Capítulo 28

3.2K 281 19
                                    

O restaurante do hotel estava cheio de pessoas e o murmúrio de suas vozes podia ser ouvida acima do barulho dos pratos e do tilintar dos talheres. Algumas pessoas cumprimentaram Vítor, com sorrisos e acenos de mãos, outros o pararam para uma conversa informal. Aonde passavam era difícil alguém não o reconhecer. Dany percebeu que ele sentia orgulho de ser o centro das atenções. O poder certamente o fascinava e
sexo para ele era uma forma de poder e era isso que o movia.
Vítor queria seu corpo, mas não seu amor, e com essa triste conclusão teve ainda mais certeza que ele nunca arriscaria a sua imagem e a política por causa dela.
Vítor apertou seu ombro, enquanto a conduzia por entre as mesas se dando conta da quantidade de olhares masculinos depositados na figura dela que guiava Alice pela mãozinha. Personificariam a família perfeita, não fosse tantos desenganos em suas vidas, causados por suas escolhas.
O maître indicou a mesa que ele havia reservado e Dany se surpreendeu quando o garçom indagou se queriam que a refeição da menina já fosse servida.
__ Por favor. - ele pediu ao homem baixinho, vestido com uma impecável camisa branca com a insígnia do hotel.
__ Confesso que fiquei um pouco apreensiva, achando que pudessem não ter algo para Alice, tanto que trouxe uma papinha industrializada na bolsa. Pediria apenas para aquecer.
__ As instruções quanto a alimentação de Alice já foram repassadas por um dos meus assessores. Você não precisará se preocupar com isso. Caso haja alguma emergência, será necessário, só avisar a recepção.Diana mandou um cardápio para eles seguirem.
__ Nem sabia que faziam isso. - ela ajeitou melhor, Alice, na cadeira alta.
__ O dinheiro compra tudo, Danyelle.
__Quase tudo. - concluiu casualmente, passando os olhos pelo lugar elegante, embora fosse frequentado por vários tipos de pessoas desde altos executivos e políticos a turistas.
__ Quer beber alguma coisa?- e antes que ela pudesse responder, o garçom foi chamado.__ Uma garrafa de vinho. 
__ Alguma preferência, Senador?
__ Branco seco. - e olhou para ela.__ Minha amiga é fraca para bebidas doces.- sorriu, lembrando da noite em que fizeram amor.
O homem assentiu com a cabeça e se afastou.
__ Por mim poderia pedir água, sabe que nem bebo.- ela reclamou.__ Aquela noite foi um deslize meu, nunca mais se repetirá. Aliás, nada mais se repetirá entre nós. 
Vítor a encarou, cruzando as mãos sobre a mesa e suas narinas tremeram ao ouvir aquelas palavras.
__ Bobagem.- refutou.__ Uma taça de vinho não vai fazer você cair. Agora... duas taças eu já não me responsabilizo.- ele  buscou seus dedos em cima da toalha.
__ Não posso beber. - puxou a mão.__Tenho que tomar conta de Alice...- interrompeu o assunto quando um outro garçom pousou sobre a mesa a refeição da filha.
Danyelle sorriu e agradeceu.
__ Por enquanto meu senso de responsabilidade não está abalado. Minha filha sempre virá acima dos meus desejos. Fato esse, que estou aqui, em Brasília, com ela, passando por muitas humilhações vindas de você. Anota aí, no seu caderninho, que não será pra sempre. - não escondeu sua irritação e mexeu o prato com a colher para esfriar a papinha, logo levando à boca da pequena sem olhar em sua direção.
Ele inclinou o corpo para frente e levantou o canto da boca num meio sorriso, a desafiando com o olhar.
__ Está muito segura do que diz, mas talvez, as coisas não ocorram como planeja. - a ameaça soou velada nas palavras.
__ Você só pode ser obsessivo! - o fuzilou.__ Acha que vai me obrigar a ficar com você um tempo, na esperança de uma decisão que certamente, não irá acontecer?! Nunca te passou pela cabeça que se eu o quisesse, teria lutado com unhas e dentes para ficar com você?Poderia muito bem ter feito um jogo sujo, como Priscila fez, para ganhar o seu amor, mas não fiz. Não entendo porque acha que agora, quero ficar. Me sinto presa! Nem dançar eu posso.
