Capítulo 26

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Ele subiu a mão por sua nuca, segurando seus cabelos pela raiz e puxou sua cabeça para trás. Ela suplicou:
__ Está me machucando, por favor...
__ Eu poderia te foder agora, aqui, sem pena nenhuma... - ele rosnou muito perto da sua boca.__Poderia te mostrar por A+B o quanto você é minha... Não importa quantos cruzem na sua cama, sempre vai amargar a diferença entre a nossa sintonia e uma foda qualquer, mas não vou fazer isso, porque não seria exatamente uma punição e isso você sabe tão bem quanto eu! Vai me pagar de um jeito que dói em você!
Dany cerrou os olhos, sentindo seus dedos segurarem ainda com mais firmeza em seu couro cabeludo. Ele desceu os lábios pela extensão de seu pescoço e mordendo seu ombro, se afastou alguns centímetros para afrontá-la.
___ Abra os olhos e olhe pra mim! - ela vibrou e obedeceu diante da ordem.__Está com medo, Danyelle? - seu olhar demorou-se no dela, que refletia todo o seu receio, e dispensava uma resposta afirmativa da parte dela.
A voz dele interrompeu o momento de silêncio, ainda com ele estudando suas reações.
__ Me disse que já tinha matado todos os seus monstros...Engano seu. Sinto dizer, mas estou vivo e não vou te perder pra aquele garoto propaganda, de marca de fralda descartável, nem para qualquer outro que cruze o seu caminho. - elevou a outra mão segurando em seu pescoço levemente.__Você não será de mais ninguém, até que eu decida se a quero ou não para ficar em minha vida! Estou sendo claro?
Danyelle fechou os olhos, o pavor tomando conta do seu corpo, sentindo seus dedos acariciando a sua garganta.
__ Por favor... me solta... - ela pediu baixinho entre lágrimas e elevou a mão com cuidado circulando seu pulso. Seus lábios tremiam acompanhando o corpo.
__Está doendo, Danyelle? - sorriu maldoso.__Que judiação! O que será que dói mais? Um coração partido como fiz com o seu, ao se deparar comigo dando atenção à Marcela, ou quebrar a cara do seu dançarino de Reggaeton?
Ela corajosamente o desafiou, embora se sentisse pequena e desprotegida diante do poder físico dele.
__Você não passa de um covarde! Foi no passado e continua sendo. Tem receio que Fabiano descubra quem eu sou realmente e me aceite sem preconceitos. Abra o jogo logo, você nunca vai me assumir, não é? Estou marcada pra sempre pra você e por isso prefere manter a Marcela como uma de suas opções.
Ela gemeu, quando Vítor puxou ainda mais forte sua cabeça para trás e segurou seu maxilar.
___ Talvez, tenha razão...Cada vez que olho essa pequena tatoo de borboleta, eu enxergo você naquele palco.
__ Pode puxar até quebrar meu pescoço, assim se livrará de uma vez de mim. Sou uma inconveniência que tem que aturar. Não foi isso que me disse, quando me achou? - com audácia, o encarou, mas a expressão de mágoa no olhar não pode ser encoberta.
Vítor se deu conta do que estava causando a ela e afrouxou o puxão, fazendo ela relaxar o pescoço. Resolveu mudar de tática. Castigá-la fisicamente, feria seus princípios. Nunca precisou usar de força para subjugar uma mulher.
Ele explodiu, sentindo raiva de si mesmo.
__ Tem noção do que me fez passar, porra?! - se afastou saltando para o chão.E parando no meio do quarto, a observou se deixar cair sobre as pernas dobradas, no colchão, abaixar a cabeça e seu corpo sacudir, soluçando.
Não era a dor e nem tanto o medo, o motivo do choro, e sim, o modo como Vítor a tinha ignorado todo o tempo do jantar, de saber que ele tinha sentido com a outra, o mesmo que com ela, na cena do banheiro e de como a estava tratando agora, achando que podia ser o dono do seu corpo, lhe tirando a autonomia da sua vida, algo que tinha lutado muito, no tempo que ficou longe dele, para conseguir.
Vítor caminhou nervoso de um lado para outro e depois voltou a lhe olhar, passando as mãos sobre o rosto e nos cabelos, respirando fundo, soltando o ar pela boca. O gesto era de quem tentava segurar uma fera dentro de si, em desespero.
