Trinta e cinco

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   Acordo com dor nas costas, um vestido vermelho curto acima do joelho espera a minha boa vontade de vesti-lo

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   Acordo com dor nas costas, um vestido vermelho curto acima do joelho espera a minha boa vontade de vesti-lo.

   Não tem um banheiro para tomar um banho, nem toquei no meu café da manhã.

   Os saltos foram substituídos por uma sapatilha do tom da minha pele e já não uso mais a lente, a cela continua na mesma temperatura baixa que estava ontem.

   Christopher me deu um papel, minhas falas, ele quer que tudo ocorra bem. Tem que ser, preciso ser a rainha de Christopher, preciso ser a voz de Saori.

  Desejo tanto aquela coroa, não pela beleza dela, mas pelo poder que vem junto. Já me envolvi em coisas horríveis por ela, tudo isso foi nescessário e agora estou presa em uma cela que fede a mofo.

   Não escuto mais as vozes de Nathew, ele se foi para sempre. Christopher tirou ele de mim, usá-lo para uma coroa não é uma vingança, só estou me agarrando a qualquer vantagem que tenho.

  Não me considero uma pessoa boa, não depois do que fiz, também não me considero má, não pelos motivos que me trouxeram até aqui. Talvez todos nós parecemos maus quando tentamos fazer o bem.

- Está pronta? -- Tobias pergunta me olhando com pena.

- Sim, estou -- minto.

   Ele abre a minha jaula, saio e aceito o braço dele.

- Senti sua falta -- Tobias diz me envolvendo em um abraço que tirou os meus pés do chão.

- Também senti a sua -- falo.

   Sala do trono às 10:00 horas, reunião  lenta que parece durar anos. Minhas mãos estão suando de nervosismo, Tobias permanece atrás de mim mas afastado, meus pais não estão no palácio. Não podem interferir.

- Obrigado, vamos ao público daqui a quinze minutos -- Christopher diz e todos se levantam.

   Christopher me encara, acho que é um pedido para permanecer. Repito em mente tudo que tenho que dizer, até ele se levantar e sentar na cadeira ao meu lado.

- Você está bem? -- ele pergunta tentando tocar o meu rosto.

    Recuo deixando vagamente sua mão no ar.

- Tenho que está -- digo.

- Vou estar lá, mas terá que fazer tudo sozinha -- fala - Qualquer coisa pode correr para os meus braços -- diz me fazendo ri.

  Ódio, porque tenho que ser tão vulnerável a ele?.

- Quero que confie em mim Rose... -- começa pegando minhas duas mãos e enlaçando-as nas deles - Você vai ser a minha esposa, eu vou ser o seu marido... -- continua - Não quero esconder nada da mulher da minha vida, e também quero que faça o mesmo por mim -- termina tocando meu cabelo como se fosse a coisa mais preciosa do mundo.

Lady RubiOnde histórias criam vida. Descubra agora