Capítulo 36

2.9K 249 30
                                    

Ouviu quando ela pediu, quase como uma ordem:
__ Vem!
Ele forçou o caminhar e sem pestanejar, a seguiu. Pararam em frente a uma porta, ao lado do palco, a qual ela abriu devagar. Se virou para falar com ele.
__ Já esteve aqui, Senador?
__ Porra, porque não pode me chamar de Vítor?- reclamou. Queria ouvir o som do seu nome em sua boca.
Ela riu, fazendo eco dentro do recinto.
__Porque aqui, eu sou Alexandra e você, meu cliente, Senador! O senhor é um dos homens mais importantes deste país, detém muito poder em suas mãos...Só que nesse jogo...hoje, eu mando e o senhor obedece! Seu poder aqui, não vale nada! Desça! - apontou a escadaria por trás da porta e acionou o interruptor, dando espaço para Vítor passar.
Ambos desceram em silêncio os degraus, que desembocavam em uma outra porta, na qual ela o empurrou delicadamente, para que adentrasse o recinto com a iluminação débil.
Vítor se voltou para encará-la, surpreso, com o que se desenhava ao seu redor.
__ Uma sala de prazeres, Mascarada? É isso que quer de mim? - ele juntou as sobrancelhas, sorrindo de canto, debochado e sacana.
___ Não, Senador. Esqueceu? Eu comando a situação! Você é meu cliente e aqui nesta sala, os clientes são submissos a minha vontade! Eu vou lhe dar prazer hoje e jamais esquecerá esta noite comigo! Cada detalhe ficará gravado na sua memória. Acredito que não será muito fácil me esquecer, mas aviso que não terá repetição! Uma única noite e só!
Alexandra pousou a mão em seu ombro e o empurrou para o meio da sala, saindo para um lado, o deixando que reconhecesse o espaço todo. Vítor caminhou por entre os móveis e apetrechos, se inteirando que se tratava realmente de uma sala de submissão. Gostou da ideia!
No meio, havia uma cadeira preta, estofada, confortável e reclinável e ao lado, uma mesa comprida, com vários objetos, que iam dos que causavam mais dores ao mais suaves, dispostos em ordem, usados nas sessões com os clientes da Butterfly, que apreciavam aquele tipo de sessão. Passou os olhos pelo lenço de seda preto e pelas cordas finas, trançadas em tecido macio.
Ele se voltou para indagar, enquanto ela o observava.
__ Nem pense em usar certas coisas comigo! - avisou, parando seus olhos nos seus.___ Ou quer que eu use em você?
Alexandra riu.
__ Parece que não entendeu nada, mas vou explicar didaticamente daqui a pouco. - sorriu. __Está com medo de mim, Senador? Acha que seria capaz de fazer algo sem o seu consentimento?
__ Não sei, no jogo do prazer, muitas vezes, a dor é uma forma de dar e receber prazer.
__ Só terá dor se me pedir, agora, prazer, garanto que não medirei esforços para que sinta! Serei uma leve borboleta pousando sobre seu corpo...confie em mim!
Quis se afastar, porém Vítor foi mais rápido e a puxou, a prendendo pela cintura e pela nuca ao mesmo tempo, grudando sua boca com voracidade em seus lábios. A língua sacana se entrelaçou na sua, lhe comendo por inteira, a deixando sem fôlego. Seu ventre se apertou, seus seios doeram, com os bicos enrijecidos por baixo da seda do corselet e sua pele se arrepiou inteira. Buscou forças para afastá-lo, recobrando a respiração, que havia faltado por ter sido pega de surpresa.
Ela o empurrou com delicadeza.
__ Calma Senador! Tudo na sua hora. Senta e relaxa! - pediu ofegante e apontou a cadeira no meio da sala.
Vítor sorriu e sentou, de pernas abertas, mostrando o tamanho do seu mastro duro, delineado sob o tecido.Se recostou, sem tirar os olhos do corpo, que agora, se livrava do kimono, devagar, revelando toda a sua sensualidade na roupa feita pra seduzir.
___ Quantas vezes sonhou comigo, Senador? - ela indagou, se aproximando da mesa, apanhando um lenço preto de seda.
Sorriu, procurando de relance, sua face. Constatou com prazer, que ele estava maluco, com a mulher poderosa naquela sala. Ouviu sua voz ecoar no recinto.
___ Não tantas quanto eu gostaria, Dany! Esse seu lado vadia me fascina!!
A mascarada balançou a cabeça negando. A palavra vadia e seu nome a incomodavam na mesma frase.
