Amnesia {portuguese}

Capítulo 27

Fui com o Bradley na ambulância, com James a seguir-nos de carro. Fui obrigada a ficar a um canto para deixar os médicos trabalharem e verem o que se passava com Brad, que não me dirigiu a palavra no caminho todo. 

Chegámos ao hospital e encaminharam Brad para os cuidados intensivos, dizendo que tinham de lhe fazer alguns exames para ver se tinha alguma lesão interna. Fiquei de pé na sala de espera à beira de colapsar quando James apareceu e, percebendo na minha cara que eu não estava lá muito bem, abraçou-me.

- Então? Já sabes de alguma coisa?

- Não James... O Bradley não quis falar comigo o caminho todo e os médicos levaram-no para fazer alguns exames para ver se ele não tem nenhum problema mais grave... Ele não me disse nada do que se passou apesar das minhas investidas.

- Bolas... O Con e o Tris estão a caminho, pode ser que a nós ele diga alguma coisa.

- Sim, mas eu quero ser a primeira a vê-lo, por favor. - olhei para ele.

- Tudo bem pequena, mas não sejas dura com ele...

- Eu? Eu estou numa pilha de nervos. Em tão pouco tempo já estive no hospital três vezes e nenhuma foi por razões agradáveis. Mas é só por isso que estou nervosa, eu não irei descarregar no Brad.

- Está bem, eu acredito em ti. Mas fica descansada, por que é que não vais visitar a tua mãe?

- Tens razão, é isso mesmo que vou fazer. Mas avisa-me assim que houver novidades, quero mesmo ser a primeira a entrar no quarto dele.

- Sim, não te preocupes. Irei logo ligar-te assim que o pudermos ver.

- Obrigada James! - dei-lhe um beijo na bochecha e fui até ao quarto da minha mãe, que não ficava muito longe dali.

Assim que me viu pelo vidro sorriu-me e acenou-me, convidando-me a entrar. Sorri e abri a porta, olhando para ela.

- Posso mãe?

- Claro minha querida, entra! - sorriu-me e sentou-se na maca, parecendo melhor que da última vez que lá tinha estado.

- Estás com tão bom aspecto, deves estar quase a sair daqui! - abracei-a feliz.

- É o que dizem! Nem acreditaram na minha melhora repentina, mas dizem que muito do que nos acontece é psicológico.

- Provavelmente! Ficaste assim desde a conversa com o Luke não foi?

Ela suspirou, descontente por ter de admitir.

- É verdade, tenho que o dizer. Acho que tirei um peso de cima... Finalmente sei e percebo que a minha menina está bem, e isso tira-me logo esta angústia, se bem que iria sempre preferir ter-te comigo aqui.

- Sim mãe, não comeces já com o discurso que me irá dar vontade de chorar. - ri-me - Eu sei que vocês gostavam muito que eu ficasse aqui convosco e eu também iria gostar de vos ter por perto mas a verdade é que eu preciso de lá ficar, é lá que sou feliz.

- Eu sei minha querida, e não vou fazer mais nada contra isso. Vou é começar a lá ir mais vezes!

- E serás muito bem recebida.

- Acredito que sim linda. Onde está o Luke?

- Ficou em casa mãe... Eu era para ter vindo só à tarde para te vir ver e ele vinha comigo mas eu não vim cá só para te ver. O Bradley também está cá nos cuidados intensivos.

- Então, o que lhe aconteceu?

- Armou-se em esperto ontem, foi o que foi. Quis ir namoriscar uma rapariga e provavelmente apanhou porrada à pala dela. Nós avisámos para ele não ser burro, ele não quis saber então olha...