PRÓLOGO

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E a gente? E todos os finais felizes despedaçados? E a gente? E todos os planos que terminaram em desastre? — P!nk, versão Davina Michelle (What About Us).

E a gente? E todos os finais felizes despedaçados? E a gente? E todos os planos que terminaram em desastre? — P!nk, versão Davina Michelle (What About Us)

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Exatos oito anos atrás...

        Ela sempre gostou dos holofotes. Sempre se sentiu como uma estrela, embora sua luz não durasse mais de uma semana e seu espetáculo fosse apenas uma ilusão de ótica. No entanto, a garota sabia ditar as regras e enganar até os mais confiantes e destemidos, talvez porque, no fundo, soubesse que as únicas formas de se sentir amada eram manipular e iludir aqueles que lhe deram o coração. Ninguém nunca entenderia o que se passava em sua cabeça porque, de certa forma, sua estadia seria curta.

      Margareth Johnson normalmente tinha todas as respostas e, por isso, nunca imaginou que a situação pudesse chegar a tal ponto. Na realidade, ninguém supôs que, naquela noite, algo de tão extraordinário e definitivo pudesse ocorrer.

       Os jornais da pequena cidade se concentravam na notícia que era destaque por toda a redondeza: a grande explosão do prédio abandonado. O fogo consumiu as paredes antes desgastadas, os móveis quebrados, as vidraças arranhadas e, principalmente, a garota ensanguentada. Tudo se tornou cinzas e a história de uma menina contraditória teve seu fim. Talvez ela tivesse procurado aquele destinado, talvez ela fosse vítima da ira alheia.

      Alguns disseram que Maggie merecia tudo o que passou, reviraram os olhos e despejaram o desprezo que sentiam pela mulher. Outros, no entanto, choraram até sentirem suas almas evaporarem de seu corpo... Há quem diga que elas não retornaram. Essas pessoas, que a tinham como um vício doentio e imoral, jamais seriam as mesmas após a terrível tragédia. Haveria sempre um misto de culpa e saudade rondando suas mentes.

      Mas o fim era o mesmo para quem a odiava ou a amava: seguir em frente, pois a vida continuava para todos. E quem sabe, em um futuro próximo, conseguissem se desfazer das memórias terríveis e apagar os traumas e os pecados pelos quais passaram.

      E, se não fosse pedir demais, voltassem a acreditar no amor.

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