capítulo 2.6

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- Eai menina do hospital? Como você está?
- Ah, eu estou bem, acho que melhor do que nunca.
- Já comeu alguma coisa? Tomou um banho relaxante? Algum remédio para dor? Está indo dormir?
- Já sim, estava me preparando para ir dormir, e você? Está cobrando de mim mas garanto que não fez nem metade disso.
- KKK Tchau menina do Hospital.
- Ridículo essa ceninha, tchau menino misterioso.
Eu subi as escadas, entrei em meu quarto e deitada na minha cama percebi que meus pensamentos giravam em torno daqueles olhos cor de âmbar, e havia um sorriso escancarado em meu rosto.
Como isso seria possível? Não pode ser que eu esteja me apaixonando por esse cara que eu nem conheço direito. Mas o jeito que meu estomago embrulhava cheio de borboletas, quando eu estava com ele, o jeito que eu sorri quando peguei meu celular e vi a mensagem dele, o jeito que eu penso nele antes de estar indo dormir, provam totalmente o contrário. Eu estava me apaixonando, não somente pelos olhos incríveis, mas sim, pelo dono dele.
Acordei cedo no outro dia, meio atordoada, com a intenção de encontrar minha mãe correndo pela casa atrasada. E graças a Deus essa missão não foi totalmente fracassada, até porque se tivesse sido fracassada, eu estaria muito brava por ter acordado às 5:30 da manhã, e ela não estar em casa.
- Bom dia filha, tem café da manhã na mesa, quando terminar recolha tudo e deixe na pia, mais tarde Margareth virá limpar a casa.
Margareth era uma senhora, ela fora contratada quando perdeu seu emprego no hospital como faxineira, eu estava vindo para Waterfield, quando mamãe a contratou, ou seja, faz uns cinco anos que a Margareth, trabalha para nós.
- Porque eu não posso simplesmente limpar? A casa já é grande demais para a Marga limpar tudo sozinha, aí ela vai ter que lavar nossa louça também? Não custa nada, não vai cair minhas mãos.
- Megan, você não irá limpar nada, pois não é sua função, Margareth está sendo paga para fazer o serviço dela, e muito bem paga por sinal.
Falando isso mamãe saiu, da cozinha e se voltou para mim uma última vez.
- Não se preocupe com nada disso, só aproveite a sua vida. Eu estou indo, se acontecer algo que seja urgente, você sabe onde me procurar.
Escutei a porta da frente sendo fechada, e por vários meses eu escuto esse mesmo barulho, todo dia de manhã, e algumas vezes a noite, mas eu me perguntava quando que entre o fechar e o abrir dessas portas, eu iria escutar um "Tchau filha, Te amo".

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