Olá,
o vídeo no topo é de uma banda brasileira de indie rock que se chama O Terno. Pois é, eu sei que o Hans combina mais com heavy metal e hard rock. Mas como a Helô é um pouco mais moderninha, tive que achar um meio termo, rsrsrs.
Essa canção é a cara desse capítulo.
Leiam até o final, porque lá em baixo tem outro link com uma surpresinha (acho que alguns gostarão).
Boa leitura.
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(ainda dentro das memórias de Helô)
HELOÍSA
As pessoas que me cercavam diziam que eu precisava ser paciente, pois a minha recuperação aconteceria a longo prazo. Até que um dia amanheci me sentindo incrivelmente bem. Acreditei que isso poderia ser um sinal de uma nova fase que se iniciava.
Foi muito bom sentir vontade de fazer coisas que há muito tempo eu não fazia. Eu queria correr no Parque Ibirapuera, visitar os meus avós, escutar Frank Sinatra e Fafá de Belém com meu avô, tentar fingir surpresa com as mesmas histórias contadas por vó Margarida, dar boas risadas com Laila e Anelise, sair sem rumo, fotografar coisas aleatórias, conversar com pessoas desconhecidas, treinar jiu-jitsu e, principalmente, fazer amor com Hans.
E, Deus, como eu queria isso! Eu sentia tanta falta de estar com ele de uma maneira mais íntima!
Eu sei, era óbvio que eu não conseguiria fazer todas essas coisas num único dia, mas eu estava revigorada, cheia de energia. Seria perfeito se essa sensação de vivacidade se estendesse por mais tempo.
Resolvi tomar um banho demorado. Uma boa uma esfoliação no corpo levaria embora células mortas e qualquer resquício de carga negativa. Lavei os cabelos com cuidado e passei meu hidratante preferido com aroma de morango. Eu me sentia tão bem que até meu olfato estava mais aguçado!
Hans havia dito que me visitaria no início daquela tarde. Então procurei dar um jeito na minha aparência. Não dava para fazer muita coisa, pois as lingeries mais bonitas estavam apertadas, as blusas cavadas salientavam o tamanho da minha barriga e tudo parecia muito pequeno no meu novo corpo.
Mas isso não afastaria o meu bom humor! Não mesmo!
Vestido envelope! Isso! Agora tenho que apertar essas gordurinhas! Onde estão as calcinhas de cós alto? E sutiã? Esquece o sutiã! Tudo preto! Dizem que cores escuras fazem a gente parecer mais magra!, eu pensava ao me vestir. Sorria, me perfumava, lixava as unhas, sorria de novo e passava gloss.
O resultado estava satisfatório. Minha beleza já tinha vivido momentos melhores, mas eu estava disposta recuperar todas as coisas que eu tinha perdido, inclusive a boa forma.
Quando Hans apareceu na porta do meu quarto, não pude me conter. Corri em sua direção e me agarrei ao seu pescoço. Ele correspondeu ao meu abraço no mesmo instante em que cheirava os meus cabelos, que já estavam secos e coroados de cachos grandes.
– Que saudade! – sussurrei mais para mim mesma.
Depois de um tempo, ele afastou sua cabeça para trás e, com suas mãos nas laterais do meu rosto, me olhou. Vi suas olheiras profundas, o cansaço tão aparente por inúmeras razões.
– Doze ou vinte e quatro? – Minha pergunta se referia aos seus plantões. Mas eu não precisava de uma reposta, porque estava visível que ele havia enfrentado uma longa jornada de trabalho.
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Resetar
RomanceAVISO: PARA MAIORES DE 18 ANOS - CONTEÚDO ROMÂNTICO E SENSUAL. PEÇO QUE NÃO LEIA SE ESSE TIPO DE LITERATURA NÃO LHE AGRADA. Heloísa perde a memória sem motivos aparentes. Decidida a encarar sua realidade, ela tenta se readequar a sua própria vida. E...