Ela levantou a cabeça, recusando-se a perder terreno a essa altura, passando as costas das mãos pela face, limpando as lágrimas.
___ E você, tem noção do que vem me fazendo passar desde que voltou de Londres e desde o dia, em que me reencontrou? - ela fungou, para poder respirar.__Não sou propriedade sua! Não vou deixar que me trate desta forma nunca mais!
Não podia ceder ao medo. Vítor era um homem que estava tentando fazê-la pequena e desarvorada para dominá-la. Queria que sua força e a pouca independência, que tinha conseguido longe dele voassem pela janela.
Dany fez menção de sair para fora da cama para acabar com a discussão.
__ Acho melhor eu ir dormir no sofá. Abra a porta, por favor! - disse esforçando-se para parecer calma.
Ele rugiu, com o rosto fechado, fazendo com que se sentisse insignificante diante da ordem e vítima de sua força.
__ Não vai a lugar algum!Não deixo escapar das minhas mãos algo que me pertence... e você sabe o quanto me pertence!
__ Acha que vou aturar dois anos, você se esfregando com aquela cobra por aí, só para manter a sua imagem? - ela falou ríspida.__ Não sou sua! Eu vou repetir pra ver se entende de uma vez por todas! Eu pertenço a mim!Já fui sua...muito sua, não faz ideia do quanto... - as lágrimas voltaram aos olhos.__mas você escolheu me jogar fora, em troca de satisfazer os outros e a si mesmo!
Ele bufou e apontou o dedo indicador em acusação.
__ Você é tão complicada que não consegue enxergar além do que aconteceu no passado, por mais que eu explique, não faz nenhum esforço para entender!
Dany cerrou os dentes de raiva, como ele podia ser assim tão manipulador? Estava invertendo a história como se fosse ela a culpada da noite ter acabado daquele jeito, quando, ele e a amante, sua confidente, eram seus algozes!
Se arrastou sobre os lençóis, saindo pelos pés do leito. Se empertigou, arrumando os cabelos atrás da orelha.Havia uma mecha caída devido a violência de seus dedos.
__ A culpa de tudo, agora é minha, que não entendo o seu lado? - ela riu irônica.__ Se não pode ficar sem uma mulher por algumas horas, o problema é com você! Porque não acabou a madrugada com Marcela?! - ela esfregou, no shortinho de malha de algodão, que usava, suas mãos, que estavam úmidas de nervosismo e continuou:
__ Se viu entre a cruz e a espada, não foi? - ela torceu a boca num meio sorriso irônico. __De um lado, Marcela com Leandro, esfregando na sua cara, que ela pode dormir com quem quiser e de outro, a "Anjinha Bobinha", que te passou o "migué", arranjando quem desse atenção a ela. Está assim, porque acabou ficando sem ninguém! Por isso está aqui, furioso.
Seu coração batia convulsivamente e ela falou entre dentes, emitindo um olhar irado em cima dele.__ Eu quero sair daqui!
Tentou chegar até a porta, mas ele trancou o caminho e juntando seus braços atrás do corpo, lhe empurrou até a parede.
__ Eu lhe disse que não vai a lugar nenhum.
Dany concluiu com prazer que as palavras atingiram seu alvo e ela riu com escárnio, fixando seus olhos nos dele, percebendo que Vítor fazia um esforço enorme para manter a calma e aquilo a recompensou. Se era guerra que ele queria, teria uma!
__ Touché!! Feri seu ego de garanhão?!!- indagou debochada.
__Sugiro que pare de me provocar. Está brincando com fogo! - ele a esmagou ainda mais na parede com seu corpo suado.
Dany se retorcia, tentando se livrar do toque.
__ Odeio o seu cheiro! Está cheirando ao perfume daquela mulher insuportável!
__ Mentira, você se derrete quando chego perto. Tem medo de não resistir.- se esfregou sensualmente em seu corpo, mordendo sua orelha.__Posso ouvir seu coração acelerar e sua respiração ofegar só com a simples proximidade do meu pau roçando em você. Sabe que não consigo te imaginar sem ter um homem para trepar?- respirou forte em seu ouvido.__ Estou falando de homem de verdade, não daquele psicólogo, que não sabe te comer direito ou vai querer me convencer que ele te fode assim como eu faço? É notório, você só se sente realmente satisfeita do jeito que eu faço! Se fosse outro, não ficaria excitada desta forma. Modéstia a parte, mas admita pra si mesma, que meu pau te enlouquece, quando entra dentro de você!
