John é um Marine muito respeitado pelo seu excelente trabalho. É um homem reservado que não mostra sentimentos até encontrar Ellie num bar depois de uma vitória. Para não perder a sua oportunidade, John faz de tudo para a conquistar, mesmo que a sua...
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Faz uma semana que não tenho visto nem falado com a Ellie. Sempre que tentava combinar alguma coisa ela dizia que não podia pois com a situação do pai não tinha tempo nenhum para ela. A verdade é que eu já não sabia o que fazer. Queria estar com ela mas não queria parecer desesperado, por isso decidi não a incomodar mais.
- Desculpa que te diga John mas isso não é uma coisa tua. Desde sempre que te conheço a lutares pelo que realmente queres e se queres mesmo essa rapariga então acho que deves insistir em ir ter com ela! - diz-me o Charles.
- Sabes que o Charles tem razão. Não tens nada a perder. Se ela realmente gosta de ti tal como disseste, então podes ter a certeza que ela se vai render com a tua ação! - diz agora a Amy.
- Talvez vocês tenham razão! - acabo de beber o meu whisky.
Levanto-me da cadeira, entro no carro e caminho até a um restaurante chinês. Peço umas doses de frango com caril, gambas fritas e um arroz típico da cultura chinesa. Tal como diz o ditado: se o Maomé não vai à montanha, vai a montanha ao Maomé. E com isto quero dizer que se a Ellie não pode estar comigo porque tem de cuidar do pai, então eu vou ter à dela para estar com ela mesmo estando de olho no pai. Antes de sair do carro respirei bem fundo. Peguei nos sacos e dei três toques na porta. Ao fim de uns minutos a mesma é aberta por ela. A sua reação era de surpresa. Não a condeno.
- John? Que fazes aqui? - ela pergunta.
- Desculpa Ellie mas não podia passar sem te ver. Eu sei que agora é complicado mas independentemente de tudo quero que saibas que irei fazer de tudo para estarmos juntos. Seja como for! - digo destemidamente.
Um sorriso envergonhado começa a crescer na sua face e eu acompanho o seu sorriso.
- Senti-me no dever de oferecer o jantar! - elevo os sacos que tinha nas mãos.
- Não precisavas nada de fazer isso.
- Eu sei que não mas era o mínimo que eu podia fazer. Já jantaram?
- Ainda não. Ia agora fazer!
- Ellie, quem está aí? - ouve-se a voz rouca do senhor Bill.
- Desculpa os meus modos. Entra por favor! - ela dá-me espaço para entrar.
Agradeço e sigo-a até à cozinha para pousar os sacos.
- Vem, o meu pai está na sala a ver televisão. - sigo-a até à sala de estar. - Pai, hoje temos companhia para jantar!
- Olá, quem é você? - ele pergunta-me esticando a sua mão para me cumprimentar.
- Olá senhor Bill. Sou eu, o marine que você conheceu no outro dia.
- Sim pai. Tu conheceste no outro dia quando te aconteceu o acidente.
- Desculpe, mas não me lembro.
Olho para a cara da Ellie e sinto-a triste.
- Ele hoje janta connosco ok? - ela pergunta.
- Claro que sim. Sê bem vindo senhor marine!
- Muito obrigado.
Sigo a Ellie de novo até à cozinha.
- Desculpa o meu pai. Ele ficou afetado desde a queda e agora não se lembra das pessoas que ele conheceu mais recentemente.
- É caso para preocupar?
- Eu creio que sim. Infelizmente isto apareceu no dia a seguir à queda. Ele naquela noite ainda se lembrou de ti. No dia seguinte já nem conhecia os nossos vizinhos aqui do lado direito que estão a viver aqui há um mês!
- Não há maneira de que ele volte a lembrar-se das coisas?
- Os médicos acham que não. A idade dele já é avançada para fazer algumas experiências com medicamentos ou operações.
- Eu lamento muito por tudo isto.
- Não precisas. Ele está bem e isso é que importa. - dá um sorriso genuíno. - Obrigada por te teres lembrado de mim.
- Impossível não me lembrar. Eu quero tentar contigo mesmo que haja impedimentos. Nada é impossível e olha que esse lema sempre me acompanhou! - ela ri-se.
- Ai é? Levas esse lema contigo para todas as missões?
- Podes crer que levo.
Ajudo a Ellie a levar o seu pai para a mesa de jantar. Jantámos com conversas aleatórias. O Bill contava histórias das traquinices da Ellie quando era pequena e ela mostrava-se bem envergonhada.Uma hora depois do jantar, a Ellie foi ajudar o pai a deitar-se e eu ajudei-a. Ela mostrava-se bem cansada.
- Hey, vai sentar-te que eu meto a loiça na máquina ok? - digo.
- Por favor, deixa-me fazer isso. Não tens de fazer nada!
- Por amor de deus Ellie, não me custa nada. Tu estás cansada e eu quero fazer isto!
Ela cede sob protesto. Depois de arrumar a cozinha, levo um chá para ambos. Sento-me ao seu lado e sirvo o chá para os dois.
- Obrigada! - ela diz com um sorriso aceitando o chá.
- Tens ido trabalhar para o bar?
- Não. Tive de dar um tempo. De noite é impossível deixar o meu pai.
- Acredito. Queria tanto ajudar-te!
- Estares aqui já me ajuda...senhor marine. - ela sorri a olhar-me nos olhos.
Por mais que os meus soldados não achem, eu não sou de ferro e a vontade que eu tinha era de lhe beijar os lábios, porém eu prometi que não iria fazer algo que ela não fosse gostar. Limitei-me às minhas forças e inseguranças. Queria tanto abraçá-la e aninhá-la aos meus braços. Queria fazer-lhe festas no cabelo até ela adormecer no meu colo.
- Vou ser sincera. Senti a tua falta esta semana. - ela pousa a sua chávena na mesinha de centro e acolhe-se no sofá.
-Estás com frio?
- Um bocado. - ela sorri carinhosamente.
Pego no meu casaco e meto por cima das suas pernas e dos seus braços. Ela agradece. Os nossos olhares fixam-se um no outro. Ambos pedíamos por um beijo mas o meu medo impedia-me de avançar. Porém vejo os seus olhos olharem para os meus lábios e com esse gesto percebo então que tinha caminho verde para a beijar.
Aos poucos vou-me chegando para perto dela e ela ao mesmo tempo vai-se ajeitando no sofá. Coloco a minha mão direita na sua face e por fim colo os meus lábios nos dela. Damos inicio a um beijo lento e apaixonado. Aos poucos as nossas línguas vão-se tocando e quando começa a haver algum clima eu decido parar.
- Desculpa. Eu não posso continuar! - digo afastando-me.
- Porquê?- Eu jurei a mim próprio e não faria algo que te deixa-se mal.
- Mas eu quero!
- Vamos com calma Ellie. Eu sei que agora era o que ambos queríamos mas não quero causar arrependimentos depois em ti.
- Tudo bem. Obrigada! - ela sorri. - Podemos ver televisão um bocado juntos?
- Claro que sim! - sorrio e chego-me novamente para o seu lado.
Ela encosta a sua cabeça no meu ombro e eu passo com o meu braço por trás dela. Dou-lhe um beijo na cabeça e sorrio perante a imagem que estava a ter.Em minutos ela adormece. Pego-lhe ao colo e levo-a até ao seu quarto. Penso em despir a roupa para ela dormir melhor mas por mais que eu quisesse fazer isso, optei por não fazer pois ela poderia não se sentir confortável por eu a despir. Entro no meu carro e sigo viagem até minha casa