marido, que iria pegar mercadorias novas aqui em Incheon para a cafeteria da família, e como o pai de Seong naquele período estava doente, ele não poderia andar de avião, e esse foi o momento perfeito para a senhora Park vir para cá. Foi nesse mesmo período que eu a conheci! Vocês lembram?
Seong ficou nos últimos três anos sem notícias do pai e sem vê-lo pessoalmente. Todas as vezes que falava com a mãe pelo telefone, ele só perguntava sobre ela e negava saber qualquer coisa sobre o pai. E depois de anos sem qualquer notícia, o aparelho celular de Park toca... Park Jung-Hwa havia descoberto o número do filho, mas ele não precisava saber, e tudo o que eu queria era evitar confusão, e assim:
— Desculpe, mas não tem ninguém com esse nome aqui. O senhor ligou errado, sinto muito. — e assim eu rapidamente desliguei a ligação, em seguida bloqueando o número para evitar ligações futuras.
— Quem era? — pergunta Seong, ao voltar pra cama e deitar ao meu lado. Eu rapidamente me recomponho e deixo o celular dele em cima de cômoda dele. Me deito ao lado dele e ele me abraça.
— Era engano amor, queriam falar com uma tal de Choi Jongho... — minto, sem olhar para ele.
— Ah sim, não conheço nenhum Choi Jongho. — ele diz e eu assinto com a cabeça. — Boa noite, amor. Eu te amo. — ele diz e boceja. O mesmo beija meus cabelos e nos cobre.
— Eu também não... — falei sem olhá-lo. Eu não poderia mentir olhando nos olhos dele, doía menos se não olhasse, mas ainda sim era para o bem dele, era para nosso bem e eu só quero protegê-lo. — Boa noite, amor. E eu te amo também. — e é por esse motivo que eu queria protegê-lo. Porque eu o amo.
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The Library [Fic SeongSang]
FanfictionOnde Yeosang trabalha em uma biblioteca e em um belo dia, um garoto de cabelos negros aparece em sua frente, mudando completamente sua vida amorosa. +18| PSH + KYS betagem por: @ateezfaves capa por: @poetjjongie ⚠️obra de minha autoria; plágio é cri...