Danyelle forçou o ouvido, ainda de olhos fechados. Alguém caminhava e conversava com outras pessoas no corredor do andar. A claridade na janela, mostrava que já não era tão cedo, pois o sol atravessava a vidraça adentrando no quarto se projetando no assoalho.
Suspirou e feliz estendeu a mão para cima, onde o anel brilhava mais do que enfeitando seu dedo, lhe dizendo que agora Vítor era somente seu e que valeu ter ido contra os conselhos dos amigos, quando decidiu dar a ele a última noite. Sorriu, tentando sair do abraço sem acordá-lo, mas foi impossível. Ele a puxou pela cintura, assim que sentiu que ela se afastava.
___ Vai aonde?- ele indagou com voz de sonolenta, de olhos fechados.
___ Amanheceu.- ela avisou lhe dando um beijo na bochecha, se desvencilhando, pondo os pés para fora da cama. __Meu celular está no camarim, nem sei que horas são, mas já deve ser tarde. O pessoal da limpeza já chegou.
Ele sentou na cama, passando as mãos pelo rosto.
__ E isso é algum problema? - beijou seu ombro.__ Deita aqui. Quero te amar de novo. - afastou o cabelo da nuca, correndo os lábios pela tatuagem.__ Nem acredito que a gente está assim...
Dany se virou falando dengosa, acariciando seu rosto.
__ Eu adoraria ficar com você nessa cama o dia todo, mas temos duas crianças nos esperando, esqueceu? E se Diana ou Nanete ligaram? Podem estar querendo falar com a gente! Cadê seu telefone?
Ele respirou forte em lamento, se atirando na cama preguiçoso.
__ Verdade. Precisamos voltar a realidade! - disse passando a mão carinhosa, no antebraço dela. __ Meu celular, acho que ficou no balcão do bar. Está desligado!
__ Então mais um motivo pra gente ir embora, Vítor!
Dany o beijou com carinho e sorriu saindo para procurar algo para vestir. Caminhou nua até o corredor que levava ao banheiro. Sabia que ele a observa pelas costas. Amava aquele olhar guloso dele em cima de si e gostava de lhe provocar. Já podia imaginar seu pau acordando.
No banheiro achou o outro roupão e o vestiu, voltando para encontrá-lo já de calças, pondo os sapatos. Vítor passou os dedos pelos cabelos tentando ajeitar a parte que caía na testa, para trás e Danyelle, lembrou das manhãs na fazenda, quando ele saía sorrateiro de seu quarto. Se aproximou, agradecendo mentalmente, que agora, tudo tinha mudado. O cingiu pela cintura e beijou o seu peito, transbordando de amor.
Vítor a enlaçou com seus braços.
__ Nunca mais deixarei você escapar. Eu te amo tanto! Quase três anos longe, sem saber notícias suas... Quase morri. - suspirou profundo.__ Vamos à fazenda semana que vem.Quero resolver tudo logo!
Dany ergueu a cabeça, o procurando com os olhos, castanhos brilhantes. Os cílios se destacavam compridos e os deixavam ainda mais bonitos.
__ Melhor preparar seu pai para essa notícia. Talvez, fique mal...Ainda está se recuperando do enfarte.
Vítor passou agora, a segurar-lhe o rosto entre as duas mãos.
__ Nada me fará mudar de ideia, entendeu? Nem mesmo a doença dele. Augusto já sabe que temos uma filha e que amo você. Naquela manhã, quando veio para São Paulo, esclareci tudo a ele. Me odeio por ter sido tão fraco. Se tivesse te encontrado, tudo teria sido tão diferente...
__ Eu sei que quer me deixar segura...e eu agradeço por isso. Se acha que devemos ir para lá, eu irei com você. - sorriu.
__ Vamos enfrentar as feras...Celeste também me deve explicações por saber onde estava esse tempo todo e não me falar nada!
Danyelle o abraçou de novo. Celeste era astuta, temia a reação dela mais do que a do padrinho. A de Augusto seria mais exasperada com Vítor, por causa do abandono do cargo de Senador, mas Celeste, era cobra criada e era movida por ganância, não estava a fim de dividir a fortuna do neto com a filha bastarda de Vítor!
