26. Por que bebeu tanto?

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Jughead e eu estávamos cada vez mais distantes apesar de morarmos no mesmo prédio, estudar na mesma classe e trabalhar no mesmo lugar. Ele não era mais o mesmo comigo.
Meu namorado não me olhava mais do mesmo jeito. Carinho? Só quando eu implorava por pelo menos um beijinho.

Já faziam três semanas que eu havia saído do hospital e desde de então, ele está estranho comigo. No fundo eu o entendo, afinal eu errei em não contar da gravidez para ele. Eu já havia tentado conversar com ele sobre isso, mas sempre que eu toco no assunto ele da um jeito de sair dele.

Em uma noite de sexta-feira quente, quando eu estava me ajeitando para ir deitar, ouço meu telefone tocar.

Era Toni.

— Oi Toni. Tudo bem?

Na verdade não. Acabei de deixar Jughead no apartamento dele em um estado crítico. Ele foi para White Wrym e bebeu muito. Achei que seria melhor te avisar, já que você está mais próxima dele.

— Tudo bem. Vou ver como ele está. Obrigada por avisar. Tchau Toni.

— Ok. Tchau Betty.

Desliguei o telefone e suspirei fundo. Tentei manter a calma. Passar raiva não iria fazer bem para o bebê.
Jughead não tinha o costume de beber muito, pelo menos não quando eu o conheci.

Talvez eu nem conhecesse ele direito mais.

Apenas calcei meu chinelo e segui até o apartamento dele, torcendo para que eu não encontrasse nenhum vizinho. Eu estava usando camisola. Encontrar alguém seria um pouco constrangedor.
Apertei a caminha duas vezes seguidas. Demorou um pouco para ele abrir a porta. Nem deu tempo de falar algo, ele já saiu correndo para o banheiro vomitar.

Ele estava realmente bêbado!

— Por que bebeu tanto?

Ele termina de lavar a boca e responde com uma típica voz de bêbado:

— Porque eu quis.

— Você disse que ia fotografar com o seu pai no rio Sweetwater depois do trabalho. Mentiu para mim? Você foi para o White Wrym?

— Sim. Acho que dá para perceber, não é?

O moreno desviou de mim, saindo do banheiro. Me deixando sozinha no cômodo. Ele foi até a cozinha e abriu a geladeira, provavelmente para pegar mais bebida. Puxei o Jones pelo braço para impedi-lo.

Em resposta, o mesmo tira minha mão de seus braço e fala em um tom mais alto:

— Me solta, porra! O que você quer?

Fiquei assustada com o jeito que ele reagiu. Ele estava muito alterado.

— Eu quero saber o porquê mentiu para mim?

— Você não tem moral para me dar esporro sobre mentira, Elizabeth.

— O que você quer dizer com isso?

— Que você mentiu sobre uma gravidez. Você iria contar para mim sobre a gravidez se a doutora não tivesse conseguido salvar o bebê?

Sinto meus olhos arderem.

— Eu...

— Você não iria! — meu namorado me interrompeu — E isso sim seria uma mentira.

— Eu estava confusa, Jughead. Nós havíamos acabado de começar a ter um vida sexual. Você já estava muito preocupado com a sua mãe. Não queria te preocupar mais!

— Cala a boca! Não repete mais isso!

— É a verdade! Eu fiz isso para não te preocupar mais ainda.

— Você me faz sentir culpa pelo o que aconteceu, Elizabeth. Porra! Foi por isso que eu bebi, para tentar aliviar a culpa que eu estou sentindo todas as noites.

— Eu sinto muito, Jugh. Desculpe.

— Não você não sente muito. Porque você é uma egoísta!

— Jugh, para com isso.

Sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

— Eu acho melhor a gente se separar por um tempo. Vai ser melhor para nós dois.

— Você está bêbado.

— Sim, mas eu ainda sei o que é melhor para mim. E o melhor para mim no momento é me afastar de você.

— A gente vai ter um filho, Jughead!

— Que você quase matou.

Aquele foi o ápice para mim. Sem pensar muito, dei um tapa na cara de Jones e sai de seu apartamento sem olhar para trás e chorando muito.

Deve ter doído, porque minha mão ardeu.

꒱࿐♡ ˚.*ೃ

notas finais: oiiii! Desculpem pelo capítulo curto, foi só para atualizar vocês.

Through the window ❦ ᏼꮜꮐꮋꭼꭺꭰ.Onde histórias criam vida. Descubra agora