Capítulo trinta e quatro

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- Hayes, Grace.

- Tá. Ok, recapitulando, você disse pra ele esquecer o que aconteceu ontem e hoje segurou a mão dele na mesa? - Aubrey diz tentando entender a minha lógica. Arrastei ela pro banheiro do bar ferrado porque minha cabeça estava mais ferrada ainda. Passei a noite anterior ao lado de Ava pensando no quanto Ethan mexe comigo, como se toda essa influência que ele tem sobre mim não tivesse mudado nem uma vírgula em um ano e meio.
-Eu simplesmente não sei mais o que estou fazendo, tá legal? Eu simplesmente não consigo deixar de sentir até agora sob a minha pele a mesma sensação de ontem à noite e quando ele esbarrou a mão na minha... sei que é meio idiota, mas não quis me mover dali. - Só queria que ele ficasse me tocando até quando não tivesse mais jeito.
- Gray, você precisa deixar isso acontecer, tá legal? Você já se puniu demais por um erro do passado. Eu até entendi na época mas... já é o suficiente.
- Não é só pelo que nós dois fizemos Auby. Nós dois amávamos Evan e nunca tivemos a chance de contar o que fizemos.
- Porque vocês não controlam a vida, e ele morreu antes que vocês tivessem a chance de fazer isso. Vocês dois não são pessoas más e eu duvido que o deixariam como idiota nessa história. Pelo que conheço de você, você tentaria resolver isso no dia seguinte.
- Eu sei. É exatamente o que eu faria, mas agora.. não tem jeito.
- E nunca terá. Você precisa aceitar que isso já passou e que você precisa seguir em frente. Evan é uma parte linda da sua história, mas ela já passou, Grace. Ele sempre será um grande amor da sua vida, mas a sua história não precisa morrer com ele. Vire a página Gray, vire a página e se permita ser feliz.
- É tão difícil entender isso. - suspiro.
- Eu sei. Mas tem um cara que é doido por você lá fora e também têm o direito de ser feliz. Vocês dois têm. - ela ergue meu rosto, fazendo total contato visual com o seu - Vocês  dois estão solteiros agora, e as coisas podem finalmente começar do jeito certo.

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- Vou  pegar alguma bebida, o que vocês querem? Ofereço para as  meninas assim que encontramos uma mesa vaga no bar. Não vi Ethan desde a hora em que sai do banheiro e estive pensando nos últimos vinte minutos desde que sai de lá, no que Aubrey me disse. Talvez, só talvez, ela tivesse razão sobre tudo que disse.
- Algo forte pra me fazer esquecer.- Eva diz.
- Esquecer?
- Que dei pro Harvey anteontem.- eu e Aubrey olhamos boquiabertas pra ruiva decepcionadíssima à nossa frente.
- Não! - Aubrey começa a rir.
- Não é fácil negar um pênis quando você passa suas noites vendo filmes infantis e programas de censura livre para todos os públicos, tá legal?
- Ok. Algo bem forte pra senhorita e... água com gás pra mamãe amamentando, certo?
- Infelizmente,sim. Vou me embriagar de água com gás, podem acreditar.
Dou a volta na mesa e ando em direção ao bar. Pelo menos três motoqueiros esquisitos e provavelmente fãs de Metallica mexem comigo enquanto passo por eles. Pergunto em que fase da minha vida passei a tomar decisões tão ruins como vir em um bar dessa estirpe.
- Quero duas doses de tequila por favor e uma água com gás.- digo ao barman baixinho.
- Três doses de tequila, por favor.- Miles ressurge das cinzas atrás de mim.
- Ah. Você.
- Sim, eu. É agora que eu me apresento formalmente e você percebe que eu sou tudo o que você sempre pediu nos seus sonhos? - ele sorri, fazendo uma covinha  brotar na sua bochecha. Miles era moreno e alto, com o corpo definido e os dentes mais brancos que já vi.
- Tenho certeza que nas minhas preces citei " que ele não seja convencido, amém" - ele ri ainda mais.
- Malvada e bem humorada? Você certamente estava nas minhas preces também, Grace.
- Com esse tipo de cantada você consegue convencer alguém ainda, Miles? - Ethan aparece e eu faço uma prece agradecendo por ser livrada desse momento constrangedor. Queria me livrar dele logo, mas não sabia como.
- Geralmente, sim. Ao menos não fico esperando sentado alguma mulher vir até mim. - ele pisca pra Ethan.
- Talvez seja porque não estou procurando ninguém. - Ethan afirma.
- Três doses e uma água com gás! - o baixinho grita e eu me viro para pegar minhas bebidas.
- Vou levar até as meninas, depois a gente se fala.
- Urgh. - Miles segura dramaticamente o peito, como se sentisse dor.- depois a gente se fala? doeria menos se você dissesse que não está interessada. - eu pisco pra ele.