__ Seu tarado, nojento, pervertido! - ela xingou baixo.__Só existe sexo para você, né? Nada além de corpos!
Ele riu sarcástico.
__ E pra você não?Quem é que me devora inteiro antes de montar em mim, hein?- torceu seus pulsos.__Quem é que grita, me pedindo para que te faça gozar, hein? Quem é que implora pra ser comida com ferocidade? - a cada indagação ele torcia mais seus pulsos.
A dor foi substituída pela surpresa das indagações cruas, embora verdadeiras, fazendo Danyelle se assustar com o impacto que elas causavam. A imagem dela por cima do corpo dele, o cavalgando com todo seu mastro dilacerando suas entranhas, molhou sua boceta, contrariando toda a sua razão, que dizia que não deveria deixá-lo pensar que estava a sua mercê.
Subitamente, ele soltou seus braços e recuou vários passos, lhe observando, parecendo enxergar o turbilhão de desejos que ele provocava no seu íntimo. Sorriu sem tirar os olhos dos dela enquanto desabotoava a camisa com um das mãos e com a outra afagava seu membro por cima da calça, provocando a sua libido. Dany passou a língua nos lábios ressecados, os umedecendo, vendo seu tórax definido aparecer e o tamanho da sua virilidade se definir querendo estourar o tecido preto.
Vítor jogou a camisa no chão e parou a mão no cós da calça. Danyelle virou o rosto à procura da fechadura da porta, na esperança de sair dali, mas a chave não estava lá. Se ficasse mais um minuto, seu desejo por ele a dominaria por completo.
Ele riu.
__Procura isso? - tirou a chave do bolso e os olhos dela não se fixaram no objeto de metal, mas pararam nas coxas musculosas, subindo e fixando-se na rigidez e no tamanho do seu pau. Fechou os olhos, tentando afastar da mente a visão dele se ajustando em sua boca, o gosto do seu pré gozo em sua língua, o prazer de senti-lo pulsando em suas mãos e o modo de Vítor segurar seus cabelos para enxergá-la o chupando, para depois permitir que ela o montasse, deixando que a levasse à insanidade.
__ Danyelle...- a voz grave soou baixa.__ pare de lutar contra o seu desejo. Ninguém faz isso com você. Nem em mil anos, o piralho vai te deixar com esse fogo que está te consumindo por dentro.
__ Cala a boca! - ela pediu, querendo inutilmente que sua intimidade parasse de latejar, ainda de olhos fechados.
Quando os abriu, Vítor estava de volta a sua frente. Ele a puxou com tanta força, que Dany achou que iria morrer sufocada. Seu coração pulou quando ele enfiou a mão pelo elástico do shortinho e da calcinha e seus dedos se enterraram com força dentro de sua buceta. Ele riu vitorioso quando Dany arfou .
__ É isso que quer Danyelle? Não precisa procurar noutro homem o que posso te dar. - mexeu dois dedos dentro dela, lambuzando seu ponto duro.
__ Afasta as pernas.
__ Não...não posso...
__ Afasta, eu mandei!
Diante de uma nova negativa, ele enfiou sua coxa entre as dela e forçou a abertura, deixando seus dedos trabalharem dentro de sua gruta que derretia feito lava quente, entrando, saindo e friccionando seu clitóris. Danyelle enlouqueceu e se agarrou em seus ombros com força para não fraquejar, sentindo o corpo e a mente mergulhados nas sensações de seus dedos a fodendo. Em meio a loucura, Danyelle abriu os olhos se deparando como o rosto de Vítor, poderoso e forte, observando suas reações de prazer ao penetrá-la daquela forma. Naquele momento, Dany percebeu que tinha ganhado a disputa e por mais que Vítor quisesse provar que ela era sua propriedade, seus olhos azuis diziam que ele era o perdedor. Vítor estava tão alucinado de desejo quanto ela.
Ela gemeu alto e procurou seus lábios com a ousadia que o amor que sentia por ele lhe permitia, buscando sua língua com avidez.
