O despertador já havia tocado há uns bons minutos. Não importava o quanto eu gostasse de trabalhar no FBI, nem isso me motivava. Eu sempre tive problemas em levantar cedo. Minha mãe tinha de invadir meu quarto gritando "Maggie LaMontagne, pule já desta cama se não vai perder a aula!". Fazia bons anos que não morávamos mais juntas, mas eu ainda sentia falta da minha mãe-despertador, da minha mãe-multifunções. Levantei, me vesti com a falta de empolgação de sempre, preparei um café com cafeína extra e fui encarar o dia.
Era uma linda manhã de sol e a temperatura estava amena. Mais um dia normal de trabalho. Na verdade, meu trabalho nunca era normal. Trabalhava em uma repartição do FBI - Quântico, Virgínia - de Medicina Legal responsável pela análise de cadáveres para as demais divisões. Exatamente, cadáveres! Um trabalho que para muitos era uma paixão - por mais estranho que possa parecer - e para outros era um sacrifício, para mim não passava de um emprego bacana com um salário mais bacana ainda.
Normalmente tínhamos de fazer identificações básicas, retirar fragmentos de projéteis, conferir se um ferimento era "post mortem", entre mais algumas tarefas.
Apesar de trabalhar como legista, minha grande paixão na medicina era a psiquiatria. Ah, o estudo do comportamento humano! Uma área fascinante, cheia de mistérios a serem resolvidos e teorias a serem desenvolvidas. Eu estudava psiquiatria sempre que podia, quase todas as noites, pois ainda tinha esperança de trabalhar na área.Era por essa paixão que meus cadáveres "favoritos" eram os que vinham da Behavioral Analysis Unit (BAU), repartição que, por uma grande coincidência, trabalha minha cunhada Jennifer Jareau - a qual todos chamam JJ.
JJ - uma mulher pequena e loira com marcantes olhos azuis e no auge de seus 35 anos - é casada com meu irmão mais velho, William, e com ele tem um lindo menino de 3 anos, Henry.
Will, agora com 37 anos, trabalha na polícia local. Tem cabelo castanho-claro e sempre usa barba mal-feita. Por causa de nossa grande diferença de idade, quase 13 anos, desde a infância ele é meu protetor. Sempre foi muito doce e paciente comigo quando criança e agora passa todo esse carinho para o pequeno Henry.
Henry é a luz de nossas vidas. Nada me dá mais alegria do que poder abraçar seu corpinho pequeno e magricelo enquanto cheiro seus cabelinhos loiros, lisos e compridos. Apesar de seus poucos anos, consegue ser meigo e nos impressionar a cada atitude que toma. Ele, com toda certeza, é uma criança muito especial.
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Um amor inesperado (Criminal Minds)
FanfictionMaggie tem uma vida boa. É jovem, formada em medicina e possui um cobiçado emprego no Federal Bureau of Investigation (FBI), onde atua como legista. Seu sonho é trabalhar com a Behavioral Analysis Unit (BAU) e ajudar o time a traçar perfis de serial...