- Não sou tão má assim quanto você pensa. - dou de costas e caminho até a mesa das garotas. Exceto pelo fato de que não há garotas. Eva e Aubrey não estão aqui, resta apenas uma mesa vazia. Procuro por elas e as localizo com os meninos na sinuca. Me locomovo até lá e assim que entrego a bebida às duas pego um taco.
- Não quero me gabar, Harvey, mas na faculdade eu praticamente fiz TCC sobre sinuca.
- Acho que você não vai querer jogar, boneca. - um amigo de Harvey cujo o qual não sei o nome diz estalando os beiços. Boneca? Até docinho teria sido  menos doído de se ouvir.
- Ah, não?
- Eles estão jogando de outro jeito, por isso estou aqui sentadinha, senão chutava a bunda deles também. Sou imbatível na sinuca. - Eva declara da banqueta em está sentada.
- Que jeito? - digo passando o giz na ponta da vara.
- Você tem três chances de acertar o buraco, se fizer todas as vezes e acertar, ótimo, passa pro próximo, mas cada vez que você erra, responde à uma pergunta de qualquer um que está jogando com a gente.
- O quê? Verdade ou consequência seria mais maduro da parte de vocês.
- É pegar ou largar.
- Ok, vamos supor que eu erre. O que não vai acontecer, mas supondo... quem faz as perguntas?
- Você escolhe.
- Não conheço nenhum dos seus amigos além do Miles.- Miles também está posicionado à frente de dois caras.
- Esse é Tom, esse é Jeff, esse é Liam, e esse é o Miles, que você já conhece. Vai entrar?
- Já estou dentro. - Ethan se senta perto de Eva e Aubrey enquanto algumas pessoas do bar se espalham atrás de nós, bebendo e conversando.
- Vamos lá princesa. - Jeff declara e eu percebo que ele adora por apelidos ridículos em mulheres que ele mal conhece. Acerto a primeira bola.
- Pra você é Grace, docinho.- dou uma piscadela e acerto a segunda. Depois a terceira.Harvey acerta apenas duas e erra a última.
- Ok. Escolho a Grace, me faça alguma pergunta.
- Tenho a impressão de que você acha que me escolhendo, irá aliviar sua barra. Pobre, Harvey.
- Manda a ver, já ouvi todo tipo de pergunta que você possa imaginar nesse jogo. - me apoio no taco e dou um sorrisinho sínico pra ele.
- Pra quem foi a última pessoa que você disse " eu te amo" Harvey?
- Ah! É essa pergunta idiota? - Jeff declara esperando Harvey responder à pergunta que segundo ele é tão simples. Harvey está em silêncio.
- Vamos, Harvey, já ouviu perguntas bem mais intensas que essa.- Miles incentiva enquanto o amigo está sem graça. Isso é novo, Harvey sem graça.
- A menos que ele nunca tenha dito. Próximo! - Jeff grita- Vamos Liam.
- Duvido. - asseguro.- quero minha resposta.- nunca vi Harvey tão desconsertado.
- É pra hoje ainda, Harvey? - Aubrey grita.
- Fala logo! Pra quem? É uma pergunta simples.
- Eva. Foi para a Eva alguns anos atrás. - ele se ajeita e passa o taco para Liam- vamos, sua vez. - o silêncio enche o lugar. Eva está virando um martine seco como se fosse água e Liam não sabe se pega o taco ou não.
- Você é má. - Liam balbucia olhando pra mim. Ele acerta as três. Miles acerta a primeira e erra a segunda.
- Jeff? Pode ser você.
- Última garota que você trepou.
- Fácil, Hannah, minha vizinha.
- Você ainda tá com ela?- Harvey anuncia.- pensei que ela fosse casada.
- E daí?
- Ok. Próximo. - Jeff acerta todas, Tom acerta todas e é minha vez novamente. Acerto a primeira, a segunda e na terceira, a bola cruza o buraco e passa direto.
- Que pena, Grace! - Harvey diz debochando.- quer escolher alguém para fazer a pergunta logo?
- Certamente não será você.- olho entre as minhas possibilidades qual seria a menos pior- Miles, não pegue pesado comigo. - Ethan grunhe atrás de mim.
- Já entendi que você não está interessada em mim, mas gostaria de saber, de todos nós aqui, reunidos nessa graciosa comemoração - ele caçoa -quem  seria uma opção pra você?
- Opção pra mim? Opção de quê?- banco a ingênua.
- Você não nasceu ontem, Grace Hayes.- Eva incentiva.
- Com quem aqui você daria uns bons amassos?- Miles continua.
- Amassos? Você têm quantos anos, sessenta? - Harvey caçoa.- com quem aqui você treparia, Grace?-  Não me intimido com o linguajar dele, e sim com a pergunta. Nada que eu dissesse aliviaria pra mim.
