Janta

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Todos os títulos são canções.
       Janta - Marcelo Camelo

CLARA

Queria colocar a culpa no vinho, mas estava totalmente consciente. Aquela mulher mexeu com meu desejo durante o almoço inteiro. Enquanto ela falava da vida dela, observei atentamente as unhas bem feitas pintadas com um esmalte vermelho fechado, um anel no dedo anelar com um rubi, a camiseta entreaberta deixando minha curiosidade no nível máximo para descobrir cada detalhe do seu corpo. A depender da forma que gesticulava, conseguia enxergar a lingerie azul marinho com detalhes brancos guardando seios fartos e redondos. Não pensei duas vezes em questionar quando ela me disse que estava sozinha e provocar.

Entramos no carro praticamente parecendo que estávamos fugindo do restaurante e o ar parecia denso de tanto desejo ali dentro. Não demorou muito, passamos por um portão grande de ferro pintado de branco e atrás duas torres imponentes. Acho que é o apartamento dela. Renata mal parou o carro e me puxou para um beijo quente e delicioso. Enquanto a beijava podia sentir ainda melhor o cheiro amadeirado do perfume. Quando ela passou a mão na minha coxa, não consegui disfarçar e arfei. Meu desejo era latente.

- Quero você.

Sussurrei para que ela entendesse que o caminho estava livre e ela fizesse o que tivesse vontade. Senti a mão subir um pouco mais e encontrar minha calcinha, que a essa altura já estava ficando molhada. Intensifiquei o beijo e quando ela afastou minha lingerie, não resisti e gemi baixinho mordendo seu pescoço. Renata me tocava lentamente, explorando cada centímetro de mim. Eu já estava indo à loucura, quando ela interrompeu. Será que se arrependeu?

- Quero você lá em cima, sem roupa, inteira pra mim.

Saí do carro sem nem pestanejar, o tesão estava habitando meu corpo numa intensidade alta demais. Tínhamos companhia no elevador e aproveitei para ficar observando-a descaradamente. Quando saímos do elevador, mal deixei que as portas se fechassem, a beijei por trás e falei para que ela não demorasse de abrir a porta. Renata virou as chaves e duas gatas imediatamente pularam para fora do apartamento. Amo gatos, mas naquele momento meu foco era outro. Ela colocou as duas para dentro e me puxou para perto.

- Agora vou ter você do jeito que quero - disse olhando nos meus olhos.

Me colocou contra a parede e lentamente começou a depositar diversos beijos e algumas mordidas no meu pescoço. Cada movimento, eu soltava um gemido baixo, meu corpo reagia a cada toque daquela mulher. Aos poucos a boca desceu para o meu colo e com maestria ela desceu o zíper do meu vestido, que caiu como uma toalha no chão, me deixando apenas de lingerie preta.

- Puta que pariu - falou ao me olhar.

- Que foi?

- Nada.

Voltou a me beijar os ombros e desabotoou meu sutiã. Com os beijos afastou as duas alças e fiquei apenas de calcinha. Renata olhou para meus seios e começou a chupar um, enquanto estimulava o bico do outro com a mão. Eu sentia que estava prestes a chegar ao ápice sem nem mesmo ela tocar no meu sexo novamente. Estava tão entregue a cada toque, que demorei para perceber que ela ainda estava completamente vestida, enquanto eu estava praticamente nua.

- É injusto você com tanta roupa e eu quase do jeito que nasci - falei entre gemidos.

Enquanto ela continuava a chupar meus seios alternadamente, comecei a desabotoar a camisa para equilibrar minimamente aquele jogo de sedução. Perdi a paciência no terceiro botão e forcei o tecido para que eles estourassem e deixassem à mostra o sutiã que desejei ver desde o restaurante. Pude sentir ela sorrindo com minha impaciência, mas não me disse nada. Arranquei o que sobrou da camisa e tirei o sutiã dela também. Dois seios fartos, com os bicos rijos, convidando minha boca para estar ali... puxei-a para um beijo e comecei a desabotoar a calça que ainda estava entre nós duas. Renata se afastou e tirou a calça, ficando só de calcinha. Se fosse um jogo, agora estávamos empatadas.

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