22. Ela tem sorte em te ter como filho.

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Jughead Jones estava sentado em frente a sua escrivaninha tentando escrever a última parte de seu texto sobre romance para entregar para seu professor no dia seguinte. Ele nunca havia tido um bloqueio criativo tão grande quanto aquele. O moreno estava sentando há duas horas na frente do computador, sem teclar ao menos uma vírgula.

O relógio marcava duas horas da manhã, ele mau sabia se iria conseguir acordar no outro dia. Jones pensou em mandar mensagem para sua namorada, Betty Cooper, já que ela estava sendo sua salvação em praticamente tudo... Mas não seria capaz de acorda-lá.

Mais meia hora. Foi isso que ele precisou para terminar o trabalho. Não ficou totalmente satisfeito com o resultado, mas ficou aliviado em saber que tinha terminado a tempo de entregar.

Jughead decidiu tomar um banho antes de se deitar para dormir.

Depois de já estar vestido com o seu pijama ─ que era apenas uma calça moletom ─ pegou seu celular que estava na sala e, posteriormente, foi deitar em sua cama.
Ao desbloquear seu celular para dar uma última conferida antes de dormir, se depara com três chamadas perdidas de sua tia.

Preocupado, ligou de volta para sua tia por parte de mãe.

─ Tia, o que aconteceu? ─ diz ele assim que a mais velha atende o telefone. ─ Me ligou mais de três vezes.

─ Oh meu querido. Desculpe por ligar tarde assim, mas aconteceu algo com sua mãe que eu acho que você precisa saber.

As palavras de sua tia Margareth o deixaram obviamente preocupado.

─ Tia, pelo amor de Deus. Fale de uma vez.

─ Hoje mais cedo acompanhei sua mãe em uma consulta médica. ─ fez uma breve pausa e continuou a falar; ─ Ela descobriu um câncer de mama. Estou te ligando tarde pois ela não queria que você soubesse por enquanto, mas eu precisa te falar pra poder dormir em paz.

Naquele momento Jones ficou sem reação nenhuma. Sua mãe havia lutado muito para criar ele sozinho e só de imaginar ver ela sofrendo, fazia com que Jughead perdesse o seu chão.

─ E como ela está com tudo isso? ─ Jones falou depois de um tempo.

─ Tentando digerir tudo. Ela está fraca e enjoada... Me dói ver sua mãe assim.

─ Tia, esse fim de semana eu vou para aí ver ela.

─ E a faculdade? Você sabe como é importante para ela seus estudos.

─ Eu não tenho aula nos fins de semana e a saúde dela é bem mais importante.

─ Ela tem sorte em te ter como filho.

O moreno sorriu do outro lado da linha.

─ Tchau tia. Vou desligar para achar uma passagem para amanhã de noite. Te amo e cuida da mamãe.

O jovem pegou seu computador de novo e começou a pesquisar passagens de ônibus para o dia seguinte, o que não foi uma tarefa muito fácil, mas felizmente ele conseguiu.
Preocupado, foi se deitar. E foi aí que a ficha caiu.

Sua mãe estava com câncer de mama.

E ali, abraçado em suas almofadas, choramingou até pegar no sono.

Choro de medo. De preocupação.

NO DIA SEGUINTE....

Com certeza a noite de Betty havia sido mais tranquila. A loira foi dormir às dez em ponto e do trabalho da faculdade já estava pronto há duas semanas.

Through the window ❦ ᏼꮜꮐꮋꭼꭺꭰ.Onde histórias criam vida. Descubra agora