- Ninguém. Próximo.
- Não, nada disso. Você nunca jogou caso, mato ou transo? É uma situação hipotética, Grace, têm que responder pra valer. Você não é do tipo que amarela não é? - Harvey me instiga.
- Bem na jugular dela! Parabéns Miles. - Aubrey diz,!rindo até.
- Bom. Numa situação hipotética... não conheço seus amigos, então...
- Não me venha com esse papo de amenizar por seu lado Grace, a pergunta é simples, com quem você iria?
- Ethan. - respondo, e ele, atrás de mim, quase engasga com a própria saliva. Eva dá gritinhos de felicidade e Harvey arregala os olhos bem mais que o necessário.
- Não precisam se empolgar, só estou sendo racional, entre os caras estranhos do bar e seus amigos que ainda não conheço direito, Ethan é meu amigo há mais tempo então seria a melhor opção.
- Se você mesma acredita nisso que você diz, tudo bem. - Harvey diz sarcástico.
Terminamos o jogo meia hora depois com as revelações mais estranhas possíveis, Jeff tem fetiche por pés, Harvey já transou dentro de um hospital, Miles já beijou Liam numa aposta e contei a todos sobre como eu perdi a virgindade com um cara que era casado e eu não sabia. Mas nenhuma das perguntas feitas após a de Miles, foram tensas como a tal. Nos sentamos na mesa e Eva foi com Aubrey cantar no caraoquê fuleiro do bar. Os amigos de Harvey estavam bebendo e contando histórias da época da faculdade, até que sinto a mão de Ethan virar minha palma da mão debaixo da mesa e escrever num traço imaginário usando o dedo indicador " você falou sério?" Demorei a entender o que ele tinha escrito, e quando ele fez de novo, captei o recado. Não sabia o que dizer, honestamente não sabia o que eu queria dizer. Era óbvio que meu corpo reagia à ele, e sem dúvidas, eu não teria nada que me impedisse de ir pra cama com ele se não tivéssemos toda a complicação do nosso passado. Ele estava sério desde a hora em que saímos da sinuca, tão sério que parecia nem notar as duas mulheres que já passaram comendo ele com os olhos pela nossa mesa.
-  Ele deve estar fazendo curso pra entrar num mosteiro - caçoa Jeff após Ethan recusar dançar com uma morena, muito bonita por sinal que veio até ele minutos atrás.
- Só não estou afim. - eu não respondi sua pergunta mas pra minha sorte, Jeff voltou no assunto da morena rejeitada bem na hora.
- Não está afim? Você deu uma boa olhada naquela bunda? Ela poderia sentar na minha cara à noite toda se quisesse. -Miles afirma.-Sei que você está na fossa porque terminou têm pouco tempo, mas duvido que ela não te faria esquecer o coração partido rapidinho. - o amigo de Harvey declara e sinto asco em imaginar Ethan com ela. Eles continuavam falando sobre como ela era gostosa e como deveria aproveitar a deixa, e cada vez eu sentia mais sentia repulsa.
- Vou até o bar. - digo tentando fugir daquele assunto ruim.
Volto até o barman baixinho e peço uma dose de tequila. Enquanto espero, Ethan surge ao meu lado e eu estremeço.
- Eu te fiz uma pergunta.
- Ah, sim. Só estava brincando, não queria dar falsas esperanças pros amigos cretinos de Harvey. Não se preocupe, não estava falando sério. - uma grande idiota e covarde. É o que eu sou. - Ei, você não ia me ajudar a encontrar alguém? - sou uma idiota completa - O que acha daquele ali? - aponto pra um cara loiro e alto, bebendo com um amigo a poucos metros de nós dois.
- Vai em frente. - ele diz empedrado.
- Você apaga meu aplicativo e ainda se nega a me ajudar? - falo num tom de brincadeira, querendo dissipar a tensão entre nós dois.
- Não vou te ajudar nisso, Grace. - A voz de Ethan causa o mesmo efeito no meu corpo de quando senti sua mão na minha. Poderia ficar tonta só de ouvir a voz dele falando meu nome.
- Nisso? O que seria isso? - me sento na banqueta, apoiada à mesa do barman e ele se senta rente ao meu corpo.
- Não vou te ajudar a encontrar alguém pra levar você pra casa e trepar com você. - preciso de fôlego pra continuar a falar.
- Tudo bem. Eu me viro sozinha. - Ele olha diretamente pra minha boca enquanto pronuncio a última palavra. Seria ridículo pensar que estou ofegante só de olhar pra boca dele de volta? Talvez sim.-Porque vocês dois terminaram? - Eu preciso mudar de assunto.
- Por que esse assunto agora?
- Só quero saber.
- Ok. Quer mesmo saber? Sem eufemismos?
- Nenhum sequer.
- Fui eu que terminei.
- Ok. Porquê?