___ Tsc..tsc...tsc... Me chamou de Dany? - indagou, balançando a cabeça, num claro sinal de reprovação.__ Não sou ela! Quando estou no palco há a transformação, lembra? Essa é a sua fantasia, Senador! Primeiro vou lhe dar prazer, depois vou dançar e por último, vai sentir o meu corpo se encaixando perfeitamente no seu! Mas lembre-se, sou a Alexandra. A outra, aqui nesta boate não existe, ao menos pra mim. Eu sei que a realidade às vezes, pode se confundir com a fantasia, mas aqui é tudo surreal. Sou Alexandra, a mascarada que mexeu com seus instintos, dançando naquele palco!
Ela fez a volta por trás da cadeira e passou o lenço sobre seus olhos, amarrando.
___ Não se assuste! - tranquilizou.
Alexandra observou seu peito subir e descer diante da excitação do momento.
Caminhou devagar e apenas o barulho do salto alto no piso, quebrava o silêncio. Parando a sua frente, ela abriu  lentamente os botões da camisa, expondo sua musculatura delineada. Acariciou com a mão espalmada do alto dos ombros até o V no cós da calça e sentiu ele se contrair nesta região.
O fato de não enxergar, mas apenas sentir os seus movimentos, o fazia arfar de excitação e aguçar seus sentidos.
Os dedos hábeis abriram o cinto e depois o zíper da calça e Vítor, num instinto ergueu os quadris para facilitar a retirada dela.
O tecido verde se juntou logo em seguida, ao da camisa num canto, atirado junto às meias e os sapatos.
Agora, ele apenas de cueca cinza, percebeu o toque delicado de suas mãos a afagá-lo devagar, apalpando a barriga e descendo até seu pau, que quase rasgava o tecido. Um círculo molhado se desenhava na malha de algodão. Vítor se derretia em pré gozo, extremamente excitado, pois não conseguia prever os movimentos da mascarada devido a venda nos olhos.
Sentiu algo gelado sobre seu peito sendo esparramado com suavidade e as mãos dela passearem em círculos sobre seus músculos. Seu coração batia feito tambor e
a massagem, aos poucos, foi essencial para que relaxasse e confiasse nela, por alguns minutos mais. O toque era delicioso e se tornava ainda mais incrível quando se aproximava do elástico da boxer. A expectativa o deixava maluco! A respiração se tornava cada vez mais entrecortada e um gemido involuntário saiu de seus lábios. Ela sorriu realizada. Ele nunca mais esqueceria aquela noite! Não existiria nenhuma cura para ele! Ou Vítor a assumia de vez, para ter as duas personalidades dela, ou não teria nenhuma!!
____ Está gostando, Senador?- ela indagou com voz baixa e sensual.___ Gosta do toque suave das asas de uma borboleta em sua pele?
Vítor abriu a boca para responder, mas foi invadido pelos lábios quentes dela, num beijo de língua alucinante e quando se afastaram, ouviu ela ordenar:
___ Não responda, Senador! Foi uma pergunta retórica. Seu corpo fala por você! - mordeu de leve o lábio inferior dele. ___ Só fale se eu mandar!- pôs o dedo sobre sua boca agora.
Vítor obedeceu, mas tentou tatear seu corpo, em desespero, com as mãos no ar.
A mascarada as agarrou e ele sentiu um de seus pulsos sendo amarrado na guarda da cadeira, impedindo novos movimentos.
___ Confia em mim, Senador?
Ele apenas balançou a cabeça, positivando, obedecendo a ordem de não falar. Em seguida, ela fez o mesmo com o outro pulso, imobilizando-o por completo.
Por alguns segundos intermináveis, ele ficou atônito, não sabendo o que viria a seguir. Somente alguns ruídos e o perfume forte, indicavam a sua presença ali ao seu redor.
Sua pele se arrepiou, inalando seu cheiro sensual com notas afrodisíacas, enquanto ela tomava posição por trás e suas mãos acariciavam seus bíceps, subindo por seus ombros, massageando seu pescoço, deslizando sem atrito nenhum, devido ao gel gelado em sua pele. Sua língua tocou o lóbulo de sua orelha e uma descarga elétrica atravessou seu corpo. A sensação atingindo em cheio seu mastro rijo. Ela mexia ainda mais com sua libido com a língua molhada, deixando um rastro de fogo por sua nuca, onde mordia levemente.
Não se conteve.
___ Deixe-me tocá-la, por favor! - implorou.
Ela emitiu uma risada libidinosa, baixinho.
___ Psiu!! Só relaxa! Não tem ordem para falar!
Alexandra parou ao seu lado, puxando seu rosto com cuidado para o lado e inclinando o corpo, o fez sentir o perfume no vale entre seus seios. Vítor lambeu sua pele e ela o agarrou pelos cabelos, forçando sua boca contra os dois montes , na borda da seda vermelho. Ele os mordeu, em desatino e ela gemeu. Era impossível não apreciar seus lábios lascivos em sua carne.
