12. Vai recusar um docinho desses?

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Toni e eu estávamos a caminho do Whyte Wrym: o bar dos Serpentes. É uma gangue pacífica na qual meu pai é o "rei" e minha madrasta a "rainha". Nunca tive muita vontade de saber sobre a gangue porque para mim, ela foi o fator que mais havia acarretado no término dos meus pais.

Minha mãe não gostava nenhum um pouco da ideia de que meu pai fazia parte de uma gangue do lado Sul. Por mais que seja uma gangue pacífica, ela sempre teve muito medo.

Há duas semanas atrás eu não fazia questão de pisar no território deles, mas eu percebi que preciso me dar bem com meu pai. Eu estava cansado de brigar com ele e me sentir sozinho aqui em Riverdale, sendo que eu estava muito próximo dele.

Foram anos longe do meu pai. Não poderia deixar as coisas ficarem como estavam. Ao invés de guardar mágoas eu deveria estar recuperando o tempo perdido com ele.

Topaz e eu fomos de moto. Ela sabe dirigir uma motocicleta bem, porém muito rápido. Chegamos ao lado sul em cinco minutos. A frente do bar era iluminada por um grande letreiro escrito o nome do local em cima da porta de entrada. O estacionamento estava cheio.

─ O bar é aberto para todos? ─ perguntei, enquanto descia da moto.

Toni desceu da motocicleta também e tirou seu capacete, deixando com que o vento batesse em seus grandes e coloridos fios de cabelo.

─ Apenas nos fins de semana e feriados. Nos dias de semana apenas para os membros. ─ começou; ─ Por isso que hoje está cheio. Em todos os domingos o bar lota.

─ O que esse bar tem de tão interessante?

─ Bebidas e strippers.

─ Uau, isso era tudo o que eu precisava.

Topaz revirou os olhos e começou a caminhar até a entrada. A segui. Eu ainda não estava acreditando que estava prestes a entrar no bar dos Serpentes. Eu sempre odiei a ideia de que meu pai fazia parte dessa gangue.
Ao adentrar o local, a primeira coisa que vi foi bebidas e strippers ─ Toni já havia me avisado que basicamente o bar era isso.

A segunda coisa que consegui ver foi meu pai, sentado em um banco, ao lado de Cleo. Os dois estavam dividindo uma garrafa de cerveja. Minha madrasta estava diferente. Ela usava trajes diferentes e sua tatuagem de Serpente estava a mostra; ficava em sua coxa direita. Decidi me aproximar mais dos dois, afinal, eu estava naquele lugar para conversar com meu pai ─ Talvez para ver algumas strippers também...

─ Jughead? O que faz aqui? ─ FP diz assim que me vê por perto.

─ Podemos conversar?

Ele sussurrou algo no ouvido de sua atual esposa e então me levou até onde aparentemente era seu "escritório". A sala não era muito grande, mas havia uma mesa e uma cadeira de escritório, com um computador na mesa. A cima da cadeira, na parede, havia um quadro escrito "O Rei Serpente".

─ Eu não quero mais brigar, pai... ─ comecei; ─ Quero deixar o passado e as mágoas para trás. Não posso mais me sentir sozinho estando tão perto de você!

O mais velho abriu um sorriso aliviado.

─ Isso é ótimo, Jughead. Eu adoraria deixar o passado para trás.

Sorri de volta.

─ Mas para deixarmos o passado para trás, você precisa aceitar quem sou. A vida que eu levo e com quem eu levo. ─ continuou; ─ Cleo e Jellybean também são minha família. Eu ainda lidero uma gangue... Está disposto a aceitar tudo isso?

─ Acho que posso tentar. Mas já vou avisando que pode demorar para me acostumar totalmente com isso.

─ Tudo bem. Agora vá, conheça o meu bar e minha família.

Through the window ❦ ᏼꮜꮐꮋꭼꭺꭰ.Onde histórias criam vida. Descubra agora