- Por que não achei justo que eu trepasse com minha namorada pensando em você.- talvez eu precise de outra calcinha.
- Ethan.- seu nome sai quase como uma lamúria da minha boca.
- Não vou continuar nisso, Grace. Estou cansado. Você sabe tão bem quanto eu que nós dois não vamos ser só bons amigos.
- Nós somos amigos.
- Mas não é suficiente. Nunca vai ser entendeu? Não vou me acostumar em ser seu amigo, e tenho certeza disso, porque eu quis levar você pra casa no momento em que aquele filho da mãe deu em cima de você, tive vontade de tirar você daqui e terminar o que a gente começou naquela noite. - ele se inclina até sua boca está rente à minha orelha - Só consigo pensar em você em baixo de mim, chamando meu nome num sexo tão sujo que você nunca mais pensaria em sair com caras como Miles. - ele se afasta e eu olho novamente pra sua boca. Sua boca é minha perdição. Estou ciente disso porque apesar da música abafada e o lugar lotado, só consigo olhar pra boca dele. Tento não pensar sobre os motivos que nos levam a não deixar todo o tesão que sentimos um pelo outro tomar conta. Desligo minha mente porque a única coisa que estou ouvindo é minha respiração tão pesada quanto a dele. Me inclino espalmando a mão no seu peito e toco os lábios em seu ouvido.
- Por que você não me toca de novo, Ethan?
- Você quer que eu te toque? -Cacete, sim.
- Sim. Eu quero sim.
- Aqui, não. - Ele pega a minha dose e vira de uma vez só.- vamos pra casa. -eu poderia ir pro céu e voltar só de ouvir sua voz no meu ouvido.
- Quero transar com você no seu carro. - Eu sussurro rente ao seu ouvido e ele morde o lábio instintivamente. Nesse momento, vou pro céu. - enfio a mão no seu bolso, e pego a chave da picape.- você vem? - eu me levanto enquanto ele nitidamente encara minha bunda. Ele vem atrás e não me lembro da última vez que andei com tanta dificuldade até um estacionamento. Destravo o carro.
- Eu deveria avisar alguém, não? Elas devem ficar preocupadas e... - seu corpo pressiona a minha bunda.
- Entra no carro, Grace. - eu obedeço. Me deito no banco de trás e tudo fica denso. Ethan entra e fecha a porta atrás de nós. Estou desabotoando seu jeans quando ele me para.
- Preciso terminar o que comecei aquela noite, Tira a roupa. - não tem culpa nem tristeza invadindo minha cabeça, apesar de nós dois nos remetermos à noite fatídica. Tiro a parte de cima do vestido e sua boca vem de encontro ao meu seio, com ansiedade e certo desespero, como se ele precisasse disso há tempos. Sua boca me suga enquanto fico sem lugar para me apoiar no estofado. O vidro está embaçado, e tudo depois disso é rápido. Fico nua da cintura pra baixo no banco de trás mas ele me deixa com os saltos enormes. Ethan me prova de todas as formas possíveis, até sua cabeça estar entre minhas pernas. Puxo seu cabelo. Ele aprofunda ainda mais a língua. Gemo alto e cravo as unhas nas suas costas.
- Preciso de você. Agora.
- Sem pressa, Grace. Esperei demais por você e quero que a gente vá com calma. - sua boca entre as minhas pernas me mostra que nada do que eu pensei que Ethan fosse, chegava perto do que ele é e faz.
- Blake. - me perco. Sua boca me chupa enquanto seu dedo me preenche em cheio. Grito seu nome exatamente como ele me disse que seria enquanto sua língua me preenche e meu orgasmo vem segundos depois. Ele sobe até sua boca encontrar a minha. Nossas respirações estavam  tão aceleradas e curtas que mal conseguia ficar muito tempo com a boca na sua.
- Meu Deus. Você acabou de me fazer um oral no carro? - digo exasperada, tentando aceitar a ficha caindo. O que tanto evitamos está realmente acontecendo.
- Parece que sim. Tudo bem pra você? - seguro sua gola, e o puxo ainda mais, pra sua boca encontrar novamente a minha num beijo intenso e molhado. Nós dois nos beijamos até meus lábios incharem. Seu polegar acaricia a minha boca, receoso.- Está tudo bem? Estamos bem? Quero dizer, o que vamos fazer a partir de agora? - Ethan tinha tanta preocupação nos olhos, que eu me perguntava se ele tinha medo de que eu me quebrasse ao meio. Honestamente, não sei o que vou pensar amanhã quando acordar, mas agora, aqui, estou disposta a tentar qualquer coisa. Tudo que Eva e Aubrey falavam na minha cabeça, me vem à tona. Preciso ser feliz. Evan  gostaria que eu fosse feliz.
- Quero ser feliz Ethan. E acho posso  ser feliz com você.

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