Vigésimo Segundo Capítulo

195 17 46
                                    

Antes de começarmos o capítulo, quero agradecer imensamente a vocês meus leitores lindos e cheirosos pela marca toppissima de 2K! Muito obrigado por cada view, cada voto, cada comentário! São vocês que me motivam a continuar.
Xoxo,
Becky.

Era quase meia noite. Eu conversava com Analu perto da mesa de doces, observando os casais valsando. Anelize estava radiante e atraia olhares de vários cavalheiros. Um em especial parecia estar encantado por ela, e pelo o que observei, era mútuo. Apesar da hora, todos pareciam bem dispostos e contentes. Meu olhar era sempre puxado em direção a ele, ainda mais depois de nossa conversa franca. Ficamos um tempo observando o jardim, quando algumas damas tiveram a mesma ideia de pegar ar fresco e invadiram a varanda. Sim, eu considerava uma invasão devido a atmosfera que havíamos criado. Mas o que mais me irritou foram os olhares e as risadinhas nada indiscretas lançadas para Caleb. Ele apenas se limitou a um sorriso educado e um aceno de cabeça. Lembrar daquilo já me fazia fechar o punho. Como elas se atreviam?

- Tudo bem minha irmã?- Analu perguntou, olhando curiosamente para meu rosto.

- Sim, porque?- falei, ainda sentindo a raiva fluir em minhas veias.

- Você parece estar pronta para bater em algo.- constatou, rindo.

- Estou bem, não se preocupe...- murmurei, bebericando o ponche. Olhei em volta novamente. Caleb conversava animadamente com um senhor barrigudo, que parecia rir um bocado. Parecendo ter notado que era observado, seu olhar parou em mim. Senti-me tensa instantaneamente. Ele se limitou a dar um sorriso torto e um aceno de cabeça. Sorri, corada, olhando para o chão. Meu coração despertava cada vez que o via. Ou falava nele. Ou pensava nele. Estava perdida em pensamentos quando ouvi um tintilar de vidro. Papai batia o talher na taça, fazendo o burburinho cessar. O que era aquilo?

- Primeiramente, gostaria de agradecer a presença de todos hoje. De fato, é uma noite muito especial, principalmente para minha filha, Marina Alonzo Clarke.- ele ergueu a taça para mim. Sorri, surpresa.- Hoje ela se torna uma mulher, mesmo sendo difícil para mim entender como aquela pequenina dama cresceu tão rápido.- ouvi risadas por todo salão, se misturando com a minha. Senti meu rosto queimar de vergonha. Sempre acontecia quando eu era o centro das atenções.- Modéstia parte, minha filha se tornou muito mais que eu desejava e enche meu peito de orgulho a cada minuto. A senhorita forte, bela, sábia e corajosa, um brinde!- ele ergueu a taça como todos do salão. Ouvi uns assovios vindo de algum lugar, junto com palmas que se espalhavam gradualmente por todo salão. Comecei a rir nervosa, então fiz uma reverência para papai, agradecendo-o. Algumas pessoas vieram me parabenizar, comentando como a festa estava esplêndida, a comida saborosa, que eu havia me tornado uma senhorita formosa, histórias da minha infância eram contadas... Minha casa foi esvaziando aos poucos e eu já estava exausta de tantos "ah, muito obrigado", "sim, de fato o porco estava uma delicia", "não, eu não estou noiva", mas o último cavalheiro a falar comigo, despertou-me num átimo.

- Como se sente?- Caleb falou, olhando-me carinhoso. Corei com a atenção.

- Cansada, minhas bochechas doem de tanto sorrir.- confessei, massageando-as. A risada dele preencheu o ambiente, fazendo coisas estranhas com meu estômago.

- Eu imagino, mas a senhorita foi uma ótima anfitriã. Ninguém poupou elogios.- falou, mas algo no seu olhar dizia que tal fato o incomodava.

- Pelo menos valeu a pena.- dei de ombros, admirando-o. Caleb puxou uma cadeira, oferecendo-a a mim.- Obrigado, senhor Montini.- agradeci, surpresa.

AguardadaOnde histórias criam vida. Descubra agora