Dulce estreitou os olhos para ele. Milady?
A voz dele foi sumindo, sonolenta. — Não darei trabalho nenhum.
— Pobrezinho do meu querido Christopher! — Lady Mercy correu até acama e pegou uma de suas mãos com suas duas mãozinhas. Elecertamente tinha uma tendência para despertar a simpatia feminina.
— Preciso voltar ao trabalho — murmurou Christopher, conseguindo darum sorriso fraco.
Trabalho? Agora Dulce começava a duvidar se, no fim das contas, tinhasido apenas uma batidinha na cabeça. O estrago podia ser maior do queparecia.
— Não posso ficar deitado o dia todo — acrescentou ele. — Hácoisas a serem feitas.
— Tenho certeza de que podem esperar — ela respondeu, cautelosa.
— Mas tenho serviços... a realizar. Serviços de garanhão.
O rosto de Dulce esquentou.
O homem ferido murmurava com uma voz estranha e suave. —Desculpe-me, milady. Eu não deveria ter mencionado isso. Shhh. — Elepressionou um dedo nos próprios lábios. — Segredo. Não é para contar.
— Poderia revolver o fogo da lareira, lady Mercy? — Gritou Dulce,com a voz alta e fina. — Está parecendo um pouco frio aqui. —Primeiro, pareceu que a garota se recusaria. O pedido só foi obedecidoquando Dulce frisou que Christopher talvez estivesse com frio.
Enquanto a garota dava as costas, aparentemente envolvida emremexer o carvão, os lábios dele se abriram para soltar um gemidosuave. — Não posso me esquecer dos soldados. Sempre há soldados,porém ela tem um par adorável de peitinhos.
Dulce olhou para lady Mercy. Agora revolvendo o fogo com violênciacom um espeto de ferro, a garota parecia ter temporariamente seesquecido de sua preocupação pelo "pobrezinho querido Chirstopher". Seusgemidos comoventes eram sutis demais para ser ouvidos àquela distância.
— Pare com isso — Dulce sussurrou. — Apenas fique quieto. Nãofale.
— Alguém tem de dar uma surra naquela danada. — Ele riubaixinho.
— Christopher! Quieto!
Ele pegou as pregas de seu robe enquanto ela se inclinava acimadele. — Você me deve mil libras. Eu paguei por sua companhia. Vouquerer de volta com juros, madame. Não terminamos. Você me devecinco noites.
Com cuidado, ela tirou a mão dele do tecido, mas os dedos delecontinuaram segurando os seus com a mesma determinação.
— Diga ao senhor Grieves que voltarei ao trabalho assim que o solraiar, madame. O trabalho de um mordomo nunca termina. Se pudesseviver um dia no meu lugar, saberia.
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MADRUGADAS DE DESEJO - Adaptada | Vondy
FanfictionÀ noite, Dulce Saviñon, no papel de conde de Bonneville, depena aristocratas que não desconfiam de nada. Durante o dia, porém, ela evita as tramas casamenteiras de suas irmãs, sonhando com tormentas para seu desafeto de infância - o arrogante e exce...