Seis

341 63 97
                                    


Não acredito o que vi diante dos meus olhos, estava quase lá, aí de repente uma garota aparece e estraga o meu plano

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Não acredito o que vi diante dos meus olhos, estava quase lá, aí de repente uma garota aparece e estraga o meu plano.

  O pedido de fuga de Nathew reverbera pela minha cabeça, não podia fazer isso com a minha família, mas se tivesse feito não estaria nessa situação embaraçosa.

  Iríamos dividir um príncipe e me envergonho por isso, não por eu querer uma coroa, mas sim por ter provavelmente destruído o coração do homem que eu amo e me agarrado a qualquer oportunidade engrandecente.

  Parte de mim se orgulha disso, precisei fazer isto, mas meu coração nega a cada segundo essa sensação. 

Terei que competir com uma garota pelo príncipe, terei que conquista-lo primeiro.

  O baile continuo, Lord Opala e sua filha estavam conversando com o rei, papai e mamãe não chegaram a falar comigo, pessoas de diferentes pedras vieram os parabenizar. Christopher ainda estava ao meu lado.

- Não era o planejado -- disse ele em um sussurro.

- Não era mesmo -- eu disse e ele riu.

- Pelo menos teremos tempo para nos conhecer Rose -- disse ele.

- Não se anime com isso -- digo.

- Tenho que dançar com a Lady Opala -- disse ele.

- Ela também é sua noiva, seria injusto dançar só com uma -- disse.

- Vejo que é uma boa competidora -- disse ele rindo.

- Não quero brigar pela sua atenção -- disse.

- Não queria que isso acontecesse -- disse ele - Desculpe o incoveniente -- falou em seguida.

- Tudo bem -- falei.

- Já tá na hora da dança -- comentou.

- Então é melhor ir -- falei.

Ele se retirou e foi até Lady Opala. Observei pouco os dois dançante, vi somente eles darem alguns rodopios pelo salão.

  Lady Opala dançava bem, parecia uma boneca de porcelana, Christopher a guiava com delicadeza em cada passo.

   Ele era uma pessoa gentil, não merecia entrar no meu jogo, mas infelizmente ele era a minha peça mais importante e uma jogada certa ganharia não só a partida, mas também pagaria as dúvidas de minha família.

   Não sou uma pessoa egoísta, é o que digo a mim mesma. Papai dizia que os Rubis sempre fazem tudo pela família e pelo que quer e eu honrarei o nome pedra.

                                 *

No outro dia, minha casa estava em uma correria, Madalena, Cássia e Diana arrumavam minhas malas.

  De acordo com o que o rei disse, a pedra de minha família e a de Opala ficariam hospedadas no palácio, enquanto o príncipe não escolher uma esposa.

  Um jogo de tabuleiro, cada pedra tinha uma peça com a intenção de chegar a coroa e virar dama. Farei o que puder para ganhar.

- Bom dia senhora -- dizem elas em conjunto.

- Já estão preparando as minhas malas ? -- perguntei.

- Não só a sua senhora -- disse Madalena.

- Como ? -- pergunto.

- Não iremos mas trabalhar no Palacete -- disse Diana abaixando a cabeça.

- Por quê ? -- perguntei.

- Não sabemos ainda, foi apenas o que a senhora Rubi disse -- falou Cássia.

- Desfaçam as suas malas -- mandei.

- Senhora ? -- perguntou Madalena arregalando os olhos.

- Vou falar com o papai e a mamãe e providenciarei que continuem trabalhando -- falei.

- Muito obrigada senhora ! -- disse
Cássia dando pulinhos de euforia.

- É muita gentileza da sua parte -- disse Madalena e Diana concordou com um sorriso.

- Que isso, vou precisar da ajuda de vocês lá no palácio -- disse - As outras criadas não vão saber me tratar do jeito que vocês me tratam -- falei e elas riram.

- É uma honra trabalhar para senhora -- disse Diana.

- E parem de me chamar de senhora - falei - Meu nome é Rose -- disse em seguida.

- Sim, senhora -- elas dizem juntas
Depois do café da manhã já estávamos em uma limousine preta , totalmente normal com apenas uma bandeira com o brasão da pedra de minha família para nos idenficar.

- Papai? -- chamei.

- Diga princesa -- disse ele.

- Não quero que demita minha criadas -- falei.

- Filha -- disse ele passando a mão nos cabelos já quase branco - Sei que irá conquistar o príncipe, elas não terão mais trabalho lá em casa -- disse ele.

- E para aonde elas vão? -- perguntei.

- Para casa querida -- disse mamãe tocando em meu joelho.

- No palácio irá ter novas criadas, não se preocupe -- disse papai.

- Papai, elas vão ficar desempregadas, devem ter família para sustentar, assim como as minhas outras tinham -- disse - Poderia ser eu na mesma situação que elas se o senhor não tivesse me adotado -- falei.

- Filha !! -- disse mamãe com o indicador nos lábios.

- Você é a minha filha, para mim você é uma rubi e não quero que se compare com as criadas -- disse ele baixo mais ainda sim bravo.

- Desculpe papai -- falei olhando para baixo.

- Não terá tarefa para elas fazerem e não posso sustentá-las de graça -- disse ele tocando em meu rosto.

- Por favor -- pedi.

- Me desculpe querida -- disse ele passando o braço pelo meu ombro.

  Ninguém falou nada pelo restante da viagem.

   Eles me educaram para ser uma Rubi e acabaram esquecendo que eu não era, nunca deixavam eu conversar com os filhos das criadas quando mais nova, tinham medo, medo de me perder, medo que eu me apega-se a uma criada pelo fato de eu ser uma poeira. Provavelmente seria uma funcionária do Palacete se meus pais biológicos estivessem vivos, isso deve doer mais neles do que em mim.

Lady RubiOnde histórias criam vida. Descubra agora