___ Por favor, me solta! Eu preciso te sentir...- ele mais uma vez, suplicava.
Alexandra, afastou sua boca de seus seios e o beijou novamente, sentindo que o deixava sem ar. Chupou com devassidão sua língua e voltando a beijá-lo voraz, enfiou a mão por dentro da cueca e apertou seu pau. Ele pegava fogo, pulsando dentro de sua mão fechada. Massageou num vai e vem lento, por três ou quatro vezes e se afastou de repente. Seu pau ficou em riste , babando, esperando a próxima atitude de despudor. 
Ele saltou, quando percebeu que além da seda que vendava seus olhos, ela agora, passava uma mordaça entre seus lábios.
__ Se continuar a me desobedecer...vamos ter problemas, Senador! - avisou, apertando o laço sem machucar.__ O único sons que ouviremos aqui, serão os seus gemidos de prazer e a minha voz de comando, ok? 
Vítor fez sinal de entendimento. Ela o estava levando ao ápice da excitação e é claro, que a mascarada sabia que se ele quisesse, arrancaria as amarras frágeis, apenas com um ou dois tirões. No entanto, estava gostando da brincadeira.Sabia que ela também estava sentindo prazer naquilo. Não estragaria aquele momento sob hipótese alguma!
As mãos de Alexandra começaram a trabalhar incessantes a partir do instante em que sua boxer saiu de seus quadris. Acariciou seu saco, que já estava no limite, com as bolas doendo, implorando para ser esvaziado. Ela era cruel, de uma forma luxuriosa, mas ao mesmo tempo doce, delicada e amável em seus gestos. Contornou seu membro e o massageou novamente, devagar. Vítor queria apreciar suas mãos sobre ele lhe dando prazer, mas não podia e a cada parada, sua expectativa aumentava em espera.
O coração de Alexandra estava em disparada, só pensava em montá-lo e deixar que se enterrasse inteiro de uma só vez em sua gruta, matando a sede de amor que tinha por ele. Precisou por os pensamentos em ordem para continuar com as brincadeiras. 
Alexandra acionou um pedal, embaixo da cadeira, que se inclinou um pouco mais para frente e ele apreciou o calor de seus lábios gulosos abocanhando todo o seu tamanho, deslizando sobre sua carne quente. Vítor se contraiu inteiro diante do golpe surpresa, relaxando aos poucos conforme ela o chupava. A sensação que tinha era intensa, ora de prazer, ora de apreensão. Gemeu involuntariamente, prestes a explodir e então ela parou, frustrando seu orgasmo. Teve seus olhos desvendados  e uma das mãos libertadas. Ofegando, fez sinal para que ela retirasse também o pano de sua boca. Ela acatou e ele respirou forte, aliviado. 
___ Quer gozar, Senador? - ela sorriu safada e limpou os cantos da boca, sentindo o gosto dele ainda em sua língua.
Vítor sorriu de canto, queria ter a visão e a sensação de seus lábios vermelhos ao redor de seu membro novamente.
___ Alexandra... Danyelle... sei lá quem é você, continua. - insistiu. __ Por favor!
Alexandra se inclinou, empinando a bunda, fazendo aquilo de propósito, pois sabia que ele tinha uma visão privilegiada de sua bunda com a calcinha fio dental, por uma parede de espelho atrás de si. Ela voltou a dar atenção ao seu pênis, o sugando alternadamente, ora forte , ora delicado, massageando em movimentos de vai e vem. Vítor gemeu, respirava ofegante, sob o comando da boca e das mãos experiente de Alexandra.
___ Porra, onde aprendeu a deixar um homem louco desse jeito? - ele inquiriu segurando forte na guarda estofada, alucinado, quase gozando com o conjunto da visão de sua bunda no espelho e as sugadas vigorosas em seu pau. Ela não respondeu, não era de hora de explicações, até porque a única que havia, era que seu amor a movia a fazer aquilo, mas ela não poderia falar. A mascarada percebeu que ele chegava ao seu limite  e afastou a boca, apreciando seu membro esguichar o liquido leitoso longe e sua expressão crispada de prazer. Ele chamou por Danyelle baixinho, tendo sua respiração entre cortada por gemidos na hora do orgasmo!
Ela exultando por dentro, limpou com um lenço umedecido os gominhos  de sua musculatura abdominal e em seguida liberou seu outro pulso. Ele ainda sem forças para levantar, assistia ela vestindo o kimono e juntando suas roupas do chão, que entregou em suas mãos.
___ Vista-se se quiser! Te encontro no palco daqui a 30 minutos. - avisou se aproximando, grudando a boca na dele, num beijo gostoso e sensual.  Saiu sem olhar para trás.

  Saiu sem olhar para trás

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Para Sempre No Meu Coração🔞‼️Onde histórias criam vida. Descubra agora