Marine VS The Hope

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Depois dos waffles, demos um passeio pelo parque

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Depois dos waffles, demos um passeio pelo parque. Ela contava-me histórias hilariantes da sua vida. Historias de infância e tudo mais. Eu apenas me limitava a ouvir com um sorriso na cara. Na verdade, eu estava completamente perdido pela sua humildade e simplicidade.

- E tu? Que tens de hilariante para contar? - ela olha para mim.

- Muito sinceramente não tenho nada demais.

- Impossível. És um homem mega viajado. Aposto que tens uma história ou outra para contar.

- Nada me ocorre agora. Gosto de te ouvir. Cativas qualquer pessoa!

- Obrigada! - ela agradece com as bochechas um pouco vermelhas.

- Posso ser o mais transparente possível contigo? - pergunto um pouco a medo.

- Claro que sim! - a sua atenção fica em mim.

- Eu sei que o que vou dizer pode não fazer sentido nenhum e também quero já esclarecer que não te estou a assediar ou a tentar ter algo de ti. Como sabes, há nove anos que nunca tive interesse em alguém e não sei porquê, ontem quando te vi no bar algo despertou em mim. Uma coisa que eu aprendi na vida é que nunca devemos desistir ou deixar passar coisas que nós sentimos que nos irão fazer bem e eu não quis perder a oportunidade de te conhecer. Eu sei que temos treze anos de diferença mas eu sei que isso não impede nada. Não te estou a querer forçar a nada mas se há coisa que eu admiro imenso é honestidade e confiança.

Sinto-a tensa e um pouco perdida. Ela ri-se e desvia o seu olhar para a frente.

- John, não sei o que te diga. - olha para as suas mãos.

- Diz-me o que realmente achas sobre esta nossa saída! - peço.

- Se eu não tivesse sentido nada quando estavas a olhar e a falar para mim ontem no bar podes crer que não estava aqui contigo. - sorrio em forma de alívio. - Mas não te consigo dizer se pode passar para além de uma amizade. Eu sei que as idades não têm nada a haver mas nós temos vidas completamente diferentes. Vais partir para uma nova missão daqui a dois meses e nem sei quando voltas. Há fatores que nos iriam condicionar. - diz suavemente.

- Eu sei bem isso tudo. Mas não descartas a hipótese de sentires algo por mim ou querer algo comigo?

Sinto-a ficar mais nervosa e um sorriso carinhoso preenche a sua face.

- Não descarto! - ela olha para mim.

Sinto-me de dever cumprido. Depois da confirmação da Ellie, sei que vou fazer de tudo para resultar pois este sentimento não pode ter aparecido por acaso.

- Então e que vais fazer esta semana? - ela pergunta.

- Devo de ir visitar amigos e tentar ter algum tempo para mim!

- Aproveita que dois meses passam a correr. - ela sorri

- E tu que fazes esta semana?

- Irei trabalhar as noites todas no bar e ajudar as vizinhas do bairro, como sempre!

- Estás a pensar um dia voltar a estudar?

- Não sei. Sei que vai ser complicado agora enquanto o meu pai precisar de mim e da minha ajuda.

- Mas tens de pensar em fazer a tua vida também!

- Eu sei mas é complicado. Eu tento fazer o que posso mas chega a um ponto que não consigo chegar a todo o lado. Por isso prefiro dedicar a minha vida à única família que me resta.

- És uma guerreira. Nunca te esqueças disso!

- Bem, parece que somos os dois. - ela olha para mim e sorri.

- Achas que podemos voltar a sair um dia destes? - pergunto.

- Claro que podemos John.

As horas foram passando, as conversas foram decorrendo e infelizmente estava na hora da Ellie ir embora. Entrámos no meu carro e seguimos viagem até à sua casa. À chegada estava uma ambulância em frente à sua porta. Paro o carro e ambos saímos do mesmo a correr.

- Que aconteceu? Onde está o meu pai? - pergunta a Ellie a todas as pessoas que se encontravam a em volta da sua porta.

Ela entra lançada para dentro de casa e eu sigo-a. O seu pai estava sentado no sofá com dois paramédicos em cada lado. Tinha uma mascara de oxigénio na cara e a sua cara estava um pouco pálida. Tinha um curativo na cabeça e assim que ele vê a sua filha um sorriso aparece nos seus lábios.

- Pai, que aconteceu? - ela senta-se ao seu lado e agarra na sua mão.

- O seu pai escorregou no degrau e partiu a cabeça. Por sorte não foi nada de grave mas ele vai ter de ter muita atenção.

- Claro é compreensível. Eu vou ficar a olhar por ele a cada minuto que passa! - ela garante aos paramédicos.

O ambiente foi ficando mais calmo. Garanti que a Ellie ficava bem com o pai e então sigo viagem para minha casa.

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