Minutos depois, desceram e entraram no camarim. A primeira ação de Dany foi pegar seu telefone e verificar se não havia mensagens das babás. Como não tinha nenhuma , ligou para se tranquilizarem. Vítor passeou os olhos pelo local, pensando que há pouco tempo quase tinham se amado naquele sofá. Desde aquele dia, a mascarada não saiu mais de seus pensamentos.
Algumas coisas pessoais de Dany já estavam arrumadas em caixas para serem levadas embora numa outra ocasião.
Vítor parou em frente ao espelho e alcançou a foto de Alice, no canto.
__ Quantos meses têm nossa princesinha aqui?- ele se virou, se deparando com Dany vestindo sua calça jeans.
Ela sorriu, se achegando, fechando o zíper.
__ Nove meses. A levei a um estúdio fotográfico com a primeira grana que recebi. Tenho muitas outras em casa. Te mostro depois, se quiser.
__ Claro que quero. Quero saber tudo da minha filha. Perdi muito longe dela. Quero recuperar olhando as lembranças.
Ela o encarou, se sentindo culpada.
___ Cada vez que fala desse jeito, algo dentro de mim se quebra. Fui muito egoísta! Pensei só no meu sofrimento...
Ele passou o dedo indicador na imagem que exibia o sorriso meigo, igual ao da mãe.
___ Vamos zerar o que foi ruim no passado. Começaremos vida nova daqui para frente. Amo minha filha, do mesmo jeito que amo Enzo. Vou com certeza, aproveitar todo o resto do seu crescimento ,junto de você, a mulher que amo demais.- sorriu.
__ Vou te mostrar e contar todos os detalhes de cada uma das fotos. Nesta ela está mais do que feliz. Ficou encantada com a fotógrafa. A cada conversa, sorria e ela aproveitava o momento. Todas as fotos ficaram lindas!
Ele devolveu a foto ao lugar. Voltando a lhe encarar, indagando sem pressão.
__ O que pretende fazer daqui pra frente. Vamos ficar em São Paulo ou quer ir para Porto Alegre?
__ O que você quer? Quer uma resposta agora, meu amor?- a palavra carinhosa, foi dita casualmente, enquanto vestia a blusa pela cabeça. Chamá-lo de amor , estava impregnada na mente de Dany, costumavam se chamarem assim, no passado.
Ele fez um leve movimento de cabeça discordando.
__ Não quero decidir nada sem conversarmos antes. Sua faculdade...Não quero que desista mais uma vez do seu sonho.
__ Se acaso decidirmos ir para a capital gaúcha, posso procurar uma faculdade que tenha o curso de dança...transferir minha matrícula para lá. Enzo também ficará mais perto da mãe.
Ele se atirou no sofá e a chamou com um aceno. Dany sentou no seu colo passando o braço por cima de seus ombros.
___ Sabe que não me agrado do garotinho junto a Priscila, mas tudo bem.Primeiro vamos à fazenda, depois decidimos isso.Uma coisa é certa, quero morar numa casa. As crianças precisam de espaço.
__ Eu amaria morar numa casa. Não muito grande, mas confortável o suficiente para nós quatro.
Vìtor riu de uma forma desprentensiosa.
__ Não nos demos conta, mas fizemos amor sem camisinha novamente. Talvez, desta vez...- alisou seu cabelo, sorrindo.
Danyelle mordeu o lábio, torcendo os olhos.
__ Se continuarmos assim, irresponsáveis, vamos ter um filho por ano.- riu, estava segura quanto ao futuro e uma gravidez não a assustava mais.
___ Então precisaremos além de conforto, uma casa grande.
Dany baixou a cabeça, fixando seus olhos nos dele.
___ Eu te amo sabia? - disse e procurou sua boca.
Quando seus lábios se desgrudaram, Vítor correu os olhos pela face de Dany. Estarem fazendo planos para o futuro o deixava mais feliz do que ela. O domínio que Danyelle exercia sobre ele queimava em seu coração.
___ Vamos ter que ir para casa. Se ficarmos aqui, temos a possibilidade real de darmos um irmãozinho a Alice e Enzo.- a apertou em seu abraço, para depois, bater de leve no seu traseiro, se mexendo para levantarem.
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Para Sempre No Meu Coração🔞‼️
Storie d'amoreA vida de Dany toma um rumo diferente depois que Vítor, filho de seu padrinho, volta de Londres. Ela que sempre teve uma paixão por ele, agora, com 21 anos e com uma aparência completamente diferente, se vê diante, da possibilidade, de conquistar...