A combinação das línguas se entrelaçando e os movimentos ritmados em suas entranhas a fizeram tremer, fazendo com que Vítor a sustentasse pela cintura. Desnorteada, ela arfou, convulsionando e gemendo de prazer, enquanto ele falava com os lábios ainda sobre os seus.
___ Ah, Dany...gostosa do caralho, você tá fodendo com minha vida!
Ela segurou seu braço para que parasse os movimentos dentro dela, e ofegando, desgrudou sua boca da dele. As sensações não lhe impediram de ser ferina:
__ Pra quem disse que não iria me castigar desta forma, não está cumprindo a promessa! O que foi? Não resistiu? - aproveitou que ele tinha baixado a guarda, o empurrou e se afastou da parede, rindo.__ Acha que me tem, não é mesmo? Pois te digo que prefiro mil vezes, que me bata do que aturar você em cima de mim. - mentiu para machucá-lo.
__ Sua mentirosa! Não adianta negar! Eu te como a hora e do jeito que eu quiser!
Danyelle sentiu a raiva chegando misturada com uma amarga humilhação, ela sabia bem que o que suas palavras expressavam era a mais pura verdade. Seus olhos brilharam de fúria.
__ Não tenha tanta certeza, Vítor. - disse e saiu rápido para o banheiro, trancando a porta.
Ele, respirou fundo e riu por dentro, ironicamente admitindo, que a vida dá voltas e que Dany tinha aprendido com ele naquela noite, na sacada, a usar o sexo como vingança. Seu pau doía, implorando para entrar dentro dela, mas pelo jeito ela lhe negaria sexo.
Dentro do banheiro, o coração de Dany pulava. Porque ele sempre tinha que esfregar a verdade em sua cara e ser tão cruel? Porque não a deixava seguir sua vida em paz? Afinal das contas ele a queria apenas para satisfazer seu desejo egoísta.
Sentou no vaso, de olho na fechadura, esperando que ele, a qualquer momento, fosse forçá-la, mas nada disso aconteceu. O silêncio do outro lado denunciava que já não se encontrava no quarto. Esperou em agonia, mais um tempo. Não poderia ficar ali. Em algum momento, teria que sair e enfrentá-lo.
Rodou a chave com cuidado e em câmera lenta abriu a porta e espiou. Vítor não estava no quarto.
Ela respirou aliviada e seguiu rapidamente até a saída. Mexeu o metal dourado, que não abriu. A voz grave, vinda da sacada, que soou às suas costas, causou-lhe um choque tão grande que a imobilizou da cabeça aos pés. Sentindo seu coração pular no peito, ela virou e o viu vindo em direção ao meio do quarto, com uma boca zombeteira. Estremeceu, em se tratando de Vítor e do seu temperamento, tudo era possível.
___ Relaxa, Dany! Pode deitar e dormir. Não vou te estuprar. - dobrou a esquerda e entrou no banheiro.
Ela ouviu o barulho da água caindo.
Sem alternativa, ajeitou o lençol e e se enfiou embaixo, virando de costas para o lado do travesseiro vazio. "Com tudo o que me fez, ainda terei que dormir em sua cama o resto da madrugada." Esperou, nervosa sem saber o que pretendia ao fazer com que ficasse trancada com ele em seu quarto.
Apagou a luz e quando ouviu o chuveiro sendo desligado, fechou os olhos, fingindo dormir. Minutos depois, sentiu seu cheiro vindo em direção a cama e o colchão afundando ao seu lado. Retezou os músculos quando o braço dele pousou sobre sua cintura e seu rosto se enterrou em seus cabelos, aproximando o corpo para se encaixar na curva das suas nádegas.
Seu toque fez uma corrente de emoções percorrer o corpo de Dany e ela esperou o próximo passo, que não veio.
Dany mal respirava.
___ Eu sei que não está dormindo.
De repente, Vítor perdeu o controle de suas emoções e suspirou, a puxando para se virar e deitar em seu peito. Beijou sua cabeça.
Dany quis se esquivar, mas ele a segurou firme, dizendo:
___ Apesar de tudo, não quero dormir longe de você. Priscila e Celeste chegam na sexta-feira. - avisou.
Dany não respondeu e nem o abraçou. Depois de tudo, ainda teria que enfrentar aquelas duas de novo em sua vida.

Para Sempre No Meu Coração🔞‼️Onde histórias criam vida. Descubra agora