Capítulo 32

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Jack saiu daqui cedo disse que precisa ir em casa e eu prometi não me estressar com meu tio nem fazer nada estupido, mais confesso que ficar perto dele sem confronta-lo está acabando comigo quanto menos tento pensar naquela maldita foto mais ela me vem a cabeça.

- Bella tudo bem ? ta quieta._ meu tio pergunta.

Estou ao lado de Bruna arrastei ela comigo para evitar que eu fale ou faça alguma bobagem que eu possa me arrepender depois, estamos esperando pelo almoço no shopping, compramos ingresso para assistir a três filmes desde que sair de casa evito falar muita coisa porque me conheço eu sempre acabo agindo por impulsividade. Bruna olha para mim esperando que eu responda não percebi meus devaneios e me apresso a responder. - Aaaah sim eu to bem e que eu não dormi direito sabe, teve uma festa ontem na Lorena._ e dou um meio sorriso.

- Gostou da festa ? Você foi com Jack né ? _ ele pergunta olhando de mim para Bruna que também estava quieta.

- Foi boa sabe, eu fui com ele sim. _ falo olhando para outro ponto no restaurante.

- So isso ?_ ele pergunta.

Desvio meu olhar para olhar para ele de volta . - Como é ? _ pergunto confusa.

- Antes de Jack sair eu vi ele se despedir de você de um jeito diferente e você ta com um brilho nos olhos , vocês estão juntos ? ou saindo ? não sei como vocês jovens falam hoje em dia _ ele sorri sugestivamente.

Fico muda por alguns segundos digerindo a vontade de lhe dar uma má resposta. - Ah sim,ele me chamou de namorada então acho que estamos namorando, bom estamos namorando. _ falo dando de ombros.

- O que? você não tinha me contado isso safada. _ Bruna praticamente grita atraindo alguns olhares curiosos.

- Ele me chamou assim ontem a noite por isso não falei nada agora quer falar baixo pelo amor de Deus. _ falo baixo olhando para ela.

- Você esta com o cara mais cobiçado da faculdade, sortuda e seu nome mais eu sempre soube que ele era seu._ ela fala rindo.

- Eu to muito feliz com essa noticia._ meu tio diz sorrindo.

- Está? _ Falo não mascarando minha surpresa.

Ele me olha confuso não entendo minha reação. - Mais e claro que sim, ele sempre gostou de você e você dele mais acho que por medo de perde a amizade vocês fingiam não notar._ ele fala com gentileza.

Dou um meio sorriso. - Acho que sim. _ Respondo.

Antes que possa dizer qualquer outra coisa meu celular vibra na bolsa a essa altura do campeonato fico nervosa com qualquer ligação ou mensagem que venha do meu celular mais não a ponto de ter uma crise, retiro ele da bolsa e desbloqueio para vê e uma mensagem do maldito numero desconhecido to quase trocando de chip pra vê se esse maniaco me deixa em paz e um vídeo.

- Eu preciso ir ao banheiro, tudo bem ? _ pergunto ao meu tio tentando soa despreocupada e indiferente.

- Claro, vai lá. _ Meu tio responde.

- Quer saber eu vou junto, tomei muito suco. _ bruna fala sorrindo.


- O que é? _ Bruna pergunta quando saímos em direção ao banheiro.

- Um vídeo do número desconhecido. _ Falo bem baixo.

Entramos no banheiro olho dentro dos compartimentos não tem ninguém ali, entramos em um que rapidamente se torna apertado com nos duas juntas ali.

- Abre logo._ bruna fala roendo a unha do polegar.

Eu respiro profundamente e aperto em cima do vídeo.


O vídeo começa completamente preto com uma musica clássica muito alta de fundo após alguns segundos a lente vai se levantando revelando uma bandeja de equipamentos cirúrgicos e algumas substancias que não consigo identificar quanto mais a lente se vira mais detalhes vão sendo revelado o lugar parece uma especie de galpão ou porão não sei bem. Quando a lente vira mais um pouco eu e Bruna abafamos um grito com a mão na boca, uma moça deitada a uma maca apenas de lingerie se debatendo freneticamente suas mãos e pês estão acorrentados sua boca amarrada com um pano seus olhos negros como o céu a noite estão apavorados, tem alguém com ela só aparece sua cintura e as mãos cobertas por luvas pretas essa pessoa segura um conta gotas e pinga um liquido na palma de sua mão a fazendo se contorce sobre a maca as lagrimas caem de seus olhos freneticamente e não e por menos a palma de sua mão agora e um buraco onde se consegue vê seus nervos e seus ossos com muito sangue, essa imagem faz com que eu largue o celular com Bruna me debruce sobre o vaso e vomite todo meu café da manhã. Me levanto e Bruna esta estática tampando a boca com uma das mão segurando o celular lágrimas escorrem pelo seu rosto. O vídeo ainda mostra a menina se contorce de dor enquanto ele pinga o maldito liquido em um de seus pés , a lente levanta me fazendo ficar tonta a pessoa que torturava a moça usa uma mascara como a do meu sonho com apenas três furos. A pessoa começa a falar provavelmente usando alguma coisa para mudar a voz.

Vá até a Rota número 7 . Mandarei a localização. As 19:00 Horas.
Sozinha, se levar alguém ela morre.


Me sento na tampa do vaso sem forças minhas respiração esta muito pesada, sinto que estou prestes a ter um ataque de panico todo meu corpo treme descontroladamente e a dor aguda na cabeça volta não muito diferente de mim se encontra Bruna ainda paralisada sem dizer uma palavra com as lagrimas escorrendo pelo rosto.

- O-o-o que eu vou fazer ? _ pergunto quase sem voz.

Bruna sai de seu estado de choque limpa o rosto com as palmas da mão e olha pra mim com um olhar decidido. - Você não vai na porra desse endereço sozinha, quem esse maldito acha que é ? _  Sinto seu ódio em cada palavra.

- Mais você ouviu, seu eu levar alguém a moça morre. Acho que devíamos ir a delegacia._ falo ainda bem baixo porque não recuperei totalmente o oxigênio.

- Foda-se a policia eles não vão ligar para isso se não tiver provas e  até onde agente sabe esse vídeo pode ser fake um desses tirado da deep web, eu vou com você nesse endereço. _ ela fala gesticulando com as mãos me fitando decidida.

- Tudo bem, quando terminamos de assistir ao segundo filme vou dizer que os meninos nos chamaram pra sair e nós vamos._ repondo.

- Beleza, mais agente precisa se recompor se não seu tio vai saber que tem algo errado._ ela diz.

Eu faço meu exercício de respiração mais ainda sinto meu pulmão arder pedindo por mais oxigênio lavamos o rosto e saímos.

- Vocês estão ? estão muito pálidas . _ Meu tio pergunta assim que retornamos para mesa.

- Não muito, o doce que nos comemos vindo pra cá nos fez mal._ repondo.

- Querem ir embora ? _ ele pergunta.

- Não, tudo bem. _ Bruna reponde e eu concordo com a cabeça forçando um sorriso.

NUNCA VÁ AO PORÃO (HIATO)Onde histórias criam vida. Descubra agora