𝐍𝐨𝐢𝐯𝐚 𝐈𝐧𝐨𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 | 𝙈𝙞𝙣 𝙔𝙤𝙤𝙣𝙜𝙞

Separação Dolorosa

Min S/N

EUA - Dream Island

Eu tive vontade de correr atrás dele e implorar para que ele me ouvisse, mas isso seria em vão. Ele não só me odiava, estava com ódio da minha cara! E eu estava tão destruída, que não conseguiria ir para a casa hoje. Fiz as malas ainda com as mãos trêmulas e completamente desolada. Me dirigi até a recepção, a onde a recepcionista me encarou horrorizada.

- Senhora, o que aconteceu? Em que posso ajudá-la? - Ela me fez inúmeras perguntas, e até pediu um copo d'água para mim. - Você está bem?

- Eu vou ficar bem, obrigada. - Tentei dizer em meio aos soluços. - Você pooderia me dar a chave de algum outro quarto?

A curiosidade estava estampada no seu rosto. Ela queria perguntar o que houvera com o meu marido, mas não disse nada e apenas me entregou a chave.

- Quarto 43. Deseja mais alguma coisa, Sra. Min?

Sra. Min...

Mas que droga!

Agora eu estava chorando ainda mais!

- Há algum médico por aqui?

- Temos sim, mas o Doutor Clark teve que ir ao continente ontem, para comparecer a um casamento. A senhora está doente? Há algo que eu possa ajudá-la?

- Não, eu não estou doente. Isso pode esperar, obrigada.

O farmacêutico me informou que eu deveria tomar a pílula até 72 horas depois de ter tido relações sexuais, mas que seria melhor eu me consultar com um médico. Pois em algumas mulheres, a pílula era inútil. E isso estava me deixando completamente em pânico! Eu estava tão concentrada em tentar ser feliz com o meu marido, que sequer havia dado assim tanta importância para isso.

- Não há de que. - Me olhou séria. - Deseja mais alguma?

- Um conhaque seria ótimo nessa situação.

- Se você quiser eu posso mandar isso para o seu quarto. Tem certeza que a senhorita está bem?

- Tenho. - Enxuguei minhas lágrimas com a manga da blusa. - Mas eu sou uma idiota!

- Brigou com o seu marido?

- Muito pior do que isso!

- Casamentos são mesmo um pé no saco! - Bufou ela. - Por isso eu prefiro ficar sozinha.

- E isso é a melhor coisa que você poderia fazer.

- É... - Ela estava com pena de mim. - Você quer desabafar um pouco? Talvez isso te ajude.

- Não, eu só quero uma bebida mesmo.

- Ok, mandarei para o seu quarto agora mesmo.

- Obrigada...

Subi para o meu quarto, cuja decoração eu sequer registrei e me joguei sobre a cama. Cinco minutos depois, eu estava com o meu conhaque, bebendo descontroladamente. Eu estava desesperada pensando no cretino do meu marido! O que eu esperava? Que talvez ele sentisse algo por mim, como sou tola! Só consegui adormecer horas depois, mas eu acordava toda a hora durante a madrugada. Desisti de dormir assim que o sol nasceu. Um copo de leite foi tudo o que conseguiu descer no meu estômago. Eu não tinha forças para nada. E as coisas só pioram quando eu deixei o hotel, que estava lotado pela a imprensa. As perguntas eram muito repetitivas:

- Aonde está o seu marido?

- Vocês se separaram?

- Por que ele não está com você?