Capítulo 18

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Dulce e Anahí estava no quarto conversando. Any não sabia bem o que dizer, aquilo tudo a deixava sem palavras.

- E foi isso que aconteceu!
- Eu queria te dar uns tapas, Dulce! Por que disse essas merdas?!
- Ah. Tenho medo de contar a verdade.
- Por um momento esqueça essa palavra, "medo ", pare com isso.

  Dulce suspirou e deu de ombros. Claro que estava chateada mas não queria demostrar. Ela iria se virar com sua dor. 

- Eu vou ir conversar com Christopher! Ele foi um idiota por ter te tratado assim.
- Melhor não.
- Af! Eu não compreendo vocês! Se amam e ficam agindo assim.
- Foi minha culpa. Eu menti e ele acreditou.
- Não, Dulce. Mesmo ele acreditando ou não, ele deveria ter te escutado, não ter te expulsado.

    Certamente ela foi ingênua demais por pensar que ele a amaria igual, com a mesma força. Pois se ele tivesse tanto medo de perde-la não faria isso, tentaria entender o motivo de tudo. Ela sempre o quis mais que tudo, só que isso não bastou.

Mil vezes drogas! O que tinha na cabeça desse homem? Aliás, o que tem na cabeça de ambos. Ela por ser uma burra já que continua querendo ele apesar de tudo, e Christopher por agir como um idiota.

           O amor não poderia ser tão cego assim, ou poderia?
 

    Por que Christopher não admitia verdadeiramente que queria Dulce?  Ele não estava pronto para isso?  Ele não a ama o suficiente para não se importar com outras coisas? 

- Eu vou na casa dele agora mesmo.  —Any se levantou.
-  Ele vai se irritar se você ir lá e me defender.
- Não vou te defender, apenas vou arrumar isso tudo.
- Acha isso possível? Arrumar tudo sem falar a verdade pra ele?
- Nada é impossível para Anahí Portilla, e a verdade será você que irá contar.

    Fazia apenas cinco minutos  que Anahí tinha ido embora quando Dulce escutou  batidas na porta e foi atender. A mesma encarou o seu vizinho.

- Olá. Eu sou o Pablo Lyle.
- Oi. —Dul diz sem ânimo.— Sou a Dulce.
- Faz um tempinho que queira vim aqui. É impossível não te admirar.
- Oh! Nossa.
- Pensei até em fingir pedir uma xícara de açúcar só para falar contigo. —O mesmo disse  sorrindo.

     Dulce deu uma pequena risada e saiu de sua casa.

- Que bom que tomou atitude e veio aqui, e não precisou fingir pedir uma xícara de açúcar.

    Foi a vez dele de dar uma curta risada. Dulce ficou conversando com ele por mais alguns minutos e logo se despediram. Ela queria ficar sozinha com sua filha e se sentir em paz mesmo que seu pensamento tivesse distante.

Corazón En Pausa [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora