Abro meus olhos com um pouco de dificuldade devido à claridade. Provavelmente Amália havia esquecido de fechar a cortina da sala de estar na noite anterior.
Me sento no sofá e fico paralisado por alguns segundos, na intenção de me sentir mais disposto. Eu não sabia o horário exato, mas o sol já estava forte.— Bom dia! — ouço a voz da morena vindo da cozinha — Estou fazendo um café da manhã bem americano para o meu americano favorito.
Sorrio em resposta ao seu comentário. Quando nos conhecemos, ela havia acabado de se mudar de Cancún e por isso eu a chamada de uma forma carinhosa de "minha mexicana" e ela me chamava de "meu americano favorito".
Me levantei e andei até a cozinha.
— Bom dia. Senti o cheiro de bacon com ovo de longe.
— Aposto que foi isso que te acordou.
— Na verdade foi a claridade que me acordou.
— Oh, desculpa! Esqueci de fechar a cortina.
— Sem problemas. — ela sorri aliviado e então eu volto a falar: — E aquele cachorro que estava com você quando te vi no Central Park?
— Ele é do namorado da minha amiga. Ás vezes ela o traz para cá. Foi o que aconteceu naquele dia e aí resolvi passear com ele.
— Charles adorou o cachorrinho.
— Você foi pai cedo. Como lidou com isso quando ficou sabendo que sua ex namorada estava grávida?
— Não foi planejado. Com certeza não. A ideia de ser pai mexeu muito comigo, talvez porque aconteceu algumas coisas que não vem ao caso nesse momento. Mas agora, ele é tudo que eu tenho. É a minha luz no fim do túnel.
— Isso foi lindo. E eu aposto que você é um pai incrível.
— Obrigada.
Começamos a comer o nosso café da manhã. O silêncio tomou conta do ambiente — só se escutava o barulho dos talheres batendo no prato.
Parei por alguns segundos para observá-la. Amália estava exatamente igual. Não havia mudado nada desde do ensino médio. Seu cabelo moreno e longo ainda era naturalmente ondulado e tinha um cheiro que fazia você se sentir em uma praia.
— Por que está me olhando assim? — ela me acorda de um tipo de transe.
— Acabei de perceber que você não mudou nada fisicamente. Continua a mesma mexicana baixinha que eu conheci no ensino médio.
— Ei! — Gomez finge estar ofendida com o que eu disse e distribui vários tapinhas em meu braço — Eu não sou baixa. Você que é muito alto.
— Tudo bem. Se você diz...
— Você mudou muito. Olha, eu já sabia que você era um bad boy nova-iorquino mas nunca pensei que Jughead Jones iria fazer tatuagem.
— É. Acho que eu devia estar um pouco bêbado quando decidi fazer isso.
— Eu gostei. É sexy.
Ela me olhou com desejo. Fiquei sem reação e de repente o silêncio tomou novamente conta do ambiente. Eu não podia fazer sexo com ela. Não enquanto ainda tinha Elizabeth como protagonista de todos os meus pensamentos mais impuros.
— Melhor eu ir para casa. Tenho algumas coisas para resolver sobre o restaurante. — digo.
— Tudo bem. Eu preciso ir atrás de emprego também. Vou sair daqui a pouco.
— Boa sorte com isso.
Volto para sala, calço meu sapato, pegos minhas coisas, me despeço de Amália e sigo até meu apartamento.
***
Horas depois...
Fazia quase dez minutos que eu estava parado em frente à escola de Charles e faltavam cinco minutos para a reunião começar. Betty estava atrasada. Eu liguei para ela assim que cheguei na escola e a mesma disse que havia ocorrido um problema no trabalho, mas que chegaria a tempo.
Faltando três minutos, ela e seu querido amigo chegam finalmente. De moto.
— Oi. Desculpa o atraso. — a loira diz e então um cara de cabelo castanho surge atrás dela — Esse é Dylan, meu...
— O amigo que você tanto fala. — a interrompo e aperto a mão de Dylan — Um prazer te conhecer. Eu sou Jughead.
— O prazer é meu, Jughead.
— Então, ele vai entrar com a gente? — pergunto para Eliza
Ela responde rapidamente:
— Não. Ele só me deu uma carona mesmo. — a loira deposita um beijo na bochecha de seu "amigo" e diz a ele: — Obrigada, Dy. Nós vemos amanhã.
— Tchau, Betty. Até a amanhã.
Ele sai, deixando eu e Betty a sós.
— Você disse que nunca andaria de moto na sua vida. — comentei, para tentar deixar o clima menos pesado.
— Eu estava atrasada. Não tinha outra escolha.
— Entendi.
— Dormiu fora? Ia passar no seu apartamento hoje cedo antes de levar Charles para escola mas aí Paul disse que não passou a noite lá.
— Sim. Dormi na casa de uma amiga.
— E você transou com essa sua amiga?
— Por que está me perguntando isso?
— Só estou curiosa.
— Não. Eu não transei com minha amiga. Ela me chamou para jantar na casa dela e aí acabei pegando no sono lá mesmo.
— Entendi. Vamos entrando? A reunião já vai começar.
— Vamos.
꒱࿐♡ ˚.*ೃ
Notas finais: Boa noite <3
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Through the window ❦ ᏼꮜꮐꮋꭼꭺꭰ.
Fanfic❝ ─ Aquilo foi um acidente. Quero dizer, quem anda pelado pela casa sem ao menos ter cortinas? ❞ Elizabeth Cooper mora em um prédio no centro de Riverdale com sua melhor amiga, Veronica Lodge. Em uma certa noite, enquanto ela preparava o jantar viu...