Capítulo 9

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Vítor até estava conseguindo se divertir, já tinha misturado algumas bebidas e o álcool surtia um efeito relaxante em seu corpo. A morena mestiça era carinhosa, beijava seu pescoço alisando seu peito e assim como ele ali, vários conhecidos do Congresso Nacional e do Senado também aproveitavam a noite.
Pra eles não era nada difícil tomar um avião para uma noitada de prazer em qualquer parte do Brasil. O contribuinte era o financiador de todas as regalias que usufruíam.
A política era um puteiro, literalmente, seus bastidores iam muito além das compras de votos e falcatruas de muitos políticos demagogos.
Recebia convites para festas extravagantes em Brasília, a portas fechadas, onde rolava de tudo, desde drogas até sexo grupal. Chegou a ir a uma ou duas dessas festas, quando a solidão o assolou, alguns meses depois da eleição. Priscila tinha ficado em Porto Alegre com o pequeno Enzo e mesmo sentindo saudades do menino, preferiu manter distância da mãe dele. Nessas orgias, acabava ficando com algumas garotas, porém não curtia muito isso, não era adepto ao uso de drogas para cometer as loucuras que aconteciam nesses lugares e não era um adolescente ou alguém que estava deslumbrado com o poder e o dinheiro.
Sexo se conseguia em qualquer balada, para satisfazer seu corpo, no entanto, a amargura de ter perdido Dany, deixava um vazio imenso dentro dele cada vez que dormia com uma mulher. Com ela tinha aprendido a dosar amor com desejo e a vontade de satisfazer, de se importar com o outro foram sentimentos que só viveu com ela. Com os dois não era apenas carnal, havia misturas de sentimentos envolvidos, o que acabava sempre o deixando frustrado com o que as mulheres ofereciam a ele depois de ter usufruído tudo isso com Danyelle.
Yandara, sentada ao seu lado, no sofá macio, a meia luz, se esfregou em seu corpo, tentando lhe excitar.
___ Ainda não me disse o que gosta na cama... Se quiser subir... - convidou com a boca grudada em seu ouvido.___ Eu particularmente, gosto de sexo selvagem, de quatro, embora também posso ser submissa. Pode achar estranho, mas adoro trepar! Às vezes, gosto de dominar, mas estou aqui, pra satisfazer as suas preferências!
Vítor fechou os olhos tentando imaginá-la na descrição das transas, mas na sua mente só vinha a mulher que fugiu naquela manhã de domingo da fazenda.
"Inferno!! Dois anos! Dois anos que é assim! Não consigo tirá-la da cabeça!"
Sentiu seu pau ser afagado pela mão delicada da morena e ele subiu, óbvio! Ela sorrindo maliciosa, sussurrou.
___ Nossa, Senador... que ferramenta, hein?
Vítor abriu os olhos se deparando com a face da moça cor de cuia e caindo na real, segurou sua mão para que não avançasse para dentro da abertura da calça. Ela franziu a testa sem entender, os homens gostavam do seu toque.
___ Desculpa, não estou num bom momento da minha vida. - se redimiu.
Ela riu fraco, insistindo para não perder o cliente, afrouxou um pouco a mão. Não era todo dia que tinha o prazer de fazer um programa com um homem bonito, charmoso e viril. Com ele transaria até de graça!
A atenção de Vítor se voltou ao palco ao ouvir a voz da moça apresentando um show que começaria. Os companheiros de mesa teceram comentários sobre a tal mulher misteriosa, alguns já tinham assistido a sua apresentação outras vezes.
"Não que seja algo extraordinário dançar, muitas fazem isso, mas você precisa ver esta puta, gostosa pra cacete! Ela faz a gente gozar só olhando seus trejeitos no palco. Ofereci uma grana pra ela ir pra cama comigo um outro dia, ela rejeitou. Acho que não sou o tipo dela."
Vítor sorriu lembrando que o amigo não era lá essas coisas de atraente mesmo e achou um exagero. Mulher bonita e gostosa tem aos montes dançando pela noite. Um outro endossou a conversa.
"Já vi muitas vagabundas, mas igual a esta...! É misteriosa, te olha como se dissesse exatamente o que quer fazer contigo. É um show planejado para dar lucro à casa."
A música começou, as bailarinas entraram. O show era muito bem produzido, era verdade, mas nada de extraordinário até o momento. Queria ver se realmente a moça fazia jus aos elogios dos homens.
No palco, uma explosão aconteceu, o enchendo de fumaça vermelha e a luz iluminou a figura que se destacava em meio ao nevoeiro, que se dissipava aos poucos, numa aura de mistério. Cravou os olhos na mulher de costas, admirando sua imagem: cintura fina, a bunda arredondada, as coxas bem torneadas que ficavam ainda mais sexys com as sandálias e meias com cintas-ligas.
A luz focou e iluminou por segundos, a tatuagem que dava nome a mascarada dançarina: uma borboleta 3D, quase na nuca, do lado direito, que se tornou a marca registrada dela.  Ouviu a voz de Yandara .
__ Ela é show e cheia de obscenidades! Aguarde uns instantes...vai implorar para que eu te masturbe enquanto ela dança. - disse enquanto beijava seu pescoço com sensualidade.
Vítor não conseguia desgrudar os olhos da mascarada, que agora, tinha virado o corpo, dançando, sexy, no meio do palco. A bela mulher fazia jus ao comentário da morena. Seu pau endureceu ainda mais, seu coração acelerou e perdeu o fôlego quando ela, numa pose sensual, mas terrivelmente obscena, passou as mãos por seu corpo, se tocando por cima da calcinha de renda transparente. O comentário não tinha sido exagerado, ela era crua, intensa e erótica e intencional!
As poses, o jeito erótico, o olhar marcante que reluzia pela máscara foram com se ela tivesse lançado um feitiço sobre ele. Levantou do sofá, seu membro potente doendo, fazendo pressão sob o tecido da calça. Há dois anos, que não sentia-se assim, como se assisti-la dançar preenchesse um lugar desocupado dentro dele. Aquela mulher mexia não só, com sua libido, mas com algo que no momento não conseguiu identificar. Os olhos de Vítor não perdiam nenhum detalhe daquele corpo e a pequena borboleta tatuada na nuca, se destacou, quando a luz iluminou suas costas. Uma sensação estranha tomou conta dele ao vê-la dançar naquele palco. Se achegou para perto do tablado iluminado pelos projetores de luzes, como muitos que estavam ali e estendeu a mão tentando tocá-la quase que hipnotizado, mas ela se esquivou rapidamente.
Vítor não tirava os olhos da mulher dançando sexy naquele palco. A Rainha Alexandra rolou no chão se contorcendo na coreografia, e inevitavelmente, se arrastou sensualmente para encará-lo. Queria chocá-lo, deixá-lo desnorteado, olhando em seus olhos, vendo o turbilhão de emoções que estava sentindo pela mascarada. Fazia parte do show.
Ela vislumbrou Yandara massageando seu pênis duro feito pedra, em meio a semi claridade, abaixo do palco e ele gozando na mão da garota sob o olhar feiticeiro da misteriosa mascarada e na hora que aconteceu, o corpo de Vítor lembrou do calor, do perfume e da febre das carícias de Danyelle.

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