__  Como sempre, mentindo para esconder o sentimento de desejo por mim.- ele se atirou no encosto da cadeira estofada e indagou: ___Está falando exatamente do que, à respeito de Priscila? Minhas confissões a você sobre ela, não são certezas, porém  fala com uma verdade, que parece saber algo que desconheço.
Dany percebeu que tinha falado demais, devido ao estresse a que estava sendo submetida.
__ Foi apenas modo de falar. - disfarçou e continuou falando do relacionamento deles.
 __Sabe, eu poderia ter ido te cumprimentar certa vez, numa boate em São Paulo, jogar na sua cara que estava bem, apesar de ter escolhido Priscila.... Eu o vi lá e fugi feito doida. Foi naquela noite, no banheiro, que tive a certeza de estar grávida. Poderia também, ter feito mil coisas contra você para me vingar, inclusive acabar com a sua iniciante carreira política indo aos jornais dizer que esperava um filho...Acabar com sua  imagem de "cidadão de bem"... Poderia  ter feito um verdadeiro escândalo, mas eu só queria viver longe de você. - seus olhos marejaram.
Vítor a escrutinava em busca de algum sentimento diferente, além do desprezo e da mágoa que se exprimiam em suas reações.
__ Então não foi uma visão aquela noite. Vestia um maravilhoso vestido vermelho...Revirei a boate atrás de você. Se tivesse te achado, tudo teria sido diferente entre nós.
Danyelle, parou com a colher no ar e Alice reclamou, chamando sua atenção.
__ Mas não achou e vamos combinar que não, nada seria diferente. - retrucou.__ Muito em breve, vou me livrar de suas amarras.
Vítor retirou seu celular do bolso da camisa, deixando sobre a toalha bege, a encarando com ironia nos olhos.
___ Isso é o que veremos.
Ela revirou os olhos e abriu a boca para retorquir, porém resolveu calar. Falar só a desgastaria. Melhor era agir e mostrar a ele do que era capaz. Pensou que teria que pressionar seu advogado a dar uma solução o quanto antes sobre Alice. Usaria todas as suas economias se precisasse arrumar um outro para assessorá-la melhor. 
A presença de Laura, também lhe traria uma luz e mais segurança no agir com Vítor. Era madura o suficiente para lhe aconselhar.
Por quase uma hora, ficaram sentados ao redor da mesa, e as tentativas de aliviar a tensão entre eles não foram muito bem sucedidas. Com os acontecimentos a atmosfera entre os dois ficou ainda mais carregada, voltando ao patamar da semana, em que ele a trouxe para Brasília.
Dany respirou aliviada quando Vítor se despediu de Alice e se virando, tocou seu queixo com a ponta dos dedos numa carícia.
___ Volto à tardinha, se Celeste ficar em casa. Eu ligo avisando.
__ Não será necessário. Alice está segura comigo como sempre esteve desde que nasceu. Enzo precisa de você.
___ Não se trata de desconfiar de sua atuação como mãe... Eu quero voltar mais tarde. - afirmou.
Aproximou o rosto, à procura do seus lábios e Dany afastou a cabeça para o lado, entrando em conflito com sua vontade de cair na doçura e na voracidade daquela boca que tinha a destreza de lhe enlouquecer cada vez que encostava em sua pele.
Ele emitiu, levemente, um sorriso de canto, jocoso. Sabia que ela não resistia ao seu toque e usava isso a seu favor. Dany se odiou por ter deixado transparecer o quanto ele mexia com seus sentimentos mais íntimos.
Ele girou o corpo em direção a saída, sob os protestos de Alice, que a cada dia o reconhecia como alguém importante em sua vidinha, e Dany ficou ainda, por um tempo, lhe observando, esperando o elevador para levá-las até o oitavo andar.
O corpo ereto, os ombros largos e as passadas firmes denunciavam o homem irresistívelmente seguro que era e o quanto desviava para si as atenções femininas do saguão do hotel.
