Quando ele terminou de falar, minha vista ficou brevemente embaçada enquanto eu tentava claramente me recompor. Pequenos fragmentos de memória que haviam se perdido em minha mente, começaram a aparecer como os flashbacks em filmes, revivi a dor em que sentia, senti as lágrimas salgadas escorrendo sob meu rosto novamente, minha perna tremia, as batidas do meu coração se aceleravam cada vez mais, dilacerando meu peito, enquanto eu revivia aquela experiência dolorosa em meus pensamentos.
Dei a volta no quarto, parando para observar Bryan regularmente, tentando ligar os pontos cada vez em que eu olhava para ele, porque que ele havia dito que o motivo de eu estar onde estou, é culpa dele? E porque seria dele, se ele não era o Lorenzo? Ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro, num passo ansioso, em seguida me sentei na poltrona e olhei para ele, que me retribuiu com um olhar fraternal, preocupado. Enquanto ainda nos encarávamos, ele abria e fechava a boca diversas vezes, como se tivesse algo a falar, mas estivesse esperando eu me pronunciar primeiro, ou dar a aprovação para ele falar. Que não seja por isso, antes que ele abrisse e fechasse a boca mais uma vez, eu disparei.
- Não tem porque você se sentir culpado, não foi você quem me bateu até chegarmos nesse ponto.
Ele me olhava como um cãozinho abandonado, eu via a culpa que ele sentia através daqueles olhos com enormes olheiras. Com a voz meio rouca, talvez devido ao stress e a exaustão que mesmo sem ele falar, eu sabia que ele sentia ele finalmente resolveu falar o que queria ter falado há um tempo já.
- Tem sim, eu fiz com que ele partisse para violência, e eu que te empurrei fazendo com que você caísse e desmaiasse, resultando com você na emergência do hospital.
- Ele me bateu, você salvou minha vida, você fez o que os outros não tiveram coragem de fazer, o fato de eu ter desmaiado, foi só um imprevisto não se culpe por isso, se vanglorie, você salvou a minha vida. – Eu levantei da poltrona, caminhei até ele, coloquei as minhas mãos em seu rosto quente e completei – a última coisa em que eu pensei antes de desmaiar, era agradecer a quem me empurrou, então obrigada.
Com meu toque em seu rosto ele começou a esquentar mais e ele começou a ruborescer, deixando-o mais tímido, mas nem por um segundo ele ousou desviar os olhos do meu, o olhar dele era de derreter qualquer uma, era quente, eu sentia pequenas faíscas, como se fossem choques em minha pele ao me aproximar dele, ele envolveu uma mecha do meu cabelo em seus dedos, e colocou atrás da minha orelha, então deslizando uma de suas mãos, Bryan a pousou em minha cintura. O calor nos envolveu e parecia que existia somente nós neste universo.
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Única Estrela no Céu
Romance🏆 Vencedor do Primeiro Lugar na Categoria Melhor Casal do Concurso Dead Books - 1° Edição Megan Loren Scott, é apenas uma moça de 20 anos, sua vida era simples mesmo com suas duas melhores amigas sendo o oposto dela. Se envolvendo em um suposto aci...