O mundo de Rose é dividido entre as Pedras e a Poeira. Rose é uma Poeira por sangue e sem títulos por nascimento, filha de falecidos criados e carrega uma grande farsa em suas costas.
Ela foi adotada pelos Rubi e desde então aprendeu a ser uma e...
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"Narrado por Christopher:"
Os preparativos do casamento terminaram e amanhã eu serei um homem casado. É quase difícil de dizer que finalmente Rose será minha esposa, eu a amo como nunca amei ninguém. Soube desde a primeira vez que a vi naquele baile, sabia que se não a escolhesse eu me arrependeria pelo restante da vida.
Nesses dias eu me mudei para o quarto do meu pai, o quarto que é preparado para o rei. Tem ficado cada vez mais difícil ficar longe de Rose, mas é uma tradição de família. Os noivos tem que ficarem pelo menos uma semana longe um do outro antes do casamento, assim como também é tradição o noivo comprar tudo o que a noiva precisará para viver com ele.
Gregório e Dominique chegaram ontem a tarde, meu amigo tenta me convencer de uma despedida de solteiro. Rose vai ter a dela, não ia impedir que ela tivesse uma só porque eu não quero.
Saio do meu escritório e vou até a sala de jantar. O almoço será servido daqui a pouco, gosto de chegar primeiro como um bom anfitrião. Vejo Rose passando pelos corredores do palácio, ela está linda como sempre. Um vestido curto e justo de tom vermelho cereja.
Ela para quando me nota.
- Estava indo para o seu escritório -- ela diz sorrindo.
- E eu para a sala de jantar -- falo vendo que ela está agoniada - Está tudo bem meu amor?.
Ela olha para o chão procurando o que dizer.
- Estou com saudades -- fala e quando vejo já estou tão perto dela que escuto sua respiração.
Pego sua mão e selo um beijo.
- Eu também estou, e você não sabe o quanto, mas amanhã serei completamente seu -- digo.
- Não gosto destas tradições, não podemos nem nos beijar -- Rose reclama.
Encaro os seus lábios, tenho vontade de beija-los.
- Desculpe majestade, mas o senhor sabe que não pode ficar tão próximo assim de sua noiva -- fala Madalena.
Ela é a dama de companhia de Rose e faz o papel de uma general mandona que me proíbe encostar na minha noiva.
- Eu sei. -- falo me afastando de Rose. - Só estava conversando com minha noiva.
- Sei... -- ela fala - Já irão servir o almoço.
- Obrigado Madalena, agora se me permite vou conduzir a minha futura esposa até a sala de jantar -- falo oferecendo o braço a Rose.
Andamos um pouco e acabo mudando de caminho. O sol do jardim está radiante, uma brisa de verão brinca com os cabelos agora curtos no ombro de Rose. Ela decidiu cortar com a intenção de aparentar mais madura, e conseguiu ficar ainda mais bela do que já é, o que eu pensava que era impossível.