Não suportaria viver sempre desconfiada a respeito dele com outras mulheres, ela se negava a sofrer. Vítor não nascera para ser homem de uma mulher só. Aceitar o tal acordo, seria mergulhar num mar de inseguranças sem fim.
Ela suspirou e entrou, vendo a porta do elevador se fechar lentamente a sua frente.
Assim que passou a entrada da suíte, Dany preparou um banho morno para Alice, que já demonstrava os sinais do soninho de todas as tardes. Assim que a pequena dormiu, ela pode explorar todo espaço luxuoso e confortável e o quarto anexo onde Laura iria ficar.
Estava doida para rever sua amiga.
Pela porta janela, de vidraças lisas, que se abria numa varanda, com dois divãs, era um lugar apropriado para se deliciar com uma boa leitura. A decoração dava um ar de estarem num espaço Real. Uma porta lateral se abria num terraço, ornamentado com plantas tropicais, onde havia duas mesas com guarda-sóis e cadeiras confortáveis. O espaço era um convite para o banho de sol e as espreguiçadeiras de lona, com estampas coloridas enfeitavam ainda mais o local. O lugar exótico, de onde se elevava um deck de madeirinhas escuras, acomodava uma piscina em fibra, com desenhos marítimos, linda, embora não fosse muito grande. O local em si, oferecia conforto, privacidade e diversão a quem estivesse ali, sem precisar sair para ala em comum das piscinas.  Saborear um café da manhã ou uma outra refeição qualquer, apreciando a vista da cidade era algo que agradava qualquer hóspede. 
No interior da suíte, a decoração de extremo bom gosto, expressava aconchego e bom gosto. Dany nunca tinha entrado num ambiente assim, onde o luxo e as mais estranhas vontades dos hóspedes poderiam ser satisfeitas apenas levantando o telefone do gancho. O lugar era digno de fotos das revistas de decoração e ela se perguntou qual seria o valor de uma diária ali.
O banheiro em cores neutras  e louças modernas, contava com uma banheira magnífica. Espelhos e as luzes dispostos com estratégia davam uma visão incrível do espaço.
Enquanto admirava tudo aquilo, os pensamentos inquietantes que martelavam a sua mente a respeito de quais atitudes tomar em relação a Vítor, foram quebrados pelo toque do celular.
Dany sorriu ao ler as letras na tela. O nome de Flávio vibrava.
__  Alô?
__ Como vai minha paciente preferida? - indagou com o carinho costumeiro.
__ Com muitas saudades de todos vocês, principalmente de nossas conversas.
__ E Alice como está?
__ Está bem...
__ E você? A sua voz não é das melhores. Esta magoada comigo?
__ Acha que posso guardar ressentimentos em relação a você? É um dos meus melhores amigos... Tudo o que vier de você, eu sei que é para o meu bem estar.
Ele respondeu do outro lado, na voz, um tom de alívio.
___ Confesso que fiquei receoso em te ligar depois da última vez que nos falamos. Acho que agi querendo ser seu dono...não quero que fique com essa impressão.
___ Acho ótimo quando me refrescam a memória sobre o quanto Vítor fez mal na minha vida. Acredite, não vejo a hora de deixar tudo isso aqui. - confessou.
___ O que está acontecendo?
___ Nada. Somente saudades. Laura chega amanhã. - escondeu os últimos episódios.
___ É, eu sei. Estive com ela e Miguel ontem. Me disse que o Senador vai mandar um jatinho para levá-la para que faça companhia a vocês duas.
___ Celeste e Priscila estão no apartamento de Vítor, por isso estou num hotel com Alice. As duas são as últimas pessoas que quero rever na vida.
___ E você acha a presença de Priscila aí, ruim?
___ Se está falando de ciúmes... não sei, talvez ela, não seja no momento uma ameaça. Vítor tem uma vida aqui.
___ Óbvio que tem. E você, foi inserida na vida dele novamente ou é apenas expectadora?
___ Nem sei mais. Às vezes, o odeio, mas em outras...- interrompeu com receio de magoá-lo.___ Desculpa, mas tenho que dizer isso, às vezes, o desejo com todas as minhas forças. Não me entendo mais. Só quero acabar com tudo isso e ir embora.
