06. Nós podemos nos abraçar?

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Jughead estava preparando o jantar. Todas as sextas-feiras eles faziam um jantar especial em família. Jones e Cooper ainda estavam estranhos com um outro, mas isso não fez com que eles cancelassem o jantar em família. Os dois sabiam que aquilo fazia Charles feliz.

O moreno estava colocando a sobremesa na geladeira quando o interfone tocou. Ele estranhou, não estava esperando ninguém além de Betty e seu filho e ele havia trocado mensagens com a loira há cinco minutos — ela ainda estava terminando de arrumar Charles.

Ele decidiu ir atender.

— Boa noite senhor Jones. — diz Paul, o porteiro do prédio. — Tem uma mulher que parece estar meio assustada pedindo para subir. O nome dela é Amália.

— Amália? Tem certeza?

— Foi o que ela me disse.

— Tudo bem. Pode deixar ela subir.

O fato de Paul ter falado que Amália estava meio assustada o deixou realmente preocupado e ao mesmo tempo curioso para ver do que se tratava.
Três minutos depois, a campainha toca e o moreno logo vai atender. Amália realmente parecia estar assustada com algo.

— Desculpe incomodar. Eu só preciso de água. — ela diz.

Jones responde confuso:

— O que aconteceu? Parece estar assustada.

— Eu estava caminhando até o apartamento que eu divido com uma amiga, não fica muito longe daqui... Só que aí um homem estranho e bem mais velho começou a me seguir e quanto mais eu aumentava a velocidade dos meus passos ele fazia a mesma coisa. Fiquei com muito medo, por isso entrei no prédio.

— Meu Deus.

— Eu só preciso de um copo d'água. Não quero te atrapalhar.

— Entra, sente-se um pouco para ficar mais calma. Vou pegar água para você.

A morena fez o que seu ex-namorado sugeriu e o mesmo foi pegar um pouco de água para ela.
Amália estava tremendo. Aquilo foi assustador. Ela morou em New York por quase toda a sua adolescência e nunca havia acontecido algo parecido.

— Toma aqui sua água. — o moreno diz, entregando o copo na mão da mais nova.

— Muito obrigada.

— Não precisa agradecer. Você conseguiu ver o rosto do filho da puta?

— De relance. Eu só comecei a andar muito rápido quando percebi que estava sendo seguida. Eu só sei que ele era um velho nojento, um pouco mais baixo que você.

— Novamente: eu sinto muito mesmo. Deve ter sido desesperador.

— Muito. Muito desesperador.

De repente tudo ficou em silêncio. Os dois se encaravam tão fixamente que chegava a ser estranho.

— Bom. Eu acho que já vou embora. — Amália quebrou o clima.

— Sozinha não. Eu te levo até sua casa.

— Não quero incomodar. Eu vou rapidinho.

— Só irei ficar incomodado se você ir sozinha. Por favor, eu insisto.

— Tudo bem.

Jones deixou a porta destrancada e pediu para o porteiro avisar Elizabeth caso ela chegasse com Charles e ele ainda não estivesse voltado.
Jughead levou Amália até sua casa de carro, mesmo que o local fosse perto do apartamento do moreno.

•••

Após retornar a seu apartamento, logo ao abrir a porta, Jughead recebeu um abraço apertado de seu filho. A mesa já estava praticamente posta, Betty estava terminando de arrumar os talheres.

— Oi Betty. Tudo bem?

— Tudo sim. A mesa está posta, chegou bem na hora. Podem vir comer.

Apesar da briga entre os dois adultos, o jantar foi muito agradável. Cooper e Jones conversaram normalmente e riram muito também.

— Paul disse que foi acompanhar uma pessoa até sua casa. Quem era? — a loira pergunta.

— Amália. Minha ex-namorada da adolescência.

— Ela não morava no México?

— Voltou há algumas semanas. Ela estava andando sozinha por perto e começou a ser seguida por um homem, então ela entrou no prédio e pediu para Paul me interfonar.

— Entendi. Não havia comentado que ela estava de volta.

— Não achei uma coisa relevante para te contar.

— Papai, mamãe! — o pequeno chama a atenção de seus pais — Eu já terminei de comer. Posso ir brincar no meu quarto?

— Pode sim. Daqui a pouco já vamos embora. — Elizabeth o respondeu.

O pequenino saiu da mesa em direção ao seu quarto, deixando Betty e Jones sozinhos na mesa.

— Ainda vamos na Coney Island nesse domingo? — a loira pergunta para o moreno.

— Claro. Está tudo certo. Por que a pergunta?

— É que eu pensei que...

— Pensou que só porque brigamos eu iria cancelar? Pensei que você me conhecesse mais. Eu nunca iria cancelar um domingo de diversão com meu filho por estar brigado com você.

— Falando em briga... Eu queria te pedir desculpas por ter te julgado como único culpado pelas coisas do nosso passado. Eu reconheço que nós dois erramos.

— Tudo bem. Eu te desculpo. Falamos merda quando estamos com raiva.

— E também quero pedir desculpas pelo beijo. Quero que saiba que não fiz isso para você ver.

— Só esquece isso, tá? Para de falar sobre isso por favor.

— Tá. Desculpa. De novo.

Elizabeth levantou da cadeira e ficou de pé, em frente ao o moreno e disse:

— Nós podemos nos abraçar?

O moreno se levantou também e a abraçou forte. Betty se sentiu segura e acolhida por ele. Por mais que eles não fossem mais um casal, os dois sentiam uma coisa muito forte um pelo outro.

꒱࿐♡ ˚.*ೃ

Notas finais: Oiiee! Vim entreter vocês nessa quarentena. Sorry pelo capítulo meio ruim e curto.

Through the window ❦ ᏼꮜꮐꮋꭼꭺꭰ.Onde histórias criam vida. Descubra agora