John é um Marine muito respeitado pelo seu excelente trabalho. É um homem reservado que não mostra sentimentos até encontrar Ellie num bar depois de uma vitória. Para não perder a sua oportunidade, John faz de tudo para a conquistar, mesmo que a sua...
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Sabem aquele momento em que vocês olham para a pessoa que amam e pensam "fogo, sou tão sortudo"? Esse é exatamente o meu pensamento agora. A Ellie dorme profundamente com uma meixa de cabelo a sobressair na sua face. Quem olha para ela nem parece que chorou litros a noite passada depois de se lembrar que este dia seria o nosso último juntos. Tapo-a melhor com o lençol. Visto uns boxers e desço até à cozinha. Olho para o relógio de parede.
Cinco horas e meia da manhã. Bebo um copo de leite e respiro fundo. Eu amo a minha profissão mas sinto que não deveria partir agora. Tenho medo de ela não conseguir manter a relação à distância e que queira terminar tudo. Há anos que não sentia medo de perder alguém...
- Estás bem? - acordo do transe ao sentir uma mão nas minhas costas e um beijo na minha cabeça.
- Está tudo bem meu amor, não te preocupes! - viro-me para ela e beijo-a para a tranquilizar.
- Senti a tua falta na cama. - esfrega os olhos sonolentos e ainda vidrados do choro.
- Vim só beber um copo de leite. Desculpa se te acordei. - puxo-a até mim e agarro-a.
- Estás mesmo bem? - pergunta novamente e massaja a minha face.
- Estarei meu amor. Não te preocupes.
Pego-lhe ao colo e levo-a novamente para o quarto. Aconchego-a no meu peito e nos meus braços. Começo a mexer ao de leve no seu cabelo e ela acaba por adormecer. Suspiro fundo. Fecho os olhos e acabo por cair no sono também.
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- O meu pai está empolgado para ires almoçar connosco. - diz a Ellie enquanto viajamos até sua casa.
- O teu pai é um bom homem. Queria tanto que ele recuperasse!
- Já somos dois. - sinto a sua voz triste. - Mas o que importa é que o tenho comigo.
Coloco a minha mão por cima da sua e massajo-a. Chegamos então à casa da Ellie. Entramos e realmente havia um cheiro muito bom no ar. Ela já me tinha avisado que o pai cozinhara muito bem.
- Finalmente chegaram! - diz o pai da Ellie assim que entramos em casa.
Durante o almoço conversei muito com o senhor Bill acerca da vida militar, pois em tempos ele prestou serviço à força aérea. Era engraçado ver a forma como a Ellie é parecida ao pai. Ambos cativam qualquer pessoa a falar. Tornam qualquer conversa mais divertida e cativante.
- Vamos andando? - pergunta a Ellie depois de termos tudo arrumado do almoço.
- Vamos sim. Ainda quero ver se não me esqueço de nada.
Conferimos que o senhor Bill ficara bem sozinho até a sua irmã chegar para cuidar dele. A viagem até minha casa havia sido tranquila. Ela parecia mais animada e isso deixava-me de certa forma calmo. Chegámos a casa e antes de tudo fui fazer as minhas malas.
Consegui convencer a Ellie a ir um pouco para o jardim ler ou espairecer um bocado porque tinha a certeza que ela ia chorar ao ver-me a arrumar as fardas dentro das malas. Pela primeira vez, que é com muito peso e custo que arrumo as malas para mais uma nova missão. Dou finalmente por fim a minha tarefa. Sinto a casa num tremendo silêncio. Chamo pela Ellie mas ela não obtinha resposta. Procuro pelas divisões mais comuns e pelo jardim. Vou por último até à piscina interior. Espreito pela porta e vejo-a dentro de água totalmente despida. Sabia que aquilo era um chamamento para me juntar a ela. Dispo a minha roupa e junto-me a ela dentro de água. Agarro-a e meto-a ao meu colo.
- Demoraste. - ela diz com um sorriso perverso na cara.
- Estive a dar-te tempo para te despires. - beijo-a.
Os nossos olhos fixam-se e uma tremenda onda de excitação e saudade passa por ambos. Ataco-a num beijo desesperadamente apaixonado. Ela retribui e pressiona-se no meu corpo. As minhas mãos viajam por todo o seu corpo fazendo com que fique ainda mais excitado. Sento-a na borda da piscina e começo a beijá-la até à sua zona íntima. Ela parece surpreendida mas mesmo assim não recusa o oral. Ouço leves gemidos e pequenos puxões no meu cabelo. Volto novamente a beijá-la e aos beijos fomos até ao meu quarto. Mando-a para cima da cama e começo novamente a atacá-la com beijos.
Por fim acabo por a penetrar. As suas unhas arranham todas as minhas costas. Os nossos olhares encontram-se. Ambos consumidos de prazer. Os nossos gemidos entoavam pelo quarto.
- Eu amo-te tanto! - solto as palavras com todo o prazer do mundo.
Ela sorri e massaja a minha bochecha em forma de "também te amo muito meu amor".
Ela inverte as posições ficando por cima de mim. Tinha total visão para o seu corpo perfeito. Coloco as minhas mãos na sua cintura e ajudo nos movimentos. Por fim acabamos por nos consumir. Deito-a meu lado. Ambos ofegantes. Mexo no seu cabelo e ela sorri.
- Que foi? - pergunto também com um sorriso.
- Nada.
- Estás preparada para amanhã? - pergunto a medo.
- Óbvio que não John! Por favor não vamos lembrar isso hoje! - ela aninha-se nos meus braços.
- Claro que não baby! - beijo o topo da sua cabeça.
De tarde optámos por ficar em minha casa. A Ellie quis tomar conta da minha cozinha. Espero que a Tris não venha a saber. Incrivelmente, a Ellie reparou que eu tinha uma máquina de fazer waffles. Vivo há anos nesta casa e nunca tinha reparado na sua existência...
- Ainda não acredito como é que não sabias que tinhas uma máquina destas! - diz a rir enquanto mistura o açúcar, a farinha, o fermento e o sal.
- Amor, eu mal estive em casa estes anos. - defendo-me e faço-lhe cócegas.
- Pronto, talvez tenhas uma desculpa! - mete um pouco de farinha no meu nariz.
- Não vais querer começar uma guerra princesa! - ameaço.
- Nem tentes! - gargalha. - Não quero que a Tris me odeie.
- Acredita que ela te adora. Aliás, é impossível não te adorar. - agarro-a pela cintura e beijo-a.
- Exagerado!
Apesar de não ter feito grande coisa, sinto-me orgulhoso por provar os melhores waffles da minha vida. Coloco um pouco de nutella na ponta do seu nariz e ela num ápice põe no meu também.
- Quero mais disto quando voltar! - digo entrelaçado os meus dedos nos dela.
- Não me faças lembrar John... - ela dá um suspiro triste e pesado.
- Eu vou voltar em menos de nada meu amor, eu prometo! - ela dá um sorriso comprometedor e aperta ligeiramente a minha mão.
Olho para trás e penso que afinal a pessoa perfeita para nós nem sempre chega cedo. Sempre achei que iria encontrar a special one nas minhas primeiras paixões de adolescente e por fim descubro que aos 35 anos, quando achava que o amor não vivia mais em mim, descubro Ellie, a mulher mais perfeita que alguma vez pensei que existisse.