John é um Marine muito respeitado pelo seu excelente trabalho. É um homem reservado que não mostra sentimentos até encontrar Ellie num bar depois de uma vitória. Para não perder a sua oportunidade, John faz de tudo para a conquistar, mesmo que a sua...
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[Ellie]
Faz dois dias que contei ao John da gravidez. Todos os dias falamos por video-chamada e ele tornou-se o homem que eu já imaginava ser. Preocupado, sempre querer estar presente mesmo estando longe.
Amanhã será a minha primeira consulta e o John já avisara que assim que eu sair da consulta, lhe mandar mensagem para me ligar.
- Oh minha querida, ainda nem acredito que essa benção chegou até si tão rápido! - comenta Mary.
- Nem eu! - sorrio com as bochechas rosadas.
- Uma pena que o John tenha ido embora logo nesta altura!
- É. Eu sei. Também ele não podia adivinhar, nem eu, claro! - suspiro. A falta que ele me faz...
- Mas não vamos desanimar! - ela bate palmas chamando a minha atenção. - Num instante ele volta. É só mais este mês!
- É esse o espírito dona Mary! - abraço-a.
Hoje tivemos duas adoções e não podíamos estar mais felizes. Por mais que nos custe, porque criamos amor aos cães, eles merecem mais que tudo ter uma família e um lar.
Dona Mary chora sempre que algum dos canídeos se vai embora e eu acabo sempre abraçada a ela e a dar-lhe lenços de papel. Hoje não era exceção.
Fui dispensada na parte da tarde. O seu neto mais novo, que trabalha umas horas em part-time, pediu para eu ir embora. Desde que souberam que estou grávida que não me deixam fazer quase nada.
Aproveitei que tinha tarde livre e fui para a CSW. Dei boleia à Martha.
- Vais ver, num instante a tua barriga vai ficar do tamanho da minha! - diz massageando a sua barriga já saliente.
- Estou tão ansiosa por isso! - sorrio. - Tens falado com o Peter?
- Todos os dias. Ele está um bocado embaixo.
- Que se passa?
- Não sei. Acho que tem estado cansado psicologicamente. É a primeira missão dele. É normal que se esteja a sentir cansado!
- Verdade. Mas vai passar num instante, é só mais este mês!
Chegamos ao destino. Amy vem ao nosso encontro e dá-nos um abraço de grupo.
- Como estão as minhas meninas? - ela enlaça os seus braços nos nosso e puxa-nos.
- Estamos bem, obrigada! - dizemos em uníssono causando gargalhada entre as três.
- Ellie, tens de ver uma coisa!
Amy puxa-nos para a sala das fotos. Os meus olhos brilham quando vejo a minha foto com o John na parede. Limpo uma lágrima e abraço fortemente a Amy.
- Está tão lindo! - digo por fim.
- Vocês são lindos! - ela limpa-me a lágrima.
- Uau, nunca tinha sentido tantas hormonas à flor da pele! - balanço as mãos perto dos olhos com a intenção de os secar.
Hoje tínhamos apenas uma reunião para decidir o que iríamos mandar neste último mês de missão.
Umas queriam apenas alguns snacks, outras queriam algo mais importante para simbolizar o fim dos longos seis meses.
- E na chegada? - pergunta Margot.
- Não sei ainda! - diz Amy. - Alguma sugestão? - olha para todas nós.
Elevo o meu braço.
- Eu tenho uma ideia! - todas olham para mim. - Pensei que era divertido irmos todas para o aeroporto visto que eles estão à espera de nos ver apenas no parque da cidade. Pensei que podíamos arranjar maneira de trazer mais dois autocarros militares e assim vínhamos de volta com eles!
- Seria engraçado ver a cara deles ao verem-nos no aeroporto e não na cidade! - comenta Amy. - O que acham?
Todas concordam e eu sorrio. Portanto, nenhum deles podia saber deste plano.
/////
- O seu bebé ainda é apenas uma ervilha mas vai crescer depressa! - comenta a médica Natalie após limpar o gel na minha barriga.
- Eu mal posso esperar para poder ter a barriga grande! - ambas nos rimos.
- Aproveite cada dia. Vai passar num instante! - sento-me na cadeira em frente à sua secretária. - Vou precisar da ficha médica do pai e da mãe. Só para os avaliar e perceber se há doenças degenerativas que possam passar para a criança.
- A do pai é um bocado complicada arranjar agora. Ele é marine e está em missão em Uganda.
- Oh, não sabia. Eles são uns corajosos! - ambas sorrimos. - Não se preocupe. Eu irei falar com o quartel e pedir a ficha médica dele. Entretanto a sua podemos fazer já.
A consulta termina. Para a semana teria uma nova consulta. Chego a casa e mando mensagem ao John. Entranho a sua falta de mensagens, porém não ligo. Ele pode ter estado em treinos e aproveitou para descansar mais um pouco.
[John]
Depois dos treinos matinais tomo um banho e volto a vestir a farda.
Recebo ordens do superior que hoje é dia de ronda. Chamo a minha Team e dou as ordens.
- Não sabemos o que vamos encontrar por isso peço muita atenção! - digo antes de entrar no HUMVEE.
Damos o grito de guerra e saímos do acampamento. Tudo estava calmo desde o sucedido de há um mês atrás. Os rebeldes parecem ter recuado. A aldeia estava calma. Uma mulher sai de uma casa e agita os braços pedindo ajuda. Entre traduções, o seu filho precisava de ajuda.
- Eu, o Theo e o Charles assumimos daqui! - comunico pelo intercomunicador. - Peter e Alfred, continuem e depois voltem para trás.
O HUMVEE começa-se a afastar e juntos seguimos a senhora até ao interior da casa. Olho nos olhos dela e percebo que algo está errado. Ela pede desculpa com o olhar e depois disso sinto uma enorme pancada na cabeça.