Cor de Marte

Capítulo 1

Antes de começar, gostaria de dizer que é minha primeira fic, espero que gostem e qualquer feedback é bem vindo.

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- Assim não dá! - Falo me levantando da cadeira ao escutar o barulho de música alta no andar de baixo da casa.

Saiu do meu quarto indo em direção ao quarto dos meus pais já escutando o barulho vindo da área de lazer da casa.

- Maldito dia para o Josh inventar de dar uma festa! - Falo antes de adentrar no quarto dos meus pais.

- Mãe eu tenho que estudar! Faltam meses para minha prova da OAB... - sento bufando de raiva no pequeno sofá que tem no quarto dos meus pais.

- Adam! Você poderia falar com o Josh neh?! Ao menos diminuir a música... - Minha mãe fala para meu pai sem deixar de mexer em seu celular.

- Deixe o menino... Hoje é domingo Alexsandra... - Meu pai disse para minha mãe, fazendo com que ela olhasse momentaneamente para sua face - Sininho, vai dar uma volta filha, chama uma das suas amigas e vai sair, você estuda demais, mal vem pra casa e quando vem fica trancada naquele quarto estudando. - Meu pai falou desviando o olhar da TV para mim.

- Pai, eu realmente preciso estudar... vocês sempre reclamam que eu nunca venho para casa e quando venho não colaboram, irei fazer uma prova mega importante poxa... - Falei olhando para meu pai e chamando a atenção da minha mãe.

- Vamos fazer o seguinte, ainda é cedo. Tire um tempo para você ok?! Chama a Diarra ou a Sabina, sei lá, mais vai distrair um pouco. Quando for umas 7 horas da noite eu vou lá embaixo e acabo com a festa do seu irmão! Pode ser?! - O homem falou na esperança que eu me desse por satisfeita com a proposta dele.

- Tudo bem... - Falei soltando o ar em rendição - vou ver se a Sabi está em casa então...

- Filha?! - Minha mãe chamou minha atenção antes que eu saísse do quarto.

- Oi?! - Parei diante da porta para escutar o que ela iria falar.

- Viva um pouco, a vida não é só estudos e obrigações... não deixe o tempo passar diante dos seus olhos... - Minha mãe me olhava preocupada.

- Depois que eu passar nesta prova eu aproveito mãe, pode ficar tranquila - abri um sorriso singelo.

- Feche a porta antes de sair! - Meu pai murmurou.

- Para o senhor é bom demais... colocou acústica no seu quarto todo, pode cair uma bomba que não escuta! - cochichei internamente ao fechar a porta do quarto.

Já que eu não ia ter como estudar voltei para meu quarto tomei um banho rápido e peguei meu celular para mandar uma mensagem.

*mensagem*

"Sabi, tô chegando aí. Já estou avisando que tô com fome! =p"

Não sei porque meus pais não decidiram parar em mim, por que não ter apenas um filho? Ia ser tudo mais prático na vida deles, menos gasto principalmente, mas não tiveram que inventar de ter mais dois filhos. Aqui em casa eu sou a mais velha, me chamo Sina Deinert, tenho 26 anos e estou terminando o curso de direito, era para ser minha segunda gradação, mas inventei de passar um tempo morando fora... meu grande sonho é um dia me tornar uma delegada, mas para isso tenho que me formar primeiro e passar na OAB. Tenho dois irmãos chatos pra caramba, o Josh que é o do meio, o sem noção que inventa de fazer um churrasco em um domingo a tarde e a Sofya, sorte dela de ter ido para praia com os amigos.

Meu celular vibrou quando estava saindo do quarto vi pelas notificações que era a Sabina dizendo que eu podia ir. Teria que passar pela festinha do meu irmão, já que a garagem fica a baixo da área de lazer da minha casa. Vi muitos rostos conhecidos, e até parei para falar com algumas pessoas, meus pais sempre fizeram questão de conhecer nossas amizades, então era comum nossa casa estar sempre lotada.

Acabei me atrapalhando um pouco e meu irmão me chamou para ajudá-lo com umas coisas, coloquei meu celular e minhas chaves na mesa e fui ajudá-lo. Quando voltei percebi que haviam deixado cair alguma bebida no local onde eu tinha largado meu celular, logo me bateu um certo desespero.

- Alguém viu meu celular e minhas chaves? - Perguntei em vão, vendo que ali estavam quase todos bêbados e a música nas alturas não facilitava. Já estava quase indo buscar algum telefone para ligar para meu quando escutei uma voz.

- Esse celular e essas chaves são suas? - escutei aquela pessoa tímida falando, como se eu estivesse intimidando-a. Relaxei minha postura para demonstrar ser mais acessível e simpática.

- É sim, obrigada! - abri o meu melhor sorriso ao pegar minhas coisas. - que bom que você os salvou...