5 ▹ GAROTA DA BLUSA MANCHADA

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Então, talvez, não me dê a indiferença e a frieza. Antes que você vá embora, vire-se para mim, deixe-me segurar você. — James Bay (Move Together).

       A semana mantinha um ritmo bem macabro para um universitário, com provas perversas e professores enlouquecidos por nossas cabeças, talvez por isso não tenha acontecido muitas coisas relevantes

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       A semana mantinha um ritmo bem macabro para um universitário, com provas perversas e professores enlouquecidos por nossas cabeças, talvez por isso não tenha acontecido muitas coisas relevantes. Eu havia sido apresentada ao Gabriel, o amigo de infância de Bianca, e apesar de ele possuir uma bunda maior que a minha e isso me deixar um tanto chateada, acabei gostando bastante dele. O que importava era que ele fazia Bianca sorrir. Tudo pela minha amiga e por ele ser bom em cálculos, o que me salvaria em algumas matérias.

       — Vamos, Tônia, confesse, você é apaixonada pelo Bruno! — ele murmurou assim que desviamos de alguns calouros pelo campus. Como eu sabia que eram calouros? Ora, estavam em grupo e sorridentes.

      — Quem te contou uma calúnia dessas? — indaguei fingindo espanto. Ele fez uma expressão descontente, e então desistindo de negar o óbvio, dei de ombros e continuei: — Confesse você que está a fim da Bianca.

       Sem jeito, Gabriel desviou o olhar do meu e dobrou o cotovelo, demonstrando seu desconforto.

       — Ok, eu confesso que a rever depois de tanto tempo mexeu um pouco comigo — revelou.

       — Eu sabia! Eu sabia! — gritei em comemoração à verdade. Soltei uma risada alta e soquei o ar como se tivesse vencido uma olimpíada. — Meu sexto sentido é incrível.

       — Menos, Tônia. Muito menos — ele pediu tentando me calar, porque eu já estava chamando a atenção das pessoas a nossa volta. — E aí, você vai querer hambúrguer, pão de queijo ou a coxinha? — perguntou assim que chegamos à cantina da tia Jô. Ela ficava no pavilhão do curso de Bruno, por isso, estremeci ao pensar que ele poderia estar por perto, mas forcei minha mente a se esvaziar.

      Eu o olhei com um sorriso contagiante como resposta, e apesar do pouco tempo, Gabriel já parecia capaz de me ler sem nem mesmo eu despejar uma palavra.

      — Ok, dragoa, vou pegar os três para você! — ironizou meu bom apetite aos risos, para enfim se dirigir à moça do caixa.

     — Isso aí, bom garoto. — Expressei um sorriso com teor ardiloso. — Se quiser ser aprovado pela melhor amiga de Bianca, vulgo eu, não aceito menos que muita comida! 

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       — Qual o milagre de não ter meia suja em cima da cadeira? — estranhei assim que adentramos o quarto de Bianca. Após a faculdade, decidimos irmos juntos para a casa de minha melhor amiga, porque meus pais ainda não tinham chegado do trabalho e Gabriel estava à toa.

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