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— Minha amiga querida, é maravilhoso tê-la aqui. — Nesta noite,Anahí abraçou-a ternamente, um pouco corada talvez por conta debastante eggnog. — Tenho de confessar que sua notícia me surpreendeu edepois que você foi embora percebi que não os cumprimenteiapropriadamente, você e Christopher.


Dulce sorriu inquieta. — Você pareceu preocupada.


Anahí pegou as mãos dela. — Foi errado da minha parte duvidar desua decisão. Claro que isso não é da minha conta e tenho certeza de quevocês serão muito felizes. — Ela suspirou pensativa enquanto seus belosolhos verdes vagavam acima do ombro de Dulce. — Você certamente serámuito rica.


Parecia que até sua melhor amiga achava que ela estava com christopherpor dinheiro.


— Só fiquei preocupada porque... bem... — Anahí olhou para baixo,para as próprias mãos, os dedos entrelaçados aos de Dulce. — Porque seicomo você gosta de rir, de fazer tolices e fingir que não liga. E euqueria que você realmente pensasse sobre esse casamento.


— Você quer dizer, ao contrário dos meus outros noivados? — Dulceconteve o riso, já que sua amiga estava tão séria.


— Quero que vocês dois encontrem a felicidade, Dulce. Vocês dois sãoamigos queridos para mim.


— E você acha que seria melhor encontrarmos essa felicidade comoutras pessoas?


Embora a resposta de Anahí fosse firme, também foi evasiva. — Sóquero que ambos tenham certeza. Não quero que nenhum dos dois semagoe. Espero que isso não seja outra de suas brincadeiras.


Dulce entendia que Anahí estava mais preocupada por Christopher. — Ele não teve sorte com sua escolha anterior e demorou para sarar. Anahí realmente ainda se importava com ele e devia ter receio que ele se magoasse outra vez porque Dulce nunca levou nada a sério. Pelo menos até agora. No começo, seu plano parecia simples — dar a Christopher o casamento de conveniência de que ele precisava, contanto que ela concebesse o filho que desejava. Ao longo dos últimos dias, porém, em algum momento, passou a ser muito mais que isso. Já não era mais uma simples troca sem riscos, sem um envolvimento mais profundo.

— Eu lhe juro, Anahí, estou finalmente crescendo. Em minha idade, decido que é hora de me redimir de todos os meus pecados e ser uma boa garota. E não me olhe assim. Você andou tendo aulas com as minhas irmãs?


Anahí finalmente sorriu e abraçou-a novamente. — Então, não direi mais nada e deixarei por sua conta. — Quando o sorriso dela ganhou força, Dulce ficou aliviada em ver novamente a velha Anahí. O brilho igual ao que ela se lembrava. — Agora — ela deu o braço a Dulce e apuxou para um cochicho —, deixe-me lhe contar todas as novidades de Sydney Dovedale. As novidades que eu não podia dizer enquanto os homens ouviam.


Embora ela já tivesse ouvido boa parte da tia, ela assentiu avidamente e deixou que a velha amiga contasse, pois Anahí sempre tinha detalhes mais substanciosos para acrescentar. As novidades da tia Lizzie giravam em torno de doença, morte, nascimento, casamento, luto,sem muito além disso. Anahí e Dulce sabiam que o que acontecia nas entrelinhas era igualmente importante e muito mais divertido. Logo estariam de volta ao normal, rindo juntas, lembrando-se de outras festas de tempos atrás, falando de dias menos complicados. Agora, no entanto, ambas eram mais velhas e sábias, as duas ingressavam em novos capítulos.



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Porra Anahí, não gora meu casal cara. Essas mulheres (Annie e as irmãs da Dul) tem a forte tendência a cagar pra ela. Na fic, óbvio.

MADRUGADAS DE DESEJO - Adaptada | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora