Capítulo 34

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Entretanto, Dulce sentia que lhe restava pouca. O pouco que lherestava rapidamente escoava por entre seus dedos. — Eu me pergunto oque sua avó diria se o visse agora.


Ele puxou os cordões do corpete com muito mais força que onecessário, como se fosse uma dama de companhia extremamenterabugenta e incompetente. — Tenho certeza de que ela teria palavras desobra, independentemente do que dissesse. Dulce riu. Ele não.


Quando ele ajoelhou, com uma perna de cada lado das dela, ela deuum pulo, com a sensação de sua masculinidade tocando seu traseiro. Ocalor podia até derreter o tecido fino da combinação. — Acho bem difícilacreditar que você nunca tenha desamarrado o corpete de uma mulher,Uckermann — ela reclamou e agarrou o travesseiro com os dois braços.


— Eu nunca desamarrei o seu corpete — ele respondeu. — Poralgum motivo, neste caso, estou todo sem jeito.


Surpresa pela confissão ingênua, ela ficou parada, suas reclamaçõesmergulharam no travesseiro, seu corpo atento ao toque das pontas dosdedos dele, querendo que fossem mais velozes, querendo que tivessemuma destreza súbita. A expectativa podia matá-la lentamente, porém elatinha certeza de que poderia reviver da morte. A forma como ele abeijara era diferente de tudo o que ela conhecia. O deleite irracional quea percorrera, com seu olhar azul fogoso, provavelmente lhe causariadanos se ela não fizesse algo a respeito, e logo.


Ele pressionou os lábios no ombro dela enquanto soltava os cadarços.


Sua respiração estava agitada, cada beijo que ele dava era um pouquinhomais forte, demorava um pouquinho mais, acelerando no fim. Enquantoafrouxava o corpete, ele puxou sua combinação para baixo, deixando suapele das costas à mostra, uma vértebra de cada vez.


O último cadarço estava quase solto e seus beijos tinham chegado àbase da sua coluna, quando subitamente ocorreu a Dulce que o som debatidas não era de seu coração, nem do granizo que caía no telhado.Tinha alguém esmurrando a porta.


Christopher escancarou a porta depois de apressadamente vestir a calçola ea camisa, com a cabeça fervendo, pronto para enforcar quem estivesseperturbando sua noite.


Era Grieves.


— Desculpe, senhor — disse o mordomo —, mas surgiu algo muitodesagradável.


Atrás do mordomo, ele ouviu o som de Dulce se mexendo para sair dacama, apressando-se ao biombo. A frustração borbulhava em suas veias eaquecia, de forma incômoda, algumas partes de sua anatomia.


— O que é? — Ele estrilou. — A outra saiu?


— Não, senhor. — Grieves baixou o tom de voz para um sussurro.


— Aquele item está seguramente guardado e dormindo como umcãozinho depois de um jarro de sidra.


— Graças a Cristo! Então, que diabo...?


— Eu tive a ideia de ficar mais seco na carruagem, senhor, porém,ao entrar, fiz uma descoberta alarmante.


MADRUGADAS DE DESEJO - Adaptada | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora