ANDANÇAS - PARTE II

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3 MESES DEPOIS

Graças a Deus, meu enjoos passaram, a barriga na tá bem avantajada, as vontades e os desejos não param.

Saí de mais uma consulta + ultra e tá tudo lindo, tudo bem, porém, só vou saber o sexo com o Vagner aqui, prometi a ele.

Laura: Oi lindas. — cheguei no salão e fui deixar minha bolsa atrás do balcão.

Liara: Ai, ainda bem que você chegou. — veio logo andando pra onde eu estava.

Laura: O que que aconteceu, gente?

Vanessa: Menina, aquela amiga de vocês, a Sheila, né? — Liara concordou. — Veio aqui.

Laura: Fala logo.

Liara: Amiga, ela tá acabada. Viciada, não sei em que, mas pelo jeito, parece que é crack. Ela veio aqui, não me reconheceu, veio pedir dinheiro, tentei pagar uma quentinha pra ela, aqui do seu Osvaldo e ela não quis, partiu pra cima de mim e tudo.

Laura: Ah não, cara. Mentira. — meus olhos encheram d'água na hora. — Ela tava meio sumida daqui mesmo, mas achei que tivesse casado com aquele último cara que ela tava, ou tivesse voltado a morar com o pai, lá em Caxias.

Liara: Me deu uma vontade de chorar na hora, cara.

Laura: Calma, amiga. Vou falar com o meu irmão, pelo menos aqui dentro do morro, ninguém vai vender mais nada pra ela.

Fiquei com isso o dia inteiro na cabeça, liguei pro meu irmão, pedi pra ele me ajudar com isso. Ele não me prometeu, mas disse que ia tentar me dar essa moral, o único ruim é que ele não consegue controlar todas as lojas, já que a outra metade, quem tá de frente é o BN e o Boca.

Saí do salão, Vanessa foi levar Manu pro ballet e eu fui comprar umas coisas que faltavam lá em casa.

João: Coé Laura. — fui surpreendida quando saí do mercadinho. — Quer ajuda aí?

Laura: Oi João. — eu estava meio enrolada mesmo com as bolsas. — Aceito sim.

Ele pegou as sacolas da minha mão e pos dentro do meu carro. Eu agradeci, peguei a chave e já ia entrando.

João: Cara, coé. — parei e olhei pra ele. — Não precisa fugir de mim, eu respeito teu relacionamento, respeito tua gravidez, não quero mais ser aquele merda vacilão de antigamente não, tá ligado? São outros tempos.

Laura: Ta bem, João. Obrigada mais uma vez, tá? — sorri amarelo e entrei. — Muito bom saber que o tempo te deu uma mudada. — ele se afastou do carro, fechei a porta e fui pra casa.

Entrei em casa e minha sogra me ajudou com as coisas, nem aguentei subir pra tomar banho, tava muito cansada, me joguei no sofá e fiquei conversando com ela. Papo vai, papo vem, meu bebê fazendo festa na barriga, lembrei que em um mês, a Joice faria 4 anos e eu precisava organizar a festa dela.

Subi pra tomar um banho, e depois fiquei um tempão alisando minha barriga passando óleo. Modéstia à parte, eu estava linda com essa barriga, peguei o celular e mandei uma foto pro Vagner, que me ligou na hora.

📱Mô 📱

"Caralho! Que barriga maravilhosa. Que mulher maravilhosa. To ansioso demais pra gente saber o sexo, amor."
"A médica disse hoje, que já dá pra ver, tá tudo formadinho. Confesso que fiquei curiosa demais, mas como prometi te esperar." — dei risada.
"Faz isso comigo não, amor. To muito ansioso, aqui no barco nego não me aguenta mais. Como tá tudo aí?"
"Tá tudo bem. Joice tá na avó e falando nisso, tenho que começar a ver as coisas da festa dela. E aí, tudo normal?"
"Graças a Deus. Tem que ver sim, amor. E tem que ver a data também, né? Quero estar aí."
"Com certeza, mô. Você não pode faltar."
"Aqui, vou jantar, depois te mando mensagem. Amo vocês."
"Nós também te amamos. Boa noite."

—— fim da ligação ——

Botei o pijama e desci, Vanessa e Manu já tinham chegado, então, fiquei na sala com a minha afilhada, ajudando-a com o dever.

Manu: Dinda, você acha que o neném é menina ou menino?

Laura: Eu acho que é menino. E você?

Manu: Ahhh, eu também acho. Minha mãe acha que é menina e minha avó, concorda com a gente. Que nome você quer?

Laura: Se for menina, vai ser Clara. E se for menino, seu dindo que vai escolher.

Manu: Ai dinda, tomara que ele escolha um nome bonito, porque vai ser menino. — se aproximou da barriga, e como a minha blusa estava levantada, ela pôs a mão. — Posso dar um beijinho?

Laura: Mas é claro que pode, meu amor. — eu fica toda emocionada com essas coisas.

Manu: Eu não te conheço não, mas eu já te amo muito. — falava, enquanto fazia conchas com as mãos, como se fosse segredo. — Eu sempre pedi um primo pro meu dindo e ele demorou, hein. Mas ainda bem que você veio. — deu um beijo na barriga e voltou a fazer o dever.