Capítulo 28

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Bradley voltou para junto de nós depois de todos os exames, muito mais tarde do que era planeado... Para dizer a verdade, éramos para ter saído pouco depois da hora do almoço, mas saímos já depois do jantar.

Olhou para Luke mas também não disse nada, sorrindo-me.

- Já podes vir embora primo? - sorri e olhei para ele.

- Já posso sim senhora, vamos? - sorriu-nos e fomos directos ao carro.

- Ahm... Eu e o Luke vamos de táxi que não cabemos todos no carro meninos. Vão diretos para casa sim?

- Sim chefe, não se preocupe. - Connor fez-nos rir e foram todos para o carro de enquanto eu e Luke apanhávamos o táxi.

Decidimos ir direitos para casa e eu fui ter com Bradley, que estava deitado na sua cama a mando dos rapazes.

- Olha-me para estes gays, foram fazer um bolo para mim! - Brad riu-se.

- São é grandes amigos primo! Todos precisamos deles na nossa vida. - sorri e sentei-me à beira da cama.

- Sabes da minha mãe? - olhei para ele e percebi que a pergunta já estava enrolada na sua garganta provavelmente desde o momento em que todos estávamos no hospital menos ela.

- Ela ahm... Foi às compras. Mas deve estar a chegar.

- Típico. - revirou os olhos.

- Desculpa Brad. - dei-lhe a mão.

- Não tens de pedir desculpa prima, a culpa não é tua. - sorriu-me e nesse momento a minha tia entrou a fazer um escândalo como se ele tivesse entrado em coma. Saí logo do quarto e deixei-os a conversar, indo para o meu, onde já estava Luke deitado na cama... Com os boxers no chão. Cruzei os braços.

- Olha se fosse o meu pai a chegar aqui? Iria ser bonito!

- Para isso inventaria uma desculpa. E eu sabia que ias chegar mais depressa que o teu pai. - piscou-me o olho e puxou-me para cima dele, com o cobertor no meio de nós.

- És é um depravado de todo o tamanho, seu louco. - ri-me e dei-lhe um beijo na testa.

- Cala-te e vem cá para dentro comigooooooo. - puxou-me para debaixo dos cobertores, pondo a minha mão acidentalmente nas suas partes baixas.

- Olha o que é que estás a fazer! - ri-me e tirei logo a mão, mas Luke deu-me a dele e voltou a pôr a minha lá.

- Eu gosto amor, sabes que gosto do teu toque. - sussurrou-me ao ouvido e deu-me beijos atrás da orelha, arrepiando-me.

Ele rebolou para cima de mim, invertendo-nos de posições.

- Tens tomado a pílula amor? - perguntou enquanto me despia devagar.

- Sim... Porquê? - perguntei a medo, tapando-nos.

- Porque eu gostava de experimentar pela primeira vez sem...

Dia seguinte

Viemos buscar a minha mãe ao hospital: eu, Luke e o meu pai. Como uma família. Fazia-me feliz ver que estavam todos a fazer um esforço para se darem bem e me fazerem feliz. É horrível pensar que isto só aconteceu por terem acontecido dois acidentes, mas a verdade é que os azares ajudam a unir as pessoas.

A minha mãe veio até nós a andar devagar, com ajuda de um médico.

- Olá meninos. - ela sorriu e o meu pai foi logo ajudá-la.

- Mamã, que bom que já te temos em casa! - fui abraçá-la com cuidado para não a aleijar, e Luke aproximou-se.

- Fico feliz por finalmente ir para casa dona Sílvia.

Amnesia {portuguese}Onde histórias criam vida. Descubra agora