___ Não se constranja em me falar sobre seus sentimentos, Danyelle. Conheço de cor e salteado cada suspiro seu em relação a este homem. Só quero que pare e pense, se o que está vivendo vale a pena pra você ou se está se iludindo mais uma vez.
___ Flávio? - ela chamou, cautelosa.
___ Sim.
___ Queria que soubesse que se tivesse aceitado casar com você, não estaria assim hoje. Talvez, estivesse muito mais feliz.
___ A busca de Alice, por ele, trouxe seus monstro de volta, não foi?
__ Sim, dois deles estão chegando no apartamento hoje.
___ E outro, o maior, quer te devorar. Não permita isso. Você vale muito, Danyelle. E aqui, em São Paulo, tem pessoas que te amam e querem você de volta.
___ Como é bom ouvir isso. No momento, estou quebrada ao meio.
___ Nunca vai esquecê-lo se não se der uma outra chance para ser amada... cuidada.. como você merece. - as palavras de Flávio, transmitiam todo o amor que sentia por ela.
___ Quando a guarda definitiva de Alice sair, estou pensando seriamente, em dar um rumo na minha vida. Penso em deixar a Butterfly, trabalhar como qualquer pessoa normal. Vítor tem obrigações com a filha. O futuro dela está garantido porque é uma das herdeiras da fortuna dos Montenegro.
Fui muito egoísta quando escondi Alice. Pensei somente em mim. Ela já o reconhece como pai, só que não posso mais ficar ligada a Vítor de uma forma tão dolorosa. Só quero minha filha e mais nada.
___ A relação de pai e filha precisa existir, porém  você não precisa mais fazer parte disso. - ele aconselhou.___ Sabe que estou aqui. Não vou julgar suas escolhas, mas percebi que não quer viver as consequências  delas.
Danyelle respirou fundo e ele continuou:
___ Dany, eu te ofereço a tranquilidade de uma vida, ele não. Eu sei que podemos construir um amor sossegado juntos...Quero cuidar de você, te amar, mostrar que existe um outro lado do amor que não conhece.
___ Eu quero muito isso, Flávio. Talvez possamos tentar...,mas também, tenho medo de te ferir...
___ Vou aguardar com paciência, porque sei que um amor só cura com outro. Você já teve provas de que ele não te merece... Não se iluda novamente...não dê chances para ele te dilacerar como fez no passado.
As lágrimas encheram os olhos de Dany. Como contar a Flávio, que já tinha permitido Vítor fazer isso com ela de novo e que talvez, pudesse estar grávida.
Só tomaria uma decisão quando tivesse afastado esta possibilidade. Conversou mais algumas amenidades para disfarçar seus verdadeiros sentimentos e desligou com a promessa de ligar mais seguidamente para conversarem sobre suas emoções.
Suspirou e pôs a banheira encher, enquanto prendia seus cabelos num coque solto. Aproveitar o tempo enquanto Alice dormia para relaxar, era de suma importância para aliviar a ansiedade e pensar com calma nas decisões que teria que tomar.
Tirou a roupa e vestiu um roupão, branco, macio e cheiroso que se encontrava dobrado numa bancada perto do box de vidro fumê.
Virou o sabonete líquido para banho de espuma na água morna e saiu para desfazer as malas.
Quase no final da arrumação, uma batida na porta chamou sua atenção e ela atendeu. O mensageiro, escondia- se atrás de um enorme buquê de Amores Perfeitos, Hortênsias e Rosas, numa mistura magnífica das cores, azuis, branco e rosa matizado, embrulhado caprichosamente em papel celofane e laços de fitas.
__ Flores para a senhorita. - ele sorriu entregando o buquê a ela.
Danyelle agradeceu e assim que o rapaz se retirou, ela procurou o cartão em meio ao colorido das flores. Sorriu ao ler a mensagem escrita com letra firme e bonita.
" Como domar uma borboleta?
Talvez isso, não seja possível porque não posso pegá-la à força.
