Capítulo 3.3

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       Eu acordo com um zumbido as 5:00 da manhã, demoro um pouquinho para perceber que era meu despertador, então levanto num pulo, pois lembro que acabou a moleza e que minhas aulas começaram. Jogo uma agua fria no corpo, na intenção de afastar a ansiedade e os pensamentos negativos, vou até meu guarda-roupa e escolho uma calça jeans preta, uma regata mais larga cinza e minha jaqueta de couro, quando chego na parte dos sapatos fico indecisa, entre meus tradicionais all-star preto de cano alto desgastado ou um coturno preto, escolho o coturno.
       Seco rapidamente meu cabelo, passo um pouco de rímel para espantar essa cara de quem acabou de acordar e jogo minha bolsa sobre os ombros. Desço as escadas pulando de dois em dois degraus, quando percebo que mamãe ainda está em casa.
       - Bom dia mãe.
       - Bom dia minha filha, ansiosa para o dia de hoje?
       - Ansiosa chega a ser pouco.                Tenho que sair daqui cinco minutos para pegar o ônibus ou vou chegar atrasada.
       Enfio o celular no bolso da minha jaqueta e pego uma maçã para ir comendo no caminho. Quando estou prestes a sair ouço minha mãe falando algo.
       - E tchau para sua mãe, você não dá?
       Volto correndo e a abraço antes mesmo de perceber que ela se contrai um pouco, então eu afasto meus braços rapidamente e falo – Tchau Mãe – e vou em direção a porta.
        - AI MEU DEUS!!!!! – Exclamei aos berros.
       Olho para trás e vejo minha mãe vindo em direção a porta com um sorriso no rosto e com uma xícara de café entre as mãos.
       Do lado de fora, estacionado a minha frente estava um Audi TT conversível com um laço vermelho gigante sobre ele. O carro era num tom azul cobalto, e por dentro era inteirinho preto, cada detalhe, ele era espetacular.
       - VOCÊ ESTÁ BRINCANDO COMIGO, NÃO É??? ESSE CARRO NÃO É PARA MIM, NÉ MÃE???
        - Neste exato momento eu estou indo até você, para lhe entregar a chave e ele não é seu, é só um dos seus modelos de carros preferidos, que estarei te emprestando por tempo indefinido.
       Eu olhei para ela pasma, enquanto ela balançava a chave bem na minha frente.
         - EU ESTOU BRINCANDO MEGAN, ESSE CARRO É SEU MEU AMOR.
       - EU NÃO ACREDITO NISSO MÃE, AI MEU DEUS, EU VOU PARA A FACULDADE NUM AUDI CONVERSIVEL TT, MEU DEUS, MEU DEUS, MEU DEUS.
Eu saltei em cima dela e a abracei fortemente, de um jeito que nunca tínhamos nos abraçado antes.
       - Muito obrigada mãe, eu te amo.
       Minha mãe sorriu em meio a lágrimas de emoção, e pela primeira vez depois de muito tempo, ela me puxou para um abraço apertado e sussurrou em meu ouvido – Eu também te amo filha – E eu a apertei mais forte.

Única Estrela no CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora