26 ▹ INCONSCIÊNCIA

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Com cada pequeno desastre, eu vou deixar as águas continuarem a me levar para algo real. (...) Contanto que estejamos juntos, importa para onde vamos? — Gabrielle Aplin (Home).   

        O dia seguinte foi inesperado, pois acordei por meio das carícias leves de Edu em minha pele, além de seus lábios úmidos e atenciosos que deslizavam do meu pescoço até meu braço esquerdo, descoberto do tecido branco do lençol

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        O dia seguinte foi inesperado, pois acordei por meio das carícias leves de Edu em minha pele, além de seus lábios úmidos e atenciosos que deslizavam do meu pescoço até meu braço esquerdo, descoberto do tecido branco do lençol. 

       Quis permanecer de olhos fechados para aproveitar e prolongar ainda mais a atenção que recebia, porém eu tinha que levantar já que meu estômago protestava por conta da fome. Na noite anterior havia gastado grande parte da minha energia e agora isso era cobrado.

        — Tenho que fazer tanto esforço para não te abraçar com força! — revelei, não conseguindo conter minhas vontades, principalmente quando abri meus olhos e o encontrei a minha frente. Edu usava apenas uma boxer branca. 

          — Bem, se você não correu de mim ainda até agora, então quer dizer que ontem foi bom para você — analisou, fazendo-me corar.

         Eu tinha que aprender a me comportar diante dessas situações, mas, ainda assim, tudo era muito novo, era impossível me aquietar diante de sua imagem tão... íntima.

         Era como pedir para que eu parasse de sentir meu coração se agitar como escola de samba, ou como se pedissem que eu apagasse Edu da memória e voltasse a gostar de Bruno. Totalmente sem volta. Inadmissível. Além disso, as minhas inseguranças bestas também persistiam, por que entre tantas opções ele insistia por mim? Porém, não queria me afundar nisso, queria acreditar que eu o merecia sim, dado que ele havia me escolhido e ali estávamos.

           — Posso realmente me acostumar com isso. — Tentei ofuscar meus questionamentos ao vê-lo me entregar uma bandeja de café da manhã. Nela continha algumas frutas, biscoitos, iogurte e suco de manga em um copo de vidro. Entreabri a boca, maravilhada, quando avistei uma flor solitária e violeta no canto dela. Não pude evitar me emocionar diante do seu cuidado.

         — Ei, você está triste? Quer outra coisa? Posso tentar providenciar...  — Preocupou-se diante dos meus olhos marejados e limpou uma de minhas lágrimas.

        — É só a felicidade, Edu. Pura e genuína. O medo de perder tudo isso — murmurei, esfregando as mãos no rosto e rindo de mim mesma. — Eu sou uma boba!

        Minhas palavras o embasbacaram, porém, quando pensei que ele apenas me retrucaria, Edu se silenciou, pegou a flor e a colocou entre minha cabeça e minha orelha, deslocando de forma gentil meu cabelo desgrenhado da área.

          — Eu sei que para as pessoas que amamos geralmente nós damos flores vermelhas, já que representam paixão. Mas, embora isso exista entre a gente... — Edu introduziu, sua voz denotava certa ansiedade. Ele falava como se estivesse terrivelmente sem jeito e intimidado, o que só culminou em intensificar minha confusão. — Eu acredito que não seja só isso. Esse tempo distante de você pude notar que, nem mesmo com Maggie, me senti tão impotente e tão incapaz como quando nos separamos. Isso é louco, eu sei. Mas me serviu para descobrir o quanto eu te amo e te quero na minha vida, até o último dia.

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