Percebi que, conservando o perfume das flores nas minhas mãos, ela pousará por livre e espontânea vontade ali..." 
                                           Vítor
Dany mordeu o lábio, pousando seus olhos nas lindas flores, tentando entender o significado daquelas palavras. Ficou assim, pensativa por alguns instantes e então as colocou num vaso na varanda. 
Vítor era um ser envolvente e obviamente estava com medo de perdê-la, por isso o motivo das flores, mas não cairia na sua lábia de conquistador. A conversa bonita poderia iludir seu eleitorado, mas não funcionaria com ela. Era preciso manter a razão daqui pra frente.
Respirou pesado, entrando na banheira e deixando que a água morna a relaxasse totalmente.

A tarde passou lenta e Dany arrastou alguns brinquedos até a área aberta, perto da piscina para que Alice brincasse um pouco ao ar livre. Ao longe, podia-se ver o sol se pondo, como uma bola de fogo, com matizes avermelhadas, anunciando o tempo seco.
Estava distraída, entretendo a filha, de costas para a entrada, quando notou o rostinho de Alice se iluminar com um sorriso e os olhos se fixarem em direção à porta da varanda. 
__ Papai! - ela balbuciou e saiu correndo.
Vítor se agachou para recebê-la num abraço apertado e Danyelle correu os olhos pela figura máscula, vestindo bermuda preta e camiseta branca básica. Tão casual, mas ao mesmo tempo tão senhor de si.
__ Achei que iria me avisar.. ao menos foi isso que me disse quando saiu daqui. - ela revidou.
__ Irritadinha, porque?- ele inquiriu, franzindo a testa.__ Ao menos, poderia agradecer as flores...- levantou com Alice no colo.
Danyelle baixou a guarda, se dando conta que tinha sido ríspida gratuitamente.
__ Desculpa, culpa da TPM. 
Vítor se aproximou mais dela e Alice se desvencilhou de seus braços, ao enxergar um pacote de presente em cima de uma das mesas.
Eles acompanharam a filha com os olhos, tentando subir na cadeira para alcançar o embrulho vermelho. Sorriram em cumplicidade, contemplando as peripécias que a pequena fazia para subir e conseguir atingir seu objetivo. Por um momento, trocaram os males que fizeram um ao outro e a impolidez  pela visão angelical da pequena que sorria, feliz, ao conseguir rasgar com os dedinhos o frágil papel, revelando um Dinossauro colorido.
__ A vendedora me disse que as crianças adoram mexer em portinhas e descobrir compartimentos secretos. - Vítor sorria tão feliz quanto Alice, ao perceber que ela estava encantada com o brinquedo.__ Ele engole tudo. Tem pequenas imitações de pedaços de frango, peixe e carne e podem ser colocados na boca e recuperados na barriga, que se abre quando puxada.
__ Ela amou! - Dany exclamou. 
Vítor a encarou, agora, sério. 
__ Não poderia dar flores à mãe e esquecer minha outra princesa.
Danyelle tirou o olhar da filha, parando em sua face, querendo descobrir as intenções por trás daquelas palavras.
__ As flores são lindas! Desculpa, mais uma vez, o meu mau jeito.
__ Vou dormir aqui. - anunciou com um meio sorriso.
__ E Enzo? Você não pode deixá-lo! 
__ Celeste está lá. Só ficarei, naquele apartamento, se Celeste não puder estar presente, lembra? Ademais, ela é apaixonada pelo neto. Não confio em Priscila, mas em Celeste, sim.
Danyelle ficou um tanto apreensiva por Enzo. Não gostava de nenhuma das duas, ainda mais depois que soube, do que tinham feito para prenderem Vítor e conseguirem separá-los.
__ Não pense que vai conseguir sexo comigo, porque me deu flores... - antecipou, cortando seu barato.
Vítor sorriu, malicioso. Sabia que se quisesse, não precisaria de muita lábia para conseguir com que se entregasse, enlouquecida, numa noite de prazer com ele. No entanto, deixaria com que achasse estar no comando da situação.

Para Sempre No Meu Coração🔞‼️Onde histórias criam vida. Descubra agora