Recadinho: o desenho no topo do capítulo foi feito pela talentosa Daiane_Gomes97
Adorei a Helô e a Helena dela!!—————————————-
HELOÍSA
A manhã do dia seguinte começou calma. Acordamos e saímos para dar uma volta no Parque do Povo, que ficava próximo do apartamento de Hans. Não chegava a ser atividade física, estava mais para um passeio pois Helena estava conosco, sendo empurrada em seu carrinho.
Percebi o quanto era fácil conviver com Hans quando eu deixava as implicâncias de lado. A gente tinha uma boa sintonia. Por mais que fôssemos também parceiros sexuais, nossa amizade fluía de modo natural e eu gostava disso.
Quando voltamos para o apartamento, coloquei minha filha no berço para o rotineiro cochilo matinal. Abri minha bolsa e tirei de dentro o álbum de fotografias que eu tinha trazido comigo. Depois fui para a sala encontrar Hans, que falava ao telefone. Meus braços estavam para trás do corpo, ocultando o objeto.
Hans encerrou a ligação e sorriu ao me ver.
– Ela dormiu? – ele perguntou e eu afirmei com a cabeça. – André me ligou. Ontem eu trouxe as chaves de uma das salas de consulta do tio Antônio por engano. Parece que as secretárias da clínica estão precisando pegar alguns documentos lá dentro.
– Você vai ter que sair? – perguntei, com um ponta de desânimo.
– Não. André está vindo aqui pegar as chaves.
– Ah.
– O que você está escondendo aí? – ele encurvou a cabeça para o lado, sorrindo.
– Uma coisa que achei na minha casa.
– O que você achou?
– Esse álbum – mostrei a mão segurando o álbum. – Você sabia da existência disso?
– Não – respondeu, mostrando interesse.
– Parece que eu gastei um bom tempo juntando fotos de várias fases da nossa vida.
– Fiquei curioso. Deixa eu ver.
Apesar de a minha intenção ter sido lhe mostrar aquelas fotografias, suspirei me preparando para o momento.
– Tudo bem. – me sentei ao seu lado de joelhos no sofá.
Ele pegou o álbum das minhas mãos e o abriu. Nas duas primeiras fotos eu era uma bebê e ele, um pré-adolescente. Mas a cada página eu via mais momentos. Hans explicou com paciência cada um deles. Eram inúmeras viagens para o litoral, para a fazenda herdada de nossa avó e outros lugares do mundo. Entendi que eu e Hans, junto com o restante da família, sempre viajamos juntos.
Eu não me lembrava de quase nada, apenas poucas coisas da infância e adolescência. Mas ali, senti a emoção de ter uma vida, uma história que aconteceu e ainda estava acontecendo.
Quando chegamos na última página do álbum, havia espaço sobrando para mais uma fotografia.
– Está incompleto. – falei para mim mesma.
Sem dizer nada, Hans colocou o álbum sobre a mesinha de centro. Depois voltou-se para mim e colocou as mãos em meu rosto. Ele parecia feliz por ter visto aquelas fotografias. Isso era bom. A sensação de agradá-lo era boa.
Seus dedos começaram a acariciar as minhas bochechas. Nossas bocas foram se aproximando numa lentidão gostosa e cheia de expectativa. O beijo que se iniciava me fez sentar em seu colo, de frente para ele e abrigando suas pernas entre as minhas. O mais engraçado era que entre nós as coisas nunca ficavam na "zona da pureza", estávamos sempre prontos a dar passos a mais.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Resetar
RomanceAVISO: PARA MAIORES DE 18 ANOS - CONTEÚDO ROMÂNTICO E SENSUAL. PEÇO QUE NÃO LEIA SE ESSE TIPO DE LITERATURA NÃO LHE AGRADA. Heloísa perde a memória sem motivos aparentes. Decidida a encarar sua realidade, ela tenta se readequar a sua própria vida. E...