John é um Marine muito respeitado pelo seu excelente trabalho. É um homem reservado que não mostra sentimentos até encontrar Ellie num bar depois de uma vitória. Para não perder a sua oportunidade, John faz de tudo para a conquistar, mesmo que a sua...
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As semanas foram passando. Estamos prestes a entrar no terceiro mês de missão e nada de mais perigoso aconteceu desde o tiro de raspão.
Apesar de longe, tenho estado em contacto com uns amigos meus da polícia dos EUA. Eu tinha de descobrir quem foram os anormais que perseguiram a minha namorada e ia fazê-los pagar pelo que fizeram.
Eu e a Ellie temos falado pouco nestas semanas. O novo emprego dela tem estado a tirar lhe o tempo mas pelo que parece ela estava muito feliz e isso deixava-me ainda mais feliz também.
Hoje estava a ser um dia normal. Treinamos, estudámos o terreno mais uma vez e decidimos ficar pela base enquanto que o pelotão A tinha ido em missão de paz.
- Não há rede nenhuma aqui fds! - diz Charles super frustrado.
- Mas estavas à espera de quê mesmo?! - pergunta Alfred retoricamente.
- Experimenta naquela colina! - digo.
Vou até ao meu computador e vejo que tinha uma mensagem da Ellie a dizer que estava à espera de uma mensagem minha para me poder ligar. Antecipo-me e ligo eu.
- Totó, era a minha vez de te ligar! - ela diz com um sorriso murcho.
- Quiz fazer-te surpresa! - faço lhe uma careta. - Que carinha é essa boneca?
- Queria-te contar uma coisa...
- Que aconteceu Ellie?
- Eu deixei o meu emprego no canil... - uma lágrima sai-lhe do olho.
- Mas porquê amor? Não estavas feliz lá?
- Estava...mas o meu pai ficou hoje internado e acho que não vai mais sair de lá! - ela começa a chorar e os meus olhos começam a ficar húmidos também.
- Mas que aconteceu amor?
- Não sei. Eu cheguei a casa, dei-lhe de jantar e depois começou a ter convulsões. - limpa as lágrimas. - Chamei logo uma ambulância. Estou à espera que me digam algo ainda do hospital!
- Amor, aconteça o que acontecer tu vais ser forte! O teu pai vai superar isso e vai ainda estar contigo muito tempo! - tento tranquilizá-la.
- Não John, não há mais nada que o possa ajudar. Agora vai ser de vez. Eu vou perder o meu pai muito brevemente... - começa a chorar novamente.
O meu coração estava super apertadinho e eu não sabia mais o que fazer. Só queria sair dali o mais rápido para poder estar com ela.
- E que estás a pensar fazer agora amor?
- Por agora vou deixar de trabalhar e vou estar com ele até ao fim. Eu preciso de estar com ele!
- Acho que fazes muito bem amor. Vocês merecem isso!
- Como foi o teu dia hoje? - ela pergunta tentando mudar de assunto.
- Nada demais amor. Estivemos só em treinos e agora estamos à espera de novas informações do pelotão A!
- Eles foram em missão?
- Sim. E se algo correr mal nós temos de ir a correr até lá mas não te preocupes. A missão está quase a acabar e ainda não fomos chamados por isso quer dizer que está tudo a correr bem! - sorrio.
- Estás a gostar de estar aí? - ela pergunta com um sorriso.
- Sabes, é bom estar aqui com os colegas e ver que somos todos importantes na vida de cada um, mas sinto tanta falta de casa, de ti!
- Eu sinto tanto a tua falta John! - os olhos dela voltam a estar vermelhos. - Eu nunca fui tão feliz nos dois meses em que estiveste comigo!
- Fds amor, faço das tuas palavras as minhas. Sou tão sortudo por te ter meu amor!
A chamada termina. Volto para ao pé dos meus colegas e eles encontravam-se a jogar às cartas.
