NUNCA VÁ AO PORÃO (HIATO)

O Frigorífico

- O que você tanto procura nesse celular ? _ jack pergunta.

- Quero saber como Emília morreu._ respondo sem tirar a atenção do celular.

- Ok, mais porque ?

- Não sei ao certo._ parte de mim tem uma teoria.

- Se você tá procurando e porque tem uma teoria sobre isso ? _ ele fala.

Sorrio ainda sem tirar os olhos do celular, ele me conhece muito bem. - Segundo a senhora Mercedes eles eram um grupinho que viviam se metendo em problemas, Emília foi assassinada assim como os meus pais eu quero vê se tem um padrão porque se tiver foi uma mesma pessoa que os matou. _ falo dessa vez olhando para ele.

- Uau você só me surpreende faz todo sentido, mais você acha que vai encontra isso na internet ?

- Bom, você sabe como os jornais adoram uma tragédia, devem ter colocado como o corpo foi encontrado, essas coisas. _ falo voltando minha atenção para o celular.

Jack concorda para si e não diz mais nada.

- Não quero ser indelicada nem insinuar nada, eu não sei onde seus pais de encaixam nessa história afinal eles eram do grupinho. _ falo agora voltando a olhá-lo.

Jack tira uma das mãos do volante e passa pelos cabelos sua expressão e de angústia e dúvida. - É, eu sei to desde hoje cedo pensando nisso, se sua teoria estiver certa e Emília e seus pais morreram nas mãos do mesmo assassino e meus pais faziam parte do grupo porque estão vivos ? _ jack fala cheio de remorso.

- Nada se encaixa, falta peças nesse quebra cabeça. _ falo pensativa.

- Estive considerando duas hipóteses o dia inteiro._ ele fala.

- Quais ? _ pergunto curiosa.

- Eles sabem quem matou seus pais o que já é muito ruim ou eles participaram disso.

Levo um choque ao ouvir ele dizer isso. - O que ? Seus pais envolvidos na morte dos meus ? Impossível, talvez eles nem saibam o que houve, talvez meus pais e Emília se envolveram em algo sem eles.

- Você acha mesmo impossível ? Olha tudo que agente tem descoberto Bella, sinceramente eu não acho mais nada impossível mesmo que isso inclua dúvida dos meus pais. _ ele fala a contragosto.

- Acho que você está indo por um lado perigoso não pode afirmar nada. _ falo meio impaciente.

- Não afirmei disse que era hipóteses e que nada e impossível as pessoas podem surpreender.

- Pode ser._ falo contrariada, não gostando de ouvir ele falar da sua família assim ainda mais por mim.

Volto minha atenção ao celular onde encontrei uma reportagem falando sobre Emília.

- Achei uma reportagem._ falo para Jack.

- Diz o que ? _ ele pergunta.

Então começo a ler o texto em voz alta para que ele também possa ouvir. 

Uma jovem mulher de vinte oito anos Emília  Diniz Bolivier Clark foi encontrada morta. Seu corpo estava em uma área de matagal em realengo, segundo oficial responsável pelo caso a jovem foi envenenada as investigações ainda no início aponta para uma possível facção criminosa.

- Envenenada ? _ jack pergunta incrédulo.

- Isso não soa familiar ? Meus pais também foram envenenados._ falo um pouco surpresa.

- Você tinha razão essas mortes tem ligação._ ele fala.

Permanecemos um bom tempo em silêncio perdida em meus pensamentos e ele nos dele. Não deixo de notar que estamos novamente